sexta-feira, 25 de maio de 2007

Verdadeiro Método de estudar IIII



Até porque já se sabe, quem não estuda não vai longe, não é?

nota do editor: Tás mesmo a pedir um processo disciplinar...

Verdadeiro Método de estudar III



Tirei as últimas dúvidas de manhã, porque faz sempre bem estudar na véspera...

Verdadeiro Método de estudar II



E foi assim que eu dormi hoje... quis lá saber de não ter estudado uma peva...

Verdadeiro Método de estudar




Aproximam-se os exames. Teste de Português hoje com a matéria toda. Não há justificação para não estar a estudar. Se há coisa que eu adoro ver é trabalho. Só de olhar para ele apetece-me tirar-lhe fotografias.
(para os observadores mais distraidos, está um livro de exames de Língua Portuguesa à direita daquela pen-drive, à esquerda daquele bâton para o cieiro, atrás do monitor e mesmo na beirinha da minha secretária)

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Após uma busca no baú das saudades...



Já ninguém se lembra disto? Do melhor vídeo clip do séc XX?

Aquele dia do ano em que até eu tenho clube



Atée bos comêmos carágo!

domingo, 20 de maio de 2007

Coisas novas, coisas boas



E agora parem de chatear a dizer que o pano de fundo do blog parece um tapete persa, ok?

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Batuques



Estou no café Damira, em Ermesinde.
Tomo uma Cola, bebida oficial dos liberais, e dois bons croissants, magistralmente preparados, quentinhos como só os anjos sabem aquecer, com o seu angélico modo de usar o forno. A Damira é, na minha opinião, a última porta do paraíso na Terra, e abrem-na sempre que me fazem croissants. Estou sozinho, já tomei café noutro sítio qualquer, a namorada está ocupada no trabalho, os amigos estão terrivelmente aborrecedores, ou eu terrivelmente aborrecido, e a única coisa que me une ao mundano é, entre a Coca-Cola de conotações políticas e o croissant celestial, este caderno de História.
Escrevinho umas coisas nas últimas páginas...surge, começo a escrever à séria. Ora vejamos...acontecimentos da semana: França, Lisboa, Madeleine, estou a ler o "Three men in a boat", rio-me porque me lembro do livro, a senhora que toma café ao meu lado muda de mesa, assustada, eu coro e volto às letras.
A França, pátria da liberdade e de coiso, igualdade, fraternidade e viaturas carbonizadas, protesta contra Sarkozy, a juventude sempre prefere a esquerda, e esta prefere Ségolène, Ségolène não se sabe o que prefere, talvez lá lhe queimem a viatura e lhe surjam algumas ideias. Tão habituada está a polícia francesa, já tinha disposto baldes de água perto de cada parque de estacionamento em Paris, e tão espertos são os jovens franceses, que decidiram incendiar as lojas da cidade, e atirar os baldes para cima da polícia. Entraram três raparigas no café. Ui, parecem do tipo tagarela. E vieram logo sentar-se aqui perto.
Enfim, mas Sarkozy mete-as na ordem, não às três raparigas, às juventudes da França, e lá elegeu o seu ministrozeco, Monsieur qualquer coisa em francês. Averiguo o nome depois, quando postar o texto, penso. As miúdas falam de uma amiga, que engana um tal de Miguel com um tal de Pedro, e vice-versa. Talvez eu consiga fazer com que falem mais baixo agora que estou prestes a fazer um som gutural com a garganta, enquanto aceno com o livro, como quem diz, olhem que está gente aqui no café a querer escrever, ok?, ok, ai vai então. Humhum. Humhum.Huhuhum. Nada. Nem sequer olharam. Vem o empregado perguntar-me se quero uma pastilha para a tosse. Não, obrigado, está tudo bem. Coro mais uma vez. Parece que a tal rapariga que engana os dois se queixa de ser virgem, ainda, necessita talvez de um terceiro, porque só dois mostra ser pouco. A coisa de chegarem mais rapidamente à maturidade só leva às mulheres a dizer disparates mais cedo que os homens. Falando em oferecidas e rejeitadas, Lisboa está bem pior. Parece que ninguém quer aquele buraco, principalmente depois daquela história do túnel, que veio a trazer-lhe muita má fama. Ouvi dizer que alguns partidos se viram tão aflitos para achar candidatos para a câmara, que o PSD teve de efectuar buscas nas casas dos seus militantes, e aqueles que não foram a tempo de se barricar nas casas de banho, de se fechar em caves, sótãos e bunkers, só tinham uma opção, ou Lisboa ou o chicote de pontas, e recusaram-se a ser misericordiosos e dar-lhes com o chicote de pontas.
Dizem agora as três miúdas que não são virgens. Felizmente fazem-no alto suficiente para que a senhora do café que fugiu à pouco da minha beira possa ouvir descaradamente a conversa.
De Madeleine nem fogo de vista, nem fumo, nem Miguéis nem Pedros, que andam perdidos como a tal miúda.
Como não a encontraram ainda ultrapassa-me, já vi tantas vezes a sua foto nos meios de comunicação e naqueles que se colam nas paredes, que já a identificava mais depressa que a minha própria irmã, caso a perdesse.
Parece que o Miguel visitou o hi5 da tipa, que é Ana, ou Catarina, ou as duas, e descobriu que existe um Pedro na vida da sua delicada amada, e parece não estar muito contente. A ciumeira nos homens sempre me pareceu coisa efeminada. Claramente essa tal de Ana, ou Catarina, ou as duas, acha-se nascida para ser partilhada. Eu, pessoalmente, acho-a nascida para ser um pouco pêga.
Eu não estou interessado, eu nunca quis estar interessado, acaba o texto, deixa as galinhas do lado.
Enfim, para resumir, França está a normalizar-se e isso, Sarkozy nomeou aquele ciumento do Miguel para ministro do hi5 da Ana, ou Catarina, ou as duas, arre porra que já cansa a piada, que parece ser todo provocador e resolve tomar como prioridade o assunto da virgindade da Turquia, que parece que mandou uma mensagem à outra, a segunda das três, que é muito amiga dela e já perdeu a sua Madeleine, assim como as outras duas.
Como as raparigas são capazes de prestar atenção a estas coisas, ultrapassa-me.
Vou pagar a conta, já não há paz para escrever.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Aparentemente, quase escolhi a IIIº Via...

Um site que nos dá um teste sobre as nossas inclinações políticas considera-me um seguidor de uma ideologia ligada ao liberalismo recentemente aparecida chamada Third Way, apesar de admitir uma inclinação privilegiada à social democracia.



#1 You are a social democrat. Like other socialists, you believe in a more economically equal society - but you have jettisoned any belief in the idea of the planned economy. You believe in a mixed economy, where the state provides certain key services and where the productivity of the market is harnessed for the good of society as a whole. Many social democrats are hard to distinguish from social liberals, and they share a tolerant social outlook.
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#2 You adhere to the Third Way. The Third Way is a fairly nebulous concept, but it rests on the idea of combining economic efficiency - i.e. a market economy with some intervention - with social responsibility. The focus is emphatically on the community as a whole, and not necessarily equality per se. Adherents of the Third Way range from moderate to conservative in their social views, and have recently been willing to take a "tough" line on a range of social issues.
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#3 You are an ecologist or green. You believe that the single greatest challenge of our time is the threat to our natural environment, and you feel that radical action must be taken to protect it - whether in the enlightened self-interest of humanity (in the tradition of 'shallow ecologism') or, more radically, from the perspective of the ecosystem as a whole, without treating humans as the central species (deep ecologism).
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#4 You are a social liberal. Like all liberals, you believe in individual freedom as a central objective - but you believe that lack of economic opportunity, education, healthcare etc. can be just as damaging to liberty as can an oppressive state. As a result, social liberals are generally the most outspoken defenders of human rights and civil liberties, and combine this with support for a mixed economy, with an enabling state providing public services to ensure that people's social rights as well as their civil liberties are upheld.
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#5 You are a Christian democrat - or, in the UK, a "One Nation conservative"; in other words, although you share the usual conservative belief in stability and duty, you believe that such duties include a responsibility on the part of the better-off to help those who are less fortunate. You will be socially conservative, but in favour of a mixed economy where the state does have a role in providing public services. Christian democracy arose after World War II, succeeding more doctrinaire Catholic parties dating from the 1870s.
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Em 9º ficam as minhas inclinações fascistas, e nos últimos lugares (11º e 12º) o comunismo e o anarco-comunismo. Se quiserem fazer o teste vão a
http://www.selectsmart.com/FREE/select.php?client=polphil

segunda-feira, 7 de maio de 2007

A Semana em que o Mundo mudou

Geralmente, as pessoas não se dão conta das mudanças que acontecem no Mundo, e como essas mudanças afectam as nossas vidas. Pode ocorrer um tufão devastador no Japão, destruir a linha de costa do antigo Império do Sol Nascente toda, e mesmo assim as pessoas, especialmente se essas pessoas forem portuguesas, não vão sequer dar o relevo de importância merecida à coisa. Experimentem chegar no meio de um centro-comercial, especialmente na hora de ponta dos centros comerciais portugueses, que se estende desde as 8 da manhã às 11 horas da noite, agora ia-me enganar no til da palavra manhã, e gritem algo do género "Ocorreu um tufão devastador no Japão, que destruiu a linha de costa daquele que dantes era o antigo Império do Sol Nascente!", e muito provavelmente 70% das pessoas não sabem o que é um tufão, 20% não entendem o significado do verbo "devastador", 5% não ouve porque já está em morte cerebral por ter de levar todos os domingos com a mulher e filhos que passam a vida na porra do Arrábida Shopping, que se soubessem tinham ficado a jogar matrecos com a malta do Grinjas Bar em vez de ter ido ao próprio casamento, 4% já morreu cerebralmente, e 1% restantes são amigos e respectivos familiares que passam muito tempo no centro comercial e que eu não quero ofender.
Mas os acontecimentos desta semana foram espectacularmente alucinantes, errr, foram assim giros.
Por exemplo, França: Joana D´Arc perdeu as eleições, ups, digo, a Sigólenas, deveras muito bela senhora, não que se queira discriminar a mulher na politica apenas usando como referência a sua aparência física, mas Ségolène, politicamente, só tem como atributos a sua aparência física. Foi o discurso mais vazio desde o presindente da nossa República no 25 de Abril. Assim, a França sai de um período de decadência e degradação, de falta de identidade nacional berrante e défice de inovadorismo económico e produtivo, sobre a alçada de Chirac, para entrar noutro completamente igual, só que desta vez com Sarkozy no poder. E é justo ser assim mau pa nova cena política francesa, não podemos no entanto decorrer em grandes exageros, pelo pouco que pude ver, a França está a par de uma geração nova de políticos mais que capaz de a renovar, a bem ou mal.
O caso da Turquia ainda é mais extraordinário, pois este extraordinário país tem agora duas soluções no seu caminho : ou tornar-se uma democracia islâmica, debaixo do governo daqueles fofinhos do APK, maior partido turco, ou enveredar pela ditadura militar laica, e ainda dizem que por aqui é que se fazem as coisas tortas, olhem para os turcos e verão a maior contrariedade do século, onde já se viu militares a lutar pela laicidade, a verdade é que a Turquia quer afirmar-se como um País europeu, é um país europeu, e enquanto não o aceitarmos como tal, está muito propício a cair nas garras de um mundo islâmico enraivecido contra o Ocidente, grande problema porque se o Ocidente não fôssemos nós, seria o problema de outros.
No entanto, a tabela de extraordinariedade continua bem portuguesa, porque numa semana, a 2º televisão privada deixa de ser privada, para ser privada mas com um política governamental de "és livre mas pelo sim pelo não nós temos um tipo dos nossos ,sem experiência mas olha, a inspeccionar isto". Venham daí e digam, se não é na Turquia, ou mesmo na decadente França, que se está melhor...
Solução passa pelo vinho... em bebê-lo, não em exportá-lo.

Franz Ferdinand - Drinking Wine In The Afternoon

terça-feira, 1 de maio de 2007

O Dia em que Hemingway Tentou Destruir-me


Certos dias acordam-nos enervados. Lá serão coisas "deles".
Este dia foi um "daqueles". Dizem que um rigor sobre a nossa psicologia pode prevenir essas maleitas, o chamado "dia em que somos picados por ácaros", mas eu já não acredito em psicólogos, tentem dizer isso a uma mulher sensata, ela responde-vos com uma gigantesca palavra-pista "TPM" e vocês compreendem logo, se não compreendem não perguntem, não fossem os homens tão burros e pensavam bem menos, e não proibiam de pensar as mulheres, em certos países.
Acordei com um estômago em desalento, e qualquer sinal de vida terrestre era suficente para tornar a minha alegre existência num ataque de pânico destrutivo. Não sei sequer como saí da cama sem sequer destruir, lá está, o relógio electrónico, qual fúria assassina imparável.
Resolvi praticar auto-terapia, que já que estudo psicologia posso fazer a minha, e abri um livro. Estava à mão a televisão, o computador, a aparelhagem, o mp3, até o discman, sim, eu tenho um discman ainda, incapaz de funcionar por se encontrar em avançado estado de fossilização, o iPod, e podia, que acho que alguém cá em casa tem, mas não quis. Hoje de manhã, tudo o que fosse invenção do século XX pareceu-me estridentemente pervertido e diabólico, vade retro ò satanás, coisas a pilhas e baterias, xuu, escomungo-vos. Até amanhã, sim?
Abri assim um livro, e resolvi começar a ler Hemingway, uma compilação de contos intitulada "As neves de Kilimanjaro", considerada por muitos críticos como uma das obras da literatura moderna.
Hemingway é um bom escritor. Mas não bom suficiente para escapar ao meu enegrecido sentido de humor.
Ao longo da sua fantástica vida o escritor combateu nas duas grandes guerras, toureou em Espanha, foi toureado por Espanha quando os locais fartaram-se, e os touros, prendeu nazis, libertou a cidade de Paris, fez safaris em África, claro, onde mais podia ser, e matou leões, elefantes, girafas, veados, leopardos, ou eram chitas, tinham pintas, dois negros da tribo Masai que estavam no lugar errado à hora errada, ameaçou a mulher com uma caçadeira, "voltas a chamar-me de bêbado e encho-te de chumbo, tás a ouvir", e ela não ouviu e voltou a chamar e ele resolveu atingir o lavatório, bichos danados esses, não sem antes alarmar a gerência e a segurança, que nunca tinham visto alguém caçar um lavatório daquela forma, mesmo estando bêbado, coisas que África nos ensina.
Impressionante fazer notar que Hemingway é que chegava a fazer muitas destas coisas num só dia, excepto Paris e o lavatório, tanto que não se libertam Parises por aí à mão de semear, nem os há assim lavatórios, enquanto não se disparou sobre a mulher foi o Deus-dará.
As suas personagens, principalmente as principais, os heróis, os que possuem bonitas mulheres ou que montam em touros, esquisita esta fixação de Hemingway por touros, são todos uma cópia psicológica e física do maior herói do escritor: ele próprio. Modestamente, revestia os seus personagens de nomes e nacionalidades diferentes da sua, mas todos sabem que eles são ele, ou que ele era eles, e ele não o escondia, estava mais que subentendido. Dessa maneira, Hemingway envolveu-se com as divas do seu tempo, Pauline Pfeiffer, avó da nossa Michelle Pfeiffer, Hadley Richardson, Sister von Kurowsky e ainda tentou abordar a mulher do amigo Scott Fitzgerald, chiça que ao homem nem as galinhas escapam, azar o dele que esta última, de nome Zelda, achava-o um emproado machista e homofóbico, e acusava-o de partilhar intimidades com certas partes de Scott, que ele, de facto, tinha.
E pronto. Agora se procurarem coisas sobre Hemingway, digam que o conhecem.
A mim, irritou-me. Emproado de merda.
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