quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

recordar é viver

eu escrevi este texto aquando do meu primeiro blog, o copinho de azeite.
Foi o único texto que de facto valeu a pena. Senhoras e senhores:

Memórias de um Intelectual

"Come forth, Lazarus! And he came fifth and lost the job." James Joyce.

Era um belo dia de Verão, em Junho de 1925... Lembro-me vagamente, estávamos todos em casa de Picasso, eu, Groupious, Hemingway e e Sarah Afonso. Picasso era um verdadeiro espanhol, como dizia Gropious... quer dizer, falava espanhol e ia a Espanha ver a família de vez em quando...era simplesmente maravilhoso de se ver... Hemingway acabara de escrever uma história sobre pugilistas num safari em África. Nem eu nem Sarah Afonso achamos que estava muito bem planeada, e eu até gracejei com o facto de a leitura de Ernest ser totalmente enfadonha, rimo-nos muito, fizemos um belo serão de galhofa, e mais tarde, na brincadeira, calçamos umas luvas de boxe e ele partiu-me o nariz.
Enquanto ia comprar fruta, encontrei Gertrude Stein. Ela lera algum dos meus manuscritos, e eu não resisti a perguntar-lhe se ela achava que eu me ia tornar um grande escritor. Ela, naquela sua expressividade muito própria, disse-me "Não". Tomei-o como um sim, e na manhã seguinte parti para Itália.
Em Itália conheci Marinetti, um homem de uma química muito especial, principalmente no seu andar, pondo um pé sempre à frente do outro, até conseguir aquilo a que chamava "andar" ou "passos". Eu e Sarah Afonso discutimos com ele o cubismo de Picasso, e rimo-nos muito com as suas ideias, mas baixinho, pois com o fascismo em alta na Europa, havia pouco com que nos rirmos.
De volta a França, Salvador Dali convenceu Picasso a tomar café com ele no "Biccarette"...Nesse cansado mês de Novembro, foi a coisa mais emocionante que aconteceu. Gertrude Stein perguntou a Picasso se a arte não era meramente uma expressão de algo. Picasso respondeu qualquer coisa, mas a boca cheia de torrada com manteiga mais não fez do que arruinar o café au lait de Gropious.
Uma vez em Munique, íamos passar o reveillon, apareceu Fernando Pessoa com duas primas cabeludas e feias. Hemingway gostava de mulheres com bigode, mas desiludiu-se quando se apercebeu que uma delas mais não era que Mário de Sá Carneiro. A outra, no entanto, era mesmo prima de Fernando Pessoa. À noite, já passados os festejos, Suzanne Lenglen perguntou-me porque não casava eu com Gertrude Stein, já que nos dávamos tão bem e passávamos tanto tempo jutos. Eu disse-lhe que ela era inteligente demais para mim, e que parecia mais homem do que eu. Rimo-nos muito, e mais tarde, na brincadeira, Stein calçou umas luvas de boxe, e partiu-me o nariz.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

quem é o meu Deus

O meu Deus não é uno e indivisível.
Divide-se em 3: o Pai, o Filho e o Espírito.

É o Pai de todos os filhos que não os tiveram.
É Filho de todas as mães que os perderam.
É Espírito de todos aqueles que julgaram tê-lo perdido.

O meu Deus não é todo-poderoso,
o meu Deus é o Todo.

Ele não é o Deus dos fortes
ele não é o Deus dos grandes.
O meu Deus não perdoa,
o meu Deus ama.

O meu Deus é o Deus dos Mesquinhos,
das mulheres que transportam droga no ventre,
das prostitutas e dos transsexuais marginalizados,
da inocência perdida das crianças violadas.

O meu Deus nasceu em palhinhas em Belém,
e ainda dorme assim, numa rua perdida de Nova Deli
o meu Deus ata bombas à cinta mandado pelos seus líderes
e dispara contra palestinianos comandado pelos seus tiranos.

O meu Deus é alvejado nas costas na Costa do Marfim,
e foi vendido pela mãe a um bordel na Malásia.

O meu Deus não dita regras.
O meu Deus pede, grita,
eu passo pelo meu Deus todos os dias.
Ele dá-me a luz, o seu amor, deu-me a minha mulher e os meus filhos.

A única coisa que me pede em troca são 50 cêntimos para comer
e eu arranjo sempre forma de não lhe pagar.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

imagens da minha 3º casa (ermesinde ái lóbiú)

O Mintas deve se ter magoado forte e feio:



A ver pela queda, eu acho que o Mintas se matou.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

adeus, camaradas

O autor vai encerrar até dia 25.
Estão previstas, no entanto, modificações neste prazo.

a face do ódio

No vídeo seguinte, Farfur, herói do horário infantil palestiniano, é interrogado por israelitas, recusando-se a vender-lhes as terras.
Em consequência é espancado e morto pelo seu opressor, naquele que foi, consequentemente, o último episódio da série.

pete is not innocent

Mas a sua música é boa como o caraças



Pete Doherty - Babyshambles - Fuck Forever

então mas...

acabou de chegar isto ao meu email, um Alerta SIC totalmente drogado:

Sporting empata em Coimbra frente à Académica por 1-0.

sábado, 12 de janeiro de 2008

oh captain, my captain

esta semana vai ser dedicada, aqui no III Anónimo, a um dos filmes que me formaram: "O Clube dos Poetas Mortos" ("Dead Poets Society" caso eu fosse daqueles que põem os nomes dos filmes em inglês para me engajar todo)
Os que viram o filme reconhecem a cena, e os que ainda não viram o filme devem, muito provavelmente, reconhecer esta famosa cena.



"We don't read and wright poetry because it's cute. We read and wright poetry because we are members of the human race, and the human race is filled with passion." Professor Reading ou "Oh Captain my Captain"

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

após 18 anos de mentiras

Finalmente tiveram o desplante de me contar a verdade.
As mulheres não gostam de ouvir os homens, simplesmente gostam de ouvir aquilo que elas pensam numa voz mais grossa.

cicero dicet

  • As 6 Falácias do Homem:
    1. A ilusão de que o ganho pessoal é construído somente tendo em base a acção de prejudicar o outro.
    2. A tendência para se preocupar com coisas que não podem ser corrigidas ou mudadas.
    3. Insistir que algo é impossível apenas por lhe ser difícil de alcançar.
    4. Recusa em esquecer preferências caprichosas.
    5. Negligência do desenvolvimento intelectual e do refinamento da mente, não adquirindo o hábito de ler e estudar .
    6. Permanente vontade de persuadir e compelir o outro a viver e a pensar da mesma forma.

ad monetarium (2)

No mesmo comunicado, a SIC considera que "este é um acordo estratégico na política de renovação do canal e na melhoria da sua oferta" e anuncia que o regresso dos Gato "será um dos eixos da programação e terá um papel de destaque no universo SIC".

Já o grupo Gato Fedorento diz na mesma nota que "é um prazer voltar ao canal que os lançou e considera ainda que a melhor forma de tirar nódoas de chocolate de camisas brancas é com um pano embebido em água quente."


ver mais aqui.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

a razão de não haver referendo

Para opiniões diversificadas sobre o assunto do referendo, ver isto, isto e isto.

A questão do referendo passa por, na opinião do governo, de uma "ética de responsabilidade", de forma a não transformar a decisão de um possível referendo num factor positivo para o executivo.
A verdade é que, tentando responder aos meus colegas, um referendo sobre a questão do Tratado levaria muito provavelmente a uma resposta negativa por parte da população, não devido ao conteúdo do Tratado, mas antes como forma de protesto à acção do Governo de Sócrates.
O meu medo é que os defensores do referendo actuem como defensores do "Não" ao Tratado, o que é o mais provável. A complexidade de informações contidas no Tratado não é passível de ser analisado pelo cidadão comum. Não, não estou a chamar o povo de "burro", estou a tomar a posição de Vital Moreira, que defende que um referendo sobre uma questão tão inacessível seria aproveitada pela oposição para lançar a sua campanha contra o governo, e assim arriscar uma questão tão importante como a do referendo para conseguir singrar no panorama nacional.
Eu sou defensor do referendo enquanto direito do cidadão, enquanto mecanismo importantíssimo do Estado, mas é necessário observar que neste contexto um referendo sobre a UE iria incidir, na mentalidade do cidadão comum, na continuidade do actual Governo. E acabaria por servir apenas como um voto de desconfiança e uma desautorização lançados pelo povo Português, ficando o Tratado assim sacrificado aos caprichos políticos.

Por mais que me custe, tenho de observar a posição de Sócrates como uma posição válida e a única adequável, porque todos os que são pelo Tratado sabem que um referendo, numa época de contestação ao actual Executivo, traria consequências, imprevistas pelos eleitores, ao País.
Por muito importante que seja esta decisão, eu creio que a distancia que os portugueses têm da "coisa europeia" e o facto de estarem vulneráveis a manipulações políticas que não olhariam a nada, nem à integridade de um Tratado, para dar um rombo golpe na administração de Sócrates.

romeo broke my glasses

Tenho a impressão que matei o cão da minha vizinha.
Para não parecer tão mau, digo-vos que ela não é bem minha vizinha. Mora num 267 cá da terra, naquelas casinhas feitas à base de aço inox que têm um aspecto de merda muito chic e moderna, importada de França e isso.
O endiabrado do bicho classifica-se cientificamente entre as variadas raças de cão pequeno/minúsculo, fruto de 6 gerações de procriação incestuosa, tal e qual a maioria dos habitantes da Ribeira do Porto, e por isso padecendo de várias deformações físicas e mentais. Tal e qual muitos habitantes da Ribeira.
Acontece que eu, à vinda do comboio que me traz e leva, e passo por uma larga dezena de casas cada uma com o seu par de cães, não seja o medo de todos os que me rodeiam de serem assaltados por um exército de felinos vindos das profundezas do inferno.
Ora este cão em particular possui um tralhambique qualquer que o faz lançar-se contra o portão de sua casa sempre que me sente a passar pela porta de sua casa, na tentativa de conseguir inverter ou contrariar a tendência espacio-temporal e atravessar supersonicamente o portão e morder-me a perna como se fosse um delicioso pedaço de rosbife.

Ontem, o cão da senhora partiu o pescoço.

E ainda bem, que o cabrão do bicho, a modos de me pregar um cagufo de morte, escondia-se bem escondidinho nalgum sítio lá da casa da gorda da dona dele, e apanhava-me de surpresa, e eu fazia uma figura gigantesca de parvo sempre que ele vinha com aqueles "TRUM"'s enormes contra o portão e eu estremecia que nem varas verdes.
É claro que agora nem ligava ao animal, já estava à espera que o gajo viesse fazer a sua loucura diária, mas surpreendeu-me desta vez notar que o bicho não acompanhou o "TRUM"' com um latido de dor sado-masoquista. Estava firme e hirto como uma barra de ferro,e eu resolvi chamar as urgências quando...

Toda esta história trouxe-me fome, de maneiras a que vou parar por aqui, e vou comer uma sandosca de qualquer coisa. Simplesmente já me fartava de escrever sobre política. As pessoas que vão aos meus blogs e vêm o que lá está escrito devem pensar que nós estudantes de Direito devemos ter uma mania de nos engajarmos com estes termos todos intelectuais e coiso, e escrever sempre Direito com letra maiúscula como que a armar prestígio. Enfim, eles não deixam de ter razão, mas como nós metemos-vos num saco e vocês vão precisar de nós, qualquer problema a faculdade de psicologia foi apadrinhada por nós, é só marcar consulta no nosso gabinete.

baby, isto é tudo fogo de vista

Fiz uma remodelação do catano neste blog, mas também neste, e aconselho-vos a visitar. Não foi grande coisa, mais para deixar as ideias organizadas e facilitar a relação de assuntos e textos ao leitor,esse simpático. Estava com umas impressões ultimamente, sempre que cá chegava, que já nem via isto bem, sempre tudo ao rebaldar e ao Deus dará, de maneira a que lá fiz funcionar os meus conhecimentos de informática. O resultado é, como sempre, brilhante.

domingo, 6 de janeiro de 2008

é desta que eu vou preso

aconselho-vos a esperar quatro segundinhos antes de clicar, porque aparece a publicidade da menina em bikini mesmo contra a minha vontade.



o meu máximo foi 153.597 metros!

não, não vi o Jardim, parem de perguntar

O autor voltou da sua viagem de espiritualidade à Madeira, e chegou renovado e com muito zen para distribuir.
Por falar nisso, tenho de vos dizer alguma coisa sobre regionalização, docaria tradicional e um tipo estranhamente parecido com o Hitler que eu encontrei na estação.

Tudo a seu tempo. Não se esqueçam de visitar isto e isto para se manterem actualizados em relação a várias coisas que são muito giras. E nas quais eu escrevo.

Salut
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