"Ainda antes de se começarem a ouvir as críticas mais ferozes contra a crescente promiscuidade do Estado com entidades privadas, o gestor António Carrapatoso escrevia na revista Atlântico de Fevereiro um artigo a denunciar a existência de um outro “sistema“, certamente mais relevante para o país do que aquele que existe no futebol. Um “sistema” em que, passo a citar, “alguns grupos políticos, de um só partido ou do bloco central de interesses, vão repartindo com escasso critério profissional e de mérito os lugares públicos e para-públicos. Desde o funcionalismo até às colocações nas empresas participadas pelo Estado”.
Um “sistema” onde, cito de novo, “a elevada promiscuidade entre o poder político e o poder económico resulta em primeiro lugar do posicionamento e acção de governantes e outros agentes”, não se promovendo “a clarificação da fronteira entre o poder político e o poder económico”."
Por Paulo Pinto Mascarenhas
texto na íntegra aqui.
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