sábado, 29 de novembro de 2008

Transversal Viagem




Cegos? Eternos cegos somos nós, Portugueses?! Ignorantes, egocêntricos, hipócritas! Num permanente obscurantismo visual, fechados em nós mesmos?!

Abramos um jornal -reprodução mental-, pois nunca a comunicação social denuncia de forma independente, desinteressada:
Índia...bombardeiros de Deus marchando sem nada a perder;

China...Escravos de misérrimos prazeres;

Rússia...hipocrisia escondida atrás da eterna cortina;

EUA...

Brasil...marcham os sem terra, levam consigo o estigma, desejando somente dignidade;

Venezuela...um louco Zaratustra que dez vezes ao dia ri, mas que tantos milhões seus faz "chorar";

Cuba...um "silencioso" socialismo triunfante;

Sudão...terra de "Mães do Cativo" sem o vislumbre de um paradisíaco mísero segundo de paz no seu oásis

"And I think to myself, what a wonderful world".

Passa esta masturbação mental e chegamos ao apêndice Nacional.

Aí, professores criticam, criticam, mas nem eles ou loucos líderes discutem as quase já obsoletas dúvidas da qualidade do ensino; a eternos colarinhos brancos se concede avais para não deixar cair o sistema, tão importante quanto as casas de famílias por pagar; a pedófilos clamantes de inocência se lhes mudam as leis; sidosos (seropositivos, em portugal, é proibido falar, senão seriam pessoas) vão tentando viver sem que possam tomar remédios tão essenciais (nem uso dizer mais) quanto as insulinas e os viagras dos políticos; a alunos se exige competências que a escola não ensina (e ou aprendes ou vais para a ultima casta);pais de família não recebem avais, pois foram imprudentes e quiseram ser um pouco mais de rendimento com acções ("nem todos podemos ser ricos"); capitalistas, essa corja auto denominada, em Portugal, de liberal, desculpabilizam-se com a inércia (e inépcia) dos governos, a desregulação e o desejo de uma vida modesta de milhares de famílias.

Portugal, quanto a ti, "I did it my way".

Além do eterno futebol, haja tequilla, sexo, marijuana.

Abraço.

6 comentários:

D. disse...

fazia sem dúvida sentido... finalmente um texto que gostei de ler e que não me deixou doente, neste espaço... xD

jünger disse...

adoro o "grito" do Munch!

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

acho que foste fácil com este texto.
o choramingar dos portugueses não fazerem isto e aquilo é uma treta do pior. sabes qual é o problema dos portugueses? é aquilo que tu partilhas amigo. falas e falas, e não dizes nada.
hit and run, ou seja, atiras farpas em toda a gente, sem aprofundar, sem sequer explicitar o que queres dizer.
1. a tua opinião sobre o problema dos professores é essa? eu protesto. uma coisa é a qualidade do ensino, outra é discutir o formalismo da profissão dos professores.
2. que cena é essa dos colarinhos e das pessoas sem casa? acaso já não se escreveu, citou, mostrou e falou e até se puseram vídeos a explicar a situação? também te põe doente a opinião de quem realmente sabe e estuda, como à Daniela é que se para ti a opinião de teóricos e peritos é tudo mentira pegada da propaganda capitalista-sionista, tás muito mal posicionado.
3. a cena dos alunos e das competências... ou seja, passava toda a gente pó superior, é isso? a casta mais abaixo é a não formada, é isso? e tu queres todos na casta acima, não é? que bonzinho, que socialista, que boa alma que tu és.
4. acerca dos pais de familia vou esquecer, nem deu pra perceber.
por ultimo, o discurso dos liberais. oh pedro, eu sou liberal e não sou capitalista. não atribuo nem discuto o valor da produção de nenhum empregado meu, porque não os tenho. mas acredito que isso é válido, sou liberal e sou com todas as palavras.

Pedro disse...

Manuel, não era meu propósito dissecar cada um dos pontos.

A superficialidade do texto foi, sempre, intencional, para que pudesse abarcar um maior número de matérias. Além disso, esmiuçar cada uma originaria um texto de dimensão estrondosa, incompatível com a tal lógica de leitura (intelectualmente económica)electrónica.

Todavia, prometo que me irei pronunciar pormenorizadamente sobre os pontos que apontei. Já agora, devias ter percebido que o texto não teve nada que se pudesse ligar a ti. Como me conheces, nunca o faria, não sem antes to ter dito em tantas conversas pessoais. Se nunca to disse, era porque não me referi nunca a ti. A referência era, obviamente, externa e prendeu-se com alguma opinião económica e política extra deste espaço.

(o mesmo é integralmente válido para o Pedro, com quem partilhas a opinião).

Abraço.

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

nem se põe essa questão pedro.
caso pressentisse ofensas pessoais falávamos todos juntos, isto não é espaço para isso.
só alertei para esse facto porque determina a lógica fácil do texto.
não me impressiona nada que certos capitalistas sejam corja, até digo que provavelmente é a maioria.
mas o liberalismo não é feito de capitalistas.

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

nem se põe essa questão pedro.
caso pressentisse ofensas pessoais falávamos todos juntos, isto não é espaço para isso.
só alertei para esse facto porque determina a lógica fácil do texto.
não me impressiona nada que certos capitalistas sejam corja, até digo que provavelmente é a maioria.
mas o liberalismo não é feito de capitalistas.

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