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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Capitalismo Inteligente e Capitalismo Burro



A crítica mais inocente dos socialistas aos "homens do Grande Capital" é a acusação de que estes são jogadores político/macroeconómicos de grande calibre, dominadores do stream internacional e dos lobbys governamentais e sociais.

Há, de facto, jogos de bastidores que são relevantes e muitas vezes facílimos de notar e denunciar (e para tal, existe a comunicação social).
No entanto, os capitalistas, e especialmente os grandes capitalistas, costumam, na grande parte das vezes, ser pessoas muito pouco inteligentes.

E são pessoas muito pouco inteligentes porque não conseguem ver sequer o quanto lhes custa o dinheiro que têm nem conseguem pensar para além da fase em que o adquirem.

Leia-se o que Ricardo Arroja escreve neste post. O grande capitalista, como é burro, e especialmente se for um capitalista português, vai investir num país onde o Estado de Direito é inexistente (logo, não há uma lei que lhe assegure os benefícios do seu trabalho/investimento), dominado por uma classe de dirigentes e uma elite política sem qualquer tipo de cultura ou moral, sem qualquer tipo de humanismo. Estou a falar de Angola, essa enorme nação barbarizada pelos senhores da guerra, pela introsão imperialista soviética e americana na sua política interna, pelo patrocínio das social-democracias nórdicas a uma economia viciada e, agora, pela influência chinesa.

O capitalista português que investe em Angola é, além de um idiota, um homem burro.
A insegurança dos seus rendimentos em Angola, a enorme roleta russa em que se tornam as nações neo-capitalistas (as que não são apoiadas por um Estado de Direito que impere sob as acções humanas no mercado) e a confusão de normas, hierarquias e burocracia, deviam funcionar como repelente. Em vez disso, atraídos pelo ofuscante ouro negro e pelos lascivos diamantes, partem os ricos-homens da república portuguesa, tantos deles homens da Polis, com o seu dinheiro e heranças, correndo esbanja-las nas inseguras praças de África.

Como o mercado é uma instituição humana e natural, tão natural como a Mãe Natureza, e quem se mete com a Mãe Natureza, leva - e enquanto liberal vos digo, caros leitores - o mais provável e certo é ocorrer tal reviravolta, na política angolana, mais cedo ou mais tarde, que faça com que todos estes príncipes e condes da nossa república percam toda a sua fortuna. Aí sim, verão que o mercado, por muito que brinquem com ele, morde-lhes no final.

Por isso os angolanos que enriquecem, aqueles que estão enfiados na engrenagem do Partido, preferem gerir o seu dinheiro na estável Europa. Aqui haverá menos diamantes (muito menos), mas há a segurança do Estado de Direito. Eles sabem-no bem, e melhor que os nossos.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Angola ou O Bastião Democrático


Soldado angolano a abrir caminho para a democracia...




terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Surto Viral

Após fechar a fronteira com a República Democrática do Congo, devido à epidemia de ébola (provavelmente o vírus mais grave conhecido), Angola vê-se a braços com um aumento significativo dos casos de raiva na capital. Até à data sessenta e nove crianças pereceram, em Luanda, após contrairem o vírus. As autoridades sanitárias já iniciaram um programa de combate à enfermidade: campanhas informativas junto das escolas e abate de animais (oitocentos abates). Os animais vadios que deambulam pelas ruas de Luanda são o principal foco de contágio do vírus. Quanto aos cães, gatos e macacos, o abate é relativamente simples. Contudo, o mesmo não se verifica com ratos e morcegos.
Refira-se que os sessenta e nove casos detectados são uma aproximação grosseira do real problema. Aliás, para além da questionável transparência dos dados fornecidos, Luanda tenta desconsiderar a situação, como refere Fátima Valente (membro da comissão de combate à raiva): “Anualmente, desde 2001, vinham ocorrendo entre vinte e trinta casos. Em 2006 tivemos oitenta e um casos.”
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