Com o devido respeito ao livre pensamento de cada um, a minha concepção de sociedade universitária não passa por ter um grupinho de canalizadores de frustrações facilmente sublimados de companheiros integradores, com a hábil e fácil desculpa da liberdade de acção humana.
Não vislumbro em nenhuma sociedade evoluída, paradoxalmente, tal "instituição" da Praxe universitária. O argumento do fascismo é sempre o caminho mais fácil para qualquer orador querer destronar esta tradição ( e não instituição, pela falta de universalidade). Toda a gente gostará, conquanto, de poder mandar.
O fenómeno de integração tão caro à sociologia e a Emile Durkheim, que coloca o sujeito social numa teia de fronteiras e possibilidades ínfimas de integração quantas as instituições ao seu (in)consciente dispor leva ao desespero da integração do mais vulnerável tipificado em grupos cuja normatividade seja mais coadunada com a ideia de "instituição total".
Das duas, uma. Ou a fenomenologia praxística tende a uma tradição ostentada ao costume e ao usus, ou radicará no tipo de instituição total, semelhante aos fenómenos de integração ocorridos na Inglaterra, no pós - Waterloo. "Instituições" criadas por demanda popular que, também paradoxalmente, culminaram com a adopção de normas rígidas, super-imperiais, adopção de uniforme, localização isolada, sistema administrativos hierárquicos, códigos de conduta severos, frequência ( compulsiva) aos conselhos dos "notáveis", etc etc etc.
Como acredito na teoria da relatividade de Albert Einstein, creio que estejamos ainda presos, no tradicionalismo, ao século XIX.