quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Escuro mas Quente
É como estar à lareira de alta labareda - tão alta como a alma do Homem das lágrimas enxutas! - de braço recostado languidamente sobre o cabelo, mas não lhe tocando, desbravando a fio de gládio o negrume dos tratados de Estética enquanto sinto o chão cair sobre minha cabeça.
Etiquetas:
Almada Negreiros,
Escuridão,
Morrissey,
Negrume
terça-feira, 31 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Metatradicionalismo
Não serão os reaccionários os maiores hipsters do nosso tempo? Eis o seu obstinado lema: 'gritemos com a pujança de um cego pelas instituições do passado; abraçar o presente é demasiado mainstream'.
sábado, 23 de junho de 2012
Traços hipermodernos
Eis que é chegada a hora dos Esteves Sem Metafísica!
A anomia axiológica hipermodernista cresceu nos nossos dias; cresceu e evoluiu para um novo patamar. Agora é o tempo da democrática validade horizontal da opinião. Agora, a eminência do sábio resigna-se à misologia do delinquente.
terça-feira, 13 de março de 2012
Sobre a curta "Praxis"
Com o devido respeito ao livre pensamento de cada um, a minha concepção de sociedade universitária não passa por ter um grupinho de canalizadores de frustrações facilmente sublimados de companheiros integradores, com a hábil e fácil desculpa da liberdade de acção humana.
Não vislumbro em nenhuma sociedade evoluída, paradoxalmente, tal "instituição" da Praxe universitária. O argumento do fascismo é sempre o caminho mais fácil para qualquer orador querer destronar esta tradição ( e não instituição, pela falta de universalidade). Toda a gente gostará, conquanto, de poder mandar.
O fenómeno de integração tão caro à sociologia e a Emile Durkheim, que coloca o sujeito social numa teia de fronteiras e possibilidades ínfimas de integração quantas as instituições ao seu (in)consciente dispor leva ao desespero da integração do mais vulnerável tipificado em grupos cuja normatividade seja mais coadunada com a ideia de "instituição total".
Das duas, uma. Ou a fenomenologia praxística tende a uma tradição ostentada ao costume e ao usus, ou radicará no tipo de instituição total, semelhante aos fenómenos de integração ocorridos na Inglaterra, no pós - Waterloo. "Instituições" criadas por demanda popular que, também paradoxalmente, culminaram com a adopção de normas rígidas, super-imperiais, adopção de uniforme, localização isolada, sistema administrativos hierárquicos, códigos de conduta severos, frequência ( compulsiva) aos conselhos dos "notáveis", etc etc etc.
Como acredito na teoria da relatividade de Albert Einstein, creio que estejamos ainda presos, no tradicionalismo, ao século XIX.
Não vislumbro em nenhuma sociedade evoluída, paradoxalmente, tal "instituição" da Praxe universitária. O argumento do fascismo é sempre o caminho mais fácil para qualquer orador querer destronar esta tradição ( e não instituição, pela falta de universalidade). Toda a gente gostará, conquanto, de poder mandar.
O fenómeno de integração tão caro à sociologia e a Emile Durkheim, que coloca o sujeito social numa teia de fronteiras e possibilidades ínfimas de integração quantas as instituições ao seu (in)consciente dispor leva ao desespero da integração do mais vulnerável tipificado em grupos cuja normatividade seja mais coadunada com a ideia de "instituição total".
Das duas, uma. Ou a fenomenologia praxística tende a uma tradição ostentada ao costume e ao usus, ou radicará no tipo de instituição total, semelhante aos fenómenos de integração ocorridos na Inglaterra, no pós - Waterloo. "Instituições" criadas por demanda popular que, também paradoxalmente, culminaram com a adopção de normas rígidas, super-imperiais, adopção de uniforme, localização isolada, sistema administrativos hierárquicos, códigos de conduta severos, frequência ( compulsiva) aos conselhos dos "notáveis", etc etc etc.
Como acredito na teoria da relatividade de Albert Einstein, creio que estejamos ainda presos, no tradicionalismo, ao século XIX.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Prosas da Questão Coimbrã
Bom Senso e Bom Gosto: Carta ao Excelentíssimo Senhor António Feliciano de Castilho (excerto).
É por estes motivos todos que lamento do fundo de alma não me poder confessar, como desejava, de V. Ex.ª."
Coimbra, 2 de Novembro de 1885
Nem admirador nem respeitador
Antero de Quental
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Canção aos Desertos d'Aquém-Mar
Levanta,
levanta a cabeça.
Mito da ausência desmentido
grisalho da idade,
fala-me. Caminha comigo.
Não vos sei as cores,
nem as vozes destiladas,
nem os olhares que dobram os medos
frases etéreas
sons de espectro.
Levanta,
levanta a cabeça.
Severo chamamento
deixa vacante o trono e
retalha a miséria.
Nem a dor te cobiçará!
Um fim tão próximo
que já se lhe saboreia
o sangue.
levanta a cabeça.
Mito da ausência desmentido
grisalho da idade,
fala-me. Caminha comigo.
Não vos sei as cores,
nem as vozes destiladas,
nem os olhares que dobram os medos
frases etéreas
sons de espectro.
Levanta,
levanta a cabeça.
Severo chamamento
deixa vacante o trono e
retalha a miséria.
Nem a dor te cobiçará!
Um fim tão próximo
que já se lhe saboreia
o sangue.
sábado, 7 de janeiro de 2012
Afirma o homem médio
- Temo a opacidade do Desconhecido.
Como pode ele temer o Desconhecido se o Desconhecido é tudo aquilo que conhece?
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Defunto
O Homem humaniza-se pela abdicação. Mormente quando abdica da essência para sentir o físico-estar dos que já não são.
Subscrever:
Mensagens (Atom)