A Moeda poderá comprar-nos um presente
Mas, decerto, vender-nos-á outro futuro
Tudo é dinheiro! Tudo é Moeda! Tudo é Capital!
Prostituem-se (até clérigos) por dinheiro!
Ah, Moeda, O Diabo é o eterno Banqueiro
cobrando juros a cada alma que o deteste gastar,
sem amor. Tudo é quantificável e mensurável,
sem virtude, mas com um preço! O dinheiro, meus caros!
( Afinal, é de dinheiro que falamos não é?)
Que Deus partilha sua casa com o eterno cornudo
a seu lado, contando eternamente suas moedas? Seus oiros?
deram a César o dinheiro de Deuses, para vir com um diabo
taxado a preço de um escravo? O Demónio está nos desamores
que a ilusão do poder ilegitimamente cria, sob o fausto da Posse.
Onde haverá dinheiro, sobrará poder! E tudo, de novo, será Moeda!
Mas, dois demónios estão quando Belzebu semeia o eterno vício
que o homem tem de superar o seu vizinho, criando espécies de Oasis
financeiros! Só para parecer bem, faustoso, imperial, Persa...
Endivida seus próprios filhos, hipotecando-lhes o pão e a educação
que hão-de encontrar nas leis das Ruas.
Quantos pecados cobrará o diabo por um Porsche?
E onde estão os garantes de Deus?
Sim, aqueles cujos sapatos são Prada ou Gucci,
e extremamente valiosos para calçar o pé de Belzebu?
O Cornudo adora dinheiro, mas decerto não calçaria Gucci.
Onde estão os garantes do Socialismo, do materialismo dialéctico, do mutualismo
do Cristianismo, do populismo, Do DIREITO? Da soberania Popular?
Onde estão, merda?
( Calam-se, porque podem cortar-lhes o eterno dinheiro)
( Calam-se porque são fracos ... sem dinheiro, e se há coisa que se não possa comprar é efectivamente uma consciência cívica)
(calam-se porque têm medo de saber falar)
( calam-se porque são medíocres, porque se o não fossem, justificavam-no com acções dignas de
louvor e honra)
( calam-se porque não são inteligentes; são espertos, e sabem que para chegar ao cume do everest monetário, é necessário queimar muitos dedos sem dar um grito)
(Calam-se, porque há-de chegar a vez deles mandarem calar)
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