quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

romeo broke my glasses

Tenho a impressão que matei o cão da minha vizinha.
Para não parecer tão mau, digo-vos que ela não é bem minha vizinha. Mora num 267 cá da terra, naquelas casinhas feitas à base de aço inox que têm um aspecto de merda muito chic e moderna, importada de França e isso.
O endiabrado do bicho classifica-se cientificamente entre as variadas raças de cão pequeno/minúsculo, fruto de 6 gerações de procriação incestuosa, tal e qual a maioria dos habitantes da Ribeira do Porto, e por isso padecendo de várias deformações físicas e mentais. Tal e qual muitos habitantes da Ribeira.
Acontece que eu, à vinda do comboio que me traz e leva, e passo por uma larga dezena de casas cada uma com o seu par de cães, não seja o medo de todos os que me rodeiam de serem assaltados por um exército de felinos vindos das profundezas do inferno.
Ora este cão em particular possui um tralhambique qualquer que o faz lançar-se contra o portão de sua casa sempre que me sente a passar pela porta de sua casa, na tentativa de conseguir inverter ou contrariar a tendência espacio-temporal e atravessar supersonicamente o portão e morder-me a perna como se fosse um delicioso pedaço de rosbife.

Ontem, o cão da senhora partiu o pescoço.

E ainda bem, que o cabrão do bicho, a modos de me pregar um cagufo de morte, escondia-se bem escondidinho nalgum sítio lá da casa da gorda da dona dele, e apanhava-me de surpresa, e eu fazia uma figura gigantesca de parvo sempre que ele vinha com aqueles "TRUM"'s enormes contra o portão e eu estremecia que nem varas verdes.
É claro que agora nem ligava ao animal, já estava à espera que o gajo viesse fazer a sua loucura diária, mas surpreendeu-me desta vez notar que o bicho não acompanhou o "TRUM"' com um latido de dor sado-masoquista. Estava firme e hirto como uma barra de ferro,e eu resolvi chamar as urgências quando...

Toda esta história trouxe-me fome, de maneiras a que vou parar por aqui, e vou comer uma sandosca de qualquer coisa. Simplesmente já me fartava de escrever sobre política. As pessoas que vão aos meus blogs e vêm o que lá está escrito devem pensar que nós estudantes de Direito devemos ter uma mania de nos engajarmos com estes termos todos intelectuais e coiso, e escrever sempre Direito com letra maiúscula como que a armar prestígio. Enfim, eles não deixam de ter razão, mas como nós metemos-vos num saco e vocês vão precisar de nós, qualquer problema a faculdade de psicologia foi apadrinhada por nós, é só marcar consulta no nosso gabinete.

1 comentário:

D. disse...

penso que a ligação entre psicólogos e advogados poderá ser proveitosa em certos sentidos... cof cof

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