domingo, 28 de fevereiro de 2010

imatéria: penumbra anacrónica

Auspícios de vertentes determinadas
pelo fumus-arquétipo do plano devir;
As falácias minuciosas do breve sentir
ao âmago do pathos tristes e oscultadas!

Oh! Miserável imatéria absorvida!
És indelével na absolvição do desejo!
Gritas do vale pleno da própria vida
em fúrias, na sombra dum fugaz beijo

Leve e em penumbra desorientado
o horizonte anulado pelo contra-átomo;
Rompe os estigmas, e ao céu içado
pede ao fugaz tempo o próprio cálamo (!)

Não tenho morada no Universo...
Astros me expulsam da matéria!
Meu onthos se defuma disperso,
E meu ser poeta se dilui na miséria...

Lourenço

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