A crítica mais inocente dos socialistas aos "homens do Grande Capital" é a acusação de que estes são jogadores político/macroeconómicos de grande calibre, dominadores do stream internacional e dos lobbys governamentais e sociais.
Há, de facto, jogos de bastidores que são relevantes e muitas vezes facílimos de notar e denunciar (e para tal, existe a comunicação social).
No entanto, os capitalistas, e especialmente os grandes capitalistas, costumam, na grande parte das vezes, ser pessoas muito pouco inteligentes.
E são pessoas muito pouco inteligentes porque não conseguem ver sequer o quanto lhes custa o dinheiro que têm nem conseguem pensar para além da fase em que o adquirem.
Leia-se o que Ricardo Arroja escreve neste post. O grande capitalista, como é burro, e especialmente se for um capitalista português, vai investir num país onde o Estado de Direito é inexistente (logo, não há uma lei que lhe assegure os benefícios do seu trabalho/investimento), dominado por uma classe de dirigentes e uma elite política sem qualquer tipo de cultura ou moral, sem qualquer tipo de humanismo. Estou a falar de Angola, essa enorme nação barbarizada pelos senhores da guerra, pela introsão imperialista soviética e americana na sua política interna, pelo patrocínio das social-democracias nórdicas a uma economia viciada e, agora, pela influência chinesa.
O capitalista português que investe em Angola é, além de um idiota, um homem burro.
A insegurança dos seus rendimentos em Angola, a enorme roleta russa em que se tornam as nações neo-capitalistas (as que não são apoiadas por um Estado de Direito que impere sob as acções humanas no mercado) e a confusão de normas, hierarquias e burocracia, deviam funcionar como repelente. Em vez disso, atraídos pelo ofuscante ouro negro e pelos lascivos diamantes, partem os ricos-homens da república portuguesa, tantos deles homens da Polis, com o seu dinheiro e heranças, correndo esbanja-las nas inseguras praças de África.
Como o mercado é uma instituição humana e natural, tão natural como a Mãe Natureza, e quem se mete com a Mãe Natureza, leva - e enquanto liberal vos digo, caros leitores - o mais provável e certo é ocorrer tal reviravolta, na política angolana, mais cedo ou mais tarde, que faça com que todos estes príncipes e condes da nossa república percam toda a sua fortuna. Aí sim, verão que o mercado, por muito que brinquem com ele, morde-lhes no final.
Por isso os angolanos que enriquecem, aqueles que estão enfiados na engrenagem do Partido, preferem gerir o seu dinheiro na estável Europa. Aqui haverá menos diamantes (muito menos), mas há a segurança do Estado de Direito. Eles sabem-no bem, e melhor que os nossos.
Há, de facto, jogos de bastidores que são relevantes e muitas vezes facílimos de notar e denunciar (e para tal, existe a comunicação social).
No entanto, os capitalistas, e especialmente os grandes capitalistas, costumam, na grande parte das vezes, ser pessoas muito pouco inteligentes.
E são pessoas muito pouco inteligentes porque não conseguem ver sequer o quanto lhes custa o dinheiro que têm nem conseguem pensar para além da fase em que o adquirem.
Leia-se o que Ricardo Arroja escreve neste post. O grande capitalista, como é burro, e especialmente se for um capitalista português, vai investir num país onde o Estado de Direito é inexistente (logo, não há uma lei que lhe assegure os benefícios do seu trabalho/investimento), dominado por uma classe de dirigentes e uma elite política sem qualquer tipo de cultura ou moral, sem qualquer tipo de humanismo. Estou a falar de Angola, essa enorme nação barbarizada pelos senhores da guerra, pela introsão imperialista soviética e americana na sua política interna, pelo patrocínio das social-democracias nórdicas a uma economia viciada e, agora, pela influência chinesa.
O capitalista português que investe em Angola é, além de um idiota, um homem burro.
A insegurança dos seus rendimentos em Angola, a enorme roleta russa em que se tornam as nações neo-capitalistas (as que não são apoiadas por um Estado de Direito que impere sob as acções humanas no mercado) e a confusão de normas, hierarquias e burocracia, deviam funcionar como repelente. Em vez disso, atraídos pelo ofuscante ouro negro e pelos lascivos diamantes, partem os ricos-homens da república portuguesa, tantos deles homens da Polis, com o seu dinheiro e heranças, correndo esbanja-las nas inseguras praças de África.
Como o mercado é uma instituição humana e natural, tão natural como a Mãe Natureza, e quem se mete com a Mãe Natureza, leva - e enquanto liberal vos digo, caros leitores - o mais provável e certo é ocorrer tal reviravolta, na política angolana, mais cedo ou mais tarde, que faça com que todos estes príncipes e condes da nossa república percam toda a sua fortuna. Aí sim, verão que o mercado, por muito que brinquem com ele, morde-lhes no final.
Por isso os angolanos que enriquecem, aqueles que estão enfiados na engrenagem do Partido, preferem gerir o seu dinheiro na estável Europa. Aqui haverá menos diamantes (muito menos), mas há a segurança do Estado de Direito. Eles sabem-no bem, e melhor que os nossos.