quarta-feira, 14 de maio de 2008

de ratio praxis

Uma das praxes mais discutidas e vulneráveis a movimentos anti da universidade do Porto é a praxe da Faculdade de Direito da Universidade do Porto. É uma praxe dolorosa do ponto de vista psicológico, físico, exige muita participação e disponibilidade, traz certas responsabilidades que absorvem na quase totalidade todos os que a aceitam.
Eu tenho orgulho dos momentos que lá passei, e não me arrependo deles ou sequer me proponho trocar de recordações. Conheci duas das pessoas por quem tenho mais apreço naquela praxe, e muitas outras com quem me dou bem. Acima de tudo, nutro por muitos dos meus antigos camaradas de praxe uma confiança difícil de abalar.
Por muito que seja difícil compreender estes pontos de vista, por muito irracional que pareça privilegiar uma amizade nascida na pura e voluntária adversidade, há certas explicações que podemos usar. A praxe não é um fenómeno inquestionável, nem inexplicável. Não é um elemento de fé. Acontece, é um laço humano. O seu problema, a pedra base que lhe falta, o fundamento ideológico que estraga todo a quadro desta pintura pretensiosamente espartana e árdua, é uma completa falta de noção de tradição que realmente exista, que realmente se justifique. A praxe da faculdade de Direito é uma criação recente, inspirada numa inspiração do que terá sido porventura a praxe de Coimbra.
Licurgo disse que as leis duras unem os Homens. Quanto mais severo for o regime de um estado, quanto mais estóico e exigente, simples e despido de complexidades, mais fortes são os homens.
Daí Licurgo ter criado uma das sociedades mais características da História, a sociedade espartana. É bastante óbvio que é um fenómeno destes que une o elemento praxístico. É a dureza das suas leis, a facilidade com que se criam situações em que a nosso dever é olhar pelo colega do lado, é atravessar tudo junto.
Este é talvez o objectivo mais nobre de toda a praxe, senão o único. Ou seria, não fosse a causa porque se faz isto mesquinha e trivial, na maioria dos casos.
Pedem-nos para sofrer, para aguentar os insultos e as ofensas, para nos unirmos forçadamente ao companheiro do lado, com apenas um fim. O de poder fazer o mesmo para o ano que vem.
Mas isso é somente uma escolha, algo irrisório, que infelizmente se revelará no carácter dos futuros praxistas.
Arrependo-me de ter saído da praxe a uma semana do fim, por muito que já lá não pusesse os pés há mas de 4 ou 6 semanas. Arrependo-me porque se soubesse teria saído no último dia, antes de atravessar a tribuna. Não me considero anti-praxe, mas tenho agora graves e sérios problemas com a praxe da minha faculdade. A cena representada no cortejo, em que os representantes da praxe da faculdade de direito deixam passar os finalistas sem qualquer tipo de companhia, sem qualquer amostra de solidariedade, mostra muito bem o que serão ou já são a nova geração de praxistas desta Escola de Direito. Uns idiotas egoístas.
Um pequeno bando de idiotas egoístas que resolveu galardoa-se a si próprio com um traje que não respeitam, com ideais demasiado nobres e incompreensíveis para os seus propósitos mesquinhos de gastrópode. Uma bacoquice de todo o tamanho, para resumir.
O traje é algo tão académico, e algo tão pessoal, que devia ser proibido aos idiotas legalistas usá-lo, porque impor leis nalgo estudantil, é como impor um limite máximo no consumo de álcool durante a queima, um limite no número de vezes que se diz "despedida" nos fados académicos, um limite nas vezes que um estudante de direito diz "merda" e "a doutrina diverge". As leis fazem-se para os Homens, não são os Homens que se moldam para caber dentro delas, se bem que certos membros da praxe cabem incompreensivelmente dentro dos trajes, anafados como estão das suas manias sebosas.
Eu mereço o meu traje. Não por o ter feito debaixo das vossas regras, mas porque provei a mim próprio que sei viver com elas, que são as infelizes leis do mundo, que vocês tanto gostam de representar. O que me difere é o facto de as querer mudar. Porque é isso que eu não tenho de igual para com a praxe. Eu não me altero, eu altero aquilo que me rodeia, pelo meu simples agir de ser humano, de cidadão. A verdadeira praxe não cria uma barreira de prerrogativas e leis obtusas e velhas, antes constrói uma muralha de homens, de universitários, uma muralha que se considera igual não pelas cores da roupa mas pela vontade de se superarem pelo mérito e pela agudeza de espírito, sem corromper ou humilhar a dignidade do camarada de estudos, de vida, de tristezas, de fados. Uma praxe distingue-se pelo exercício do intelecto dos seus. Nunca pelo simples arrotar de doutrinas e lenga-lengas patetas. Não são os abraços de bêbado, os momentos calorosos de traje amarrotado que vos tornam, caloiros do mundo, finalmente iguais e superiores, capazes de ser considerados gente entre os outros Pares da Praxe!
É antes o que vocês fazem durante todo o ano, o respeito que mostram para com os vossos verdadeiros iguais, que são todos os que lá andam, desde o sr.Ferreira da portaria, até ao Conselho Científico da Faculdade.
Querem igualdade, democracia? Querem sentido de presença, de pertença, de fraternidade? Comecem com a vossa família, e façam dos vossos novos companheiros uma família.

Após tanto tempo na praxe, pude finalmente sair convencido que aprendera o que ela era. Percebi a essência, e se essa essência não entrou em mim foi por uma simples razão.
Se me mantive ignorante perante os ensinamentos da praxe, digo com todo o orgulho que sim, pois não aceito nenhuma das vossas leis.
A questão está de todo este assunto está no respeito que a Praxe poderá dar à Faculdade, visto que esta tem sido representada com honras por pessoas que resolveram viver em harmonia com a muy amada liberdade académica.

33 comentários:

MJ disse...

Querido amigo:

No dia do cortejo, que tanto te indignou, tentei explicar-te muitas coisas sobre a praxe. Vejo agora que não compreendeste a maioria delas. E não digas que percebeste a sua essência, porque não percebeste.
Começas bem o teu texto, acabas pessimamente. Demonstras, mais do que falta de respeito (pois não podemos respeitar devidamente aquilo que não conhecemos), uma falta de humildade e uma ignorância que me surpreende. Mais, não só não compreendes como te apressas a criticar sem tentar compreender.

Dizes que tens sérios e graves problemas com a praxe desta Casa. Meu amigo, só os tem quem os procura e merece. E o facilitismo com que insultas e generalizas inacreditavelmente toda uma "geração de praxistas", que não será mais do que "um pequeno bando de idiotas egoístas", só mostra que andas à procura deles.
Entristece-me essa imaturidade demagógica, essa pobreza de espírito e abertura de horizontes que demonstras neste texto, Manuel.

Não percebeste que o que aconteceu no cortejo não foi uma demonstração de falta de solidariedade ou companheirismo, foi sim, uma reacção natural, expectável e legítima de um grupo de pessoas movidas por um determinado conjunto de regras e princípios, que viu outro apressar-se a tentar derrubar os seus costumes, e a fazer algo que para si nem deveria ter qualquer significado.
É o instinto de contrariar e contestar apenas para auto-afirmação. Compreende-se.
O que não se compreende é que essas pessoas, e outras, esperem que a Praxe os deixasse passar inseridos no seu meio, quando eles voluntariamente optaram por não aceitar nem aprender os seus princípios. Esses finalistas deveriam, aliás, ser os primeiros a recusar participar em algo que tanto rejeitaram e criticaram - eventos praxísticos.

E não confundas, nunca confundas como fizeste, a pessoa do colega e do amigo, com o praxista. Porque quem viste nesse dia não foram os colegas, porque aquilo não era uma manifestação do espírito académico de uma Faculdade ou de uma Associação de Estudantes. Era o de uma Praxe, que é, assumidamente, elitista, militarista, machista e fascizante. Só que parece precisar dessas características para prosseguir os seus fins essenciais e manter-se fiel a toda uma tradição que lhe fornece o seu sentido último.

E quem ler este meu comentário e pensar que dela faço parte, está errado. Não faço, mas nunca faria considerações como as tuas, porque a respeito demasiado. Pelo que para mim significou, que foi pouco, enquando por lá estive, mas principalmente pelas pessoas que a ela se dedicam. E disse que os teus comentários se revestem de uma arrogância e falta de humildade que me surpreende, exactamente porque qualificas simplesmente de idiotas algumas das pessoas mais brilhantes e humanas que já conheci. Serão todas estúpidas ? Será que perdem o seu tempo com "manias sebosas" e "uma barreira de prerrogativas e leis obtusas e velhas" ?
E é, com comentários desses, a eles que acusas de se considerarem superiores ?

Aos amigos que tenho na Praxe, e outros que possam ler este comentário, espero não ter dito algo de errado ou que vos tenha ofendido, sei que me arroguei de um papel de defesa e esclarecimento que não me pertence, mas são estas algumas das convicções que acerca da Praxe possuo. E voces conhecem-nas, e embora haja também coisas que condeno, faço-as sempre chegar até vós. Sem deixar que pormenores de pouco relevo, procedimentos que nem todos de vós seguem, regras com as quais nem todos de vós concordam, pelrmices circunstanciais, conjunturas ou erros pontuais me toldem a vista e me façam partir para uma condenação sem piedade. Sem nunca, no fundo, esquecer o quanto admiro o essencial do vosso trabalho e da vossa obra.

Foi só uma opinião, não me caiam já todos em cima. Mas é a minha. E é a primeira, e espero que única, que presto publicamente sobre esta nossa Praxe. Um bem-haja a todos.

Maria João Cocco da Fonseca

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

minha querida amiga:

leste somente o que te afectou. não leste o meu texto, resolveste sublinhar as partes que não gostaste e ditar-mas. eu não preciso que o faças, eu sei bem o que escrevi, e pensei quando o fiz. se um dia mudar de ideias, demosntrá-lo-ei neste blogue igualmente, espero no entanto que tu comentes esse texto da mesma forma, mas prestando atenção a todas as premissas do meu raciocínio. começo bem, dizes tu, mas acabo mal. eu respondo-te que começo da mesma forma que acabo. sincera, pausada, descomprometida, e com as críticas merecidas endereçadas a quem quiser ouvi-las.
também conheço boas pessoas na praxe, pessoa que admiro e gosto muito. no entanto este é o meu espaço interpessoal de opinião, aquilo que eu digo aqui dir-lhes-ia a eles. com mais palavras talvez, tanto as coisas boa como más.

um bem haja para ti, e muito obrigado pela tua visita.

Anónimo disse...

1º Não tenho por hábito discutir praxe com quem lá não está
2º Não tenho por hábito discutir praxe com quem dela nada percebe
3º Não tenho sequer por hábito discutir praxe com quem não a respeita, nem às pessoas que dela fazem parte.

O que leio da MJ é algo de respeitável de alguém que optou por não continuar, de quem mesmo não percebendo na plenitude opta por respeitar e ser clarividente neste tema.

Falas da nossa casa não conheces as outras, falas de uma praxe recente, devias saber que quem nos inicialmente praxou foi medicina, engenharia...E não um bando de mecos que criou praxe em 10 anos quando surgiu a faculdade.

Indigna-me quem de um tema fala sem dele sequer perceber os fundamentos básicos...

Egoísmo não é ser praxado para o ano praxar...Egoísmo era não partilhar e proporcionar o mesmo que nos foi proporcionado enquanto caloiros. Algo que pode nao ter significado nenhum para quem lá não está, daí não gostar de falar em algo do plano emocional com argumentos racionais.

Ah...e espero que tenhas um orgulho especial, não em me chamar egoísta e idiota, mas a todos os teus restantes colegas e amigos. Depois pensa no que é respeito, no que é solidariedade e no que é amizade

Generalizar é a estupidez básica do teu texto puramente demagógico.

Prá próxima chama.me fascista, só faltou esse cliche.

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

hugo,

não encontras no texto nenhum dos clichés normais.
nem sequer me aproximei do fascismo, porque acho um argumento pouco correcto, de todo a praxe é fascista, a meu ver.

1º não tens de discutir praxe com quem lá não está.

2º não tens de discutir praxe com quem nada dela percebe, mas este é o meu blogue, e eu escrevo o que eu quero, nem tem de ser o que eu penso! mas o que eu quero. e mais, duvido que aja por aí muita gente a dizer que "percebe" o que é a praxe. eu só disse que a entendi. é um meio sinonimo.

3º eu não deixo de respeitar ninguém. limito-me a classificar formas de agir. se amanhã eu vir que a praxe fez algo extraordinariamente bom e útil e alvo de admiração, eu escrevo com todos os adjectivos. no entanto, pelo que eu vi, principalmente na cerimónia, tenho de despejar todos estes adjectivos e mais uns sinónimos.

4º não sinto orgulho em chamar os outros de idiotas, mas às vezes é preciso fazê-lo.

5º no entanto, não te chamei de idiota

6º conheço a praxe dos outros sítios sim, inclusivamente muito bem a praxe de medicina, de letras e direito de Coimbra. tenho familiares praxísticos, e eles não são idiotas,penso. logo não generalizo nem as praxes em geral de idiotas, nem muito menos os elementos da praxe da faculdade de direito.

7º resumindo Hugo: não generalizei, não usei lugares-comuns baratos, não empurrei o nome de alguém na lama, pelo menos injustificadamente, nem sequer me comprometi com um posição anti-praxe. tanto porque não estou para compromissos, como não estou para cenas anti, é muito fatela.

8º passa a ler os meus textos com a mesma atenção que lês os comentários da Maria João, caso queiras comentar justamente, claro.

9º reafirmo algo, que é o seguinte. este é o meu espaço inter pessoal, na blogosfera. ou seja, eu escrevo o que quero, não tem de ser o que penso, mas o que quero. logo escrevo, nem que seja para praticar a escrita.

10º e último. contando como aviso aos elementos praxísticos, que virão ler e reclamar e tentar fazerme a folha:
10.1 - eu sei kung fu
10.2 - eu sei judo
10.3 - eu trago comigo todos os dias uma moca de Barcelos muito grande

e por último do último, e mais importante:
leiam isto talvez como um aviso daquilo que pensam de vocês lá fora, não como apenas uma gabarolice contra vocês, nada tenho contra vocês. só quando me pisarem os calos, eu pisarei os vossos. pelo menos tento.
Leiam isto, como um protesto da falta de representação que vocês deviam dar, não da vossa praxe, mas da vossa Casa.

D. disse...

bom, eu não diria que sou anti-praxe, sou anti-praxe de direito. primeiro porque muitos dos que lá estão têm duas palas nos olhos e não conseguem olhar para os lados nem respeitar quem não tem estofo para aturar meia dúzia de pingarelhos que acham que podem fazer o que querem e lhes apetece. por mim até podiam ter aprendido a praxe com um qualquer suprasumo praxístico, ela é verdadeiramente incompreensível e isso basta-me. como é óbvio, acho que é muito engraçado quando os que dentro da praxe estão dizem coisas como as que o hugo enumerou, por analogia, nenhum de nós poderia então ter opinião alguma sobre nenhum assunto, pois a não ser que entendesse, isto é fosse a favor, ou pelo menos participasse, poderia opiniar.
depois, a atitude do cortejo mostra a arrogância da praxe que é baseada em hierarquias em nada merecidas: o cortejo é académico e aconselho-vos a ler os regulamentos da FAP sobre o CORTEJO ACADÈMICO, ora académico não é sinónimo de praxístico, portanto, se me disserem que a tribuna é praxística, sim têm razão e eu não faria a mínima questão de lá passar pois estou-me borrifando para os senhores que a compõe, agora não me digam que o cortejo é praxístico, porque não é. nem vale a pena argumentar que é praxístico porque durante o cortejo há praxe: na faculdade também há praxe e que eu saiba até os alunos anti-praxe podem ir às aulas e frequentar o espaço.

por mim podem manter as vossas tradições, enquanto houver carne para canhão e pessoas que aguentam subjugações acho que deve continuar. não admito que me venham impor regras que eu desde o momento em que saí da praxe recusei. tenho a minha liberdade e ninguém manda em mim. desde que não ofenda ninguém, coisa que dentro da praxe se faz constantemente e eu própria já tive infelizmente de conviver com uma das vossas digníssimas doutoras de praxe, que tudo o que dizia pela boca fora mais parecia ensinamentos fascistas do que algo digno, ninguém tem o direito de me vir ditar regras.

por último deixo aqui a minha opinião de que a praxe deveria ser feita sem o traje vestido. se me querem falar de tradições, leiam o código de praxe e entendam de uma vez por todas o que o traje significa: ele significa igualdade. lamento informar, mas a praxe promove as hierarquias, aqui reside a verdadeira forma de mal trajar. muito mais do que a vossa irritação com os brancos à mostra ou a capa pousada no ombro esquerdo(que preciosismos), é aqui que se deveriam preocupar no respeito pela tradição.

P.S - eu conheço pessoas que estão dentro da praxe e algumas merecem o meu respeito. contudo, há muitas que merecem o meu desprezo. em relação às que respeito, nunca lhes deixo de manifestar a minha indignação por aquilo que fazem e por aquilo que vão fazer.

Ary disse...

caro colega,

manel,

eu discuto mt praxe e para mais discuto mt a praxe da nossa casa (sim da nossa casa, a casa tb e tua). kem m conhece sabe k eu sou muito critico em relaçao a muita coisa. ms ha semelhança do hugo n o costumo fazer com pessoas q estao fora de praxe e muito menos na blogoesfera. ha no entanto algumas coisas q gostava de t dizer:

Manel,

tu es uma pessoa inteligente, critica, interventiva, interessante e interessada k recentemente tem vindo a ganhar alguma admiraçao espanta.m ptt como podes ter uma opiniao tao critica sobre a praxe da nossa casa sobretd qd permaneceste nela durante tanto tempo.

ou pelo menos foi o k pensei durante os primeiros 3 segundos depois de ler o teu texto ...

depois lembrei.m k percisamente p seres uma pessoa c as kalidades a cima mencionadas e k permaneceste na praxe, saist da praxe e te sentast a secretaria para escrever este post.

e logico ... (e n penses k eu estou a ser ironico ou a tentar ter piada)

a praxe e provocadora ... desperta sentimentos fortes ... e controversa ... e um metodo afinado ao longo de muito tempo para servir um conjunto de propositos q claramente t passaram ao lado (como alias passam a esmagadora maioria das pessoas k passam pela praxe da fdup e a quase totalidade dos "praxistas").

assim sendo e normal k essas provocaçoes n tenham caido em saco roto, claramente n cairam. e terrivel qd a praxe e simplesmente aceite como um dado, como um dogma, como mais uma correia do pensamento.

n caindo em saco roto iniciaste o teu processo de analise da praxe ... questionast.a ... interrogast.a ... julgast.a e e condenast.a. formulast a tua opiniao, tens o direito de a veicular e agradeço o espaço k deixast aki ao teu publico para t responder.

gostaria no entanto de defender a praxe em segunda instancia no tribunal da tua cabeça.

espero ter tempo e disponibilidade para um dia falar contigo sobre este assunto k tanto m e kerido.

compreensivamente,

ary

Ary disse...

daniela,

o teu comentario tb m deixou bastante desgostoso.

ha tanta coisa k gostava k compreendesses ...

eu n digo k as pessoas k n estao em praxe n possam opinar sobre ela, mas tens de concordar k e mais dificil para kem tem menos dados tirar melhores conclusoes. e neste caso dificilmente podera falar de uma analise mais desapaixonada...

ja tive varias conversas com n praxistas sobre o assunto e sai apenas satisfeito de duas: uma com o miguel (pres da dae) e outra com mj ... e tanto num caso como noutro foi possivel o dialogo e o estabelecimento de pontos de compreensao mutuos (e olhem k o miguel nc pos os pes na praxe).

os animos tendem a exaltar.s qd nos referimos a praxe (e tvz ainda bem ... e pelo menos sinal k alguma coisa "p la" anda a ser feita) e no entanto preferivel manter um discurso baseado em algumas permissas:

1. os praxistas n sao superiores a nng
2. os praxistas n tem o monopolio da palavra praxe
3. os n praxistas n sao superiores a nng
4. tantos os praxistas como os n praxistas devem de por de parte os seus odios os seus preconceitos para "falar" de praxe

mais permissas haveria mas o meu pc ta a ficar sem bateria ... estas s fossem cumpridas poder.s.ia começar um dialogo mais saudavel k permitisse aos praxistas repensar algumas das suas condutas e aos n praxistas certamente algumas das suas palavras.

zenemente,

ary

D. disse...

este era um bom tema para a sociedade dos bebates...

Ary disse...

Este tema ja tinha sido pensado para a sociedade de ddebates, no entanto tem um grande problema:

ou se colocam as pessoas k estao contra nos grupos contra e as pessoas a favor no tempo a favor, ou se faz contrario. Primeira opçao: as pessoas levariam os argumentos demasiado a peito pk s perdia o lado "academico" da coisa. Segunda opçao: os praxistas estariam em clara vantagem pk para alem de saberem quais os supostos problemas da praxe conhecem os seus verdadeiros problemas; enkanto os n praxistas conhecem apenas os argumentos a favor k lhes foram trazidos p praxistas.

Qq dos caminhos q s seguisse poderia levar a desavenças dentro do grupo k nesta fase seria mais prejudiciais k beneficas para discussao. Pagar publico com sangue e algo k pessoalmente so estarei disposta a fazer qd precisarmos mais de publico k de sangue, e um recem-nascido n costuma ter sangue para dar e vender.

conservadoramente,

ary

Francisco disse...

Quem diria, quem diria...
Antes de mais, e sendo do vosso conhecimento a minha opinião sobre a Praxe, quero dizer-vos que vou tentar ser o mais moderado possível. Primo, porque parece que hoje em dia é cool ser moderado (na político isso vê-se muito); secundo, porque não quero ser novamente penalizado pela minha singela "indelicadeza" como aconteceu na Sociedade de Debates da passada terça. Não que me interessem aqui os pontos, mas parece que a boa disposição, a ironia, o sarcasmo e demais expressões estilísticas usadas são religiosamente consideradas muito impolite. Excessos, vá lá...
Bem, depois de tanto que já foi dito nestes comentários, queria só sublinhar um aspecto inteligentemente referido pelo Ary: o Manel chegou à praxe, aderiu à praxe, esteve na praxe (com tudo o que isso implica), pensou na praxe e saiu da praxe. Posto isto, processou mentalmente o seu ano "praxístico" e tirou certas conclusões. Vai daí, resolveu tirá-las cá para fora, escrevendo-as no seu blog. Isto é normalmente o tipo de sequência intelectual que caracteriza alguém inteligente. E o Manel é-o, de facto.

Manel,
Confesso que não sei muito bem o que te dizer. Não te dou os parabéns pelo texto porque isso seria demagogo. Simplesmente pelo facto de as razões apontadas para a tua saída nada terem a ver com os meus argumentos e pontos de vista anti-praxísticos. Saíste por causa de x e y; eu sou anti-praxe – e sou-o com todas as letras – por causa e w e p.
De qualquer forma, não consigo deixar de sentir um certo teu lamechismo próprio de alguém a quem foi tirado o chupa-chupa quando estava de castigo por ter os dentes cariados…

Ary,
Aprecio a tua inteligência e trato (sem qualquer tipo de ironia). Todavia, aquando de conversas contigo precisamente sobre a praxe, mostraste-te como todos os praxistas com quem tive o delicioso prazer de discutir: incipiente. O termo “enrolar” ecoou-me na altura com uma clareza gigantesca. E sabes o porquê do “enrolar”? Porque, a meu ver, e permite-me a eventual intromissão no teu foro pessoal, tu não és praxista. E dificilmente algum dia serás. Fica com estas palavras e tenta compreendê-las.

Não me vou manifestar sobre a praxe, porque além de me tornar um chato do caraças, – admitindo que até agora fui o tal “moderado” que preconizei no início – já tive esta conversa tantas e tantas vezes que me deixou de suscitar qualquer chama. Isto não implica que pouse os braços ou abandone o palco da discussão. Mas acho que se chega a uma altura em que a teorética, neste campo, deixa de fazer sentido. E assim sendo, há que dar lugar à prática. Talvez para o ano fiquem a perceber um pouco melhor as minhas palavras. E não as tomem como ameaçadoras, incendiárias ou provocativas, mas apenas como um desejo de alguém que tem o direito de discordar e fazer coisas diferentes. E, aqui, arrisco falar em nome de muita gente.

Uma última palavra para a Daniela,
Minha querida amiga, não querendo assumir-me de forma alguma como um mastodonte praxístico – embora um conhecimento profundo de algo que não apreciamos só dê força aos nossos argumentos - tenho no entanto que desfazer uma ilusão na qual eu também me espraiei muito tempo: não há a praxe de Direito e a de Medicina. Pelo menos na UP, com reduzidíssimas excepções – FBAUP, ESAP, por ex. – a praxe é exacta, absoluta e totalmente igual em qualquer faculdade (UP, recordo). O que é muito triste, sem dúvida. Mas é a mais pura das verdades (se é que elas existem ).
A “outra” praxe de que tu falas não existe. Não é praxe. Tem muitos outros nomes. E, se houver determinação e disponibilidade, esses muitos outros nomes chegarão aos ouvidos dos futuros alunos do 1º ano da FDUP num horizonte próximo.

Um abraço, moderado claro, para todos

D. disse...

dentro da UP conheço a praxe de letras e de nutrição, nenhuma delas tem a ver com a praxe de direito, disso te asseguro. a praxe varia sempre de sítio para sítio, se quiseres, de casa para casa como é carinhosamente apelidados por certos alunos. basta pensar que cada um interpreta as coisas como quer.

Silvéria Miranda disse...

Caro Manel,

Tenho também a minha opinião bastante invulgar no que toca à praxe. Não sou nem nunca fui anti praxe, até valorizo bastante a praxe que se pratica geralmente na minha Academia (Minho). Contudo, também não a defendo com unhas e dentes porque dentro do meu curso, e digo isto sem medo de represálias porque quem diz a verdade não merece ser castigado, a praxe não foi o que devia ter sido. Não faltavam discordâncias entre “doutores”, infantilidades, gente mesquinha. Alguns praxavam por amor à praxe sim, com respeito, com vontade que os caloiros se dessem bem e levassem aquilo como uma actividade que demonstrasse amor ao curso. Outros eram o oposto, gostavam de humilhar, gostavam de ser superiores e tinham a mania que mandavam em nós. Não estou arrependida de lá ter ficado até ao fim, embora com muitas faltas pelo meio. Arrependo-me sim de ter ficado calada algumas vezes. Mas se vivi tudo isto até ao último minuto foi para mostrar a muitos que queriam que eu desistisse que, e como costuma dizer o Zé, “praxe não é para quem quer, é para quem pode”. Agora sim posso criticar à vontade, não que dantes não pudesse, mas agora que irei praxar alguém, que estou “dentro”, é que posso fazer algo para mudar a situação. Não quero que os meus caloiros digam no fim do ano que o doutor X e Y eram fixes mas o Z não, quero que gostem de todos porque o meu papel é também alertar quando um colega praxista estiver errado.
Como em todo o lado, Manel, há pessoas de todos os géneros, e é preciso engolir alguns sapos para se chegar até ao fim. Temos todos temperamentos diferentes. Eu, por exemplo, odiava ter que dar satisfações de quando e onde é que ia quando tinha de faltar à praxe. Há “doutores” que nunca entendiam que a nossa vida era mais que aquilo e que, se nos sentíssemos obrigados a ir, que tudo seria um tédio e não a animação que devia ser. Conheci algumas pessoas na praxe sim, mas as pessoas com quem me dou melhor até desistiram da praxe. Quando praxar, algo que na UM só acontece no nosso 3º ano, não terei orgulho nenhum que caloiros digam que desistiram da praxe porque não suportavam aquilo, como ouvi da boca de colegas meus e como eu praticamente disse também. Quero que, quando não gostarem de algo, que o digam. As coisas podem e devem ser melhoradas. Claro que muitos colegas meus não irão certamente pensar assim quando praxarmos, mas alguns pensam e tenho a certeza que podemos fazer a diferença.

Quanto ao cortejo, no Minho, qualquer pessoa que seja ou não da praxe pode participar. São Academias diferentes, com regras diferentes, claro. Talvez devesse haver algo que distinguisse os praxados dos não praxados. Não que me ache melhor que ninguém mas não gostei de ouvir generalizações da parte das pessoas que estavam a ver o nosso cortejo do género: “andaram TODOS a rebolar na praxe e agora deixam de o fazer depois de passarem no reitor”. É a minha opinião, seja ela egoísta ou não. Ah! E traje lá usamos todos, mas quem não praxa não traça a capa o que, muito sinceramente, acho muito bem. Concordo também contigo quando dizes que muita gente não merece usar o traje. Não merece não. Mas isso é em qualquer lado.

Quanto à tua faculdade, sei algumas coisas mas não o suficiente para me pronunciar com total conhecimento de causa. Há coisas que variam de curso para curso e que se estão mal, se é que estão, devem ser mudadas por quem lá está dentro.

Praxe é, inevitavelmente, muito mais que chamar “bestas” a meia dúzia de pessoas que são praticamente da nossa idade!

Ary disse...

Francisco,

compreendo o que queres dizer. E se calhar dou-te razão. Sei de um grande praxista (?) (que já teve grandes responsabilidades numa casa que já teve uma praxe bastante boa e que hoje anda nas ruas da amargura) que hoje se diz anti-praxe.

"Se o Dantas é português eu quero ser espanhol"

Se determinadas pessoas são praxistas eu sou anti-praxe. Nisso dou-te radicalmente TODA a razão.

Quanto a enrolar: é díficil saber distinguir entre o que devo e o que não devo dizer. Posso dizer que já passei umas dezenas de horas a falar sobre praxe, muitas delas com não praxistas. Não deves saber mas as minhas convicções são sempre muito facilmente abaláveis porque eu ouço sempre todos os argumentos, presumo sempre que eles são válidos e procuro manter-me aberto a ser convencido. Mas de facto nunca vacilei em nenhuma dessas discussões nas minhas convicções.

Talvez seja um defeito, mas eu mudo muito de opinião, no entanto duvido que mude quanto a isto. Gosto demasiado da praxe, aprecio demasiado as suas subtilezas, os seus freios e contra-pesos, o seu método, o seu mistério, as emoções a que dá acesso, a forma como é capaz de transformar, de unir, de solidificar, de ensinar, de propagar, de manter, de evoluir, de transmitir mais que valores, mais que tradições, mais que ensinamentos, mais que histórias ou competências, "caritas".

É lamechas, é fatela, é rabeta, não me interessa, "sei que vou por aí".

Convictamente,

Ary

Anónimo disse...

Ainda bem que não aceitas a Praxe(com letra maiúscula)porque realmente nunca viveste...e eu sei perfeitamente o que estou a dizer porque sei quem és. E há uma coisa que se aprende em Praxe a ter uns pelos outros,mesmo em relação aos não praxistas,que tu não tens de forma alguma...chama-se RESPEITO.Não exijas de quem te rodeia aquilo que não tens pelos outros.

Anónimo disse...

Realmente começas mal texto e acabas pessimamente.acredito que tenhas pensado no que ias escrever...mas efectivamente só demonstrou a tua ignorância.Da mesma forma não deve,nem aqui nem noutro sítio qualquer, alguém tentar falar sobre o que não sabe, porque igualmente só vai demonstrar a sua perfeita ignorância.À Maria João,sou do ano dela e respeito-a imenso e gosto muito dela,e este comentário só serviu para acentuar aquilo que penso dela.

MJ disse...

Caro/a último/a anónimo/a:

Apreciei largamente o teu comentário, sentindo-me sobremaneira lisonjeada.

Contudo, gostaria que revelasses a tua identidade, para saber quem de facto me anda a elogiar :)

um beijinho

Francisco disse...

Caro Anónimo (singelo nome, este),

Não sei se te dirigias a mim quando soltaste esta pérola:
"Ainda bem que não aceitas a Praxe(com letra maiúscula)porque realmente nunca viveste...e eu sei perfeitamente o que estou a dizer porque sei quem és".
Peço-te que me esclareças, pois no caso de ser para mim a missiva, apreciava poder responder-te.

Com todo o respeito e mais algum que possa existir no mundo e arredores,
Francisco

Francisco disse...

Anónimo (no caso de seres o mesmo que falou em "respeito"),

Se esse comentário foi a mim dirigido, e dizendo tu que sabes quem sou, espero mesmo que assim seja. Porque entretanto lembraram-me que há outro Francisco que também não andou na praxe mas que aproveitou para se meter convosco umas quantas vezes. Bem, não é o meu caso. Eu não pactuo com as vossas ditas "tradições" mas nunca na faculdade fui de alguma forma desrespeitador para com as vossas ditas "actividades praxísticas".
Para que fique bem claro, o meu nome é Francisco Noronha.

Anónimo disse...

Caro Francisco,sei realmente quem és,porém o comentário não é dirigido a ti mas sim ao autor do blog.

Anónimo disse...

comentar em anónimo é sinal de 2 factores: vontade de esconder a identidade, ou falta de jeito para mexer com o sistema de comentários do google.

só para adicionar o 20º comentário, que já fazia falta.

Anónimo disse...

eu deixo em anónimo por não querer revelar a identidade.e sim,fui eu quem deixou esses comentários precisamente sob anonimato...

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

que bom :) agradeço muito a disponibilidade cedida ao meu blogue, fico deveras lisonjeado.
o próprio blogue se chama o IIIº ANónimo, logo, é mais que aceitável que escolhas comentar em anónimo, aliás, até é encorajado.
muito obrigado

*rita disse...

Caro Manel:

Já testemunhei vários momentos áureos do uso da tua retórica magnífica, mas aqui conseguiste superar-te!
Com sublime respeito pela realidade criticada construtivamente, conseguiste passar ao mundo o que tantos de nós pensam e sentem.


Faço minhas as palavras da daniela: não sou, de modo algum, anti-praxe. Sou, isso sim, anti-praxe de Direito. Respeito a minha Casa e procuro honrá-la à minha maneira: trabalhando o mais possível para ter resultados que valorizem a minha Faculdade e os bons professores que a compõem (pergunto-me o que dirão os nossos irmãos de curso praxistas, que tanto enaltecem a FDUP e o seu pessoal docente e depois nem sequer põe pé nas aulas...?). Porque quero chegar ao mundo exterior (oh, o assustador mundo exterior...!) e dizer orgulhosamente: "Estudei na Faculdade de Direito da Universidade do Porto, tenho uma média razoável e percebo daquilo que falo!". Sim, meus senhores. Porque no vosso Curriculo Vitae, certamente mencionaremos a Casa que nos acolheu nos nossos tempos de estudantes. E o seu nome estará ligado à nossa média, ao nosso valor enquanto juristas.É certo que a Praxe também albergará alguns nomes imponentes, alguns bons alunos. Mas no caso do 1º Ano 2007/2008, o que mais vejo é colegas desesperados para pedir apontamentos e lições improvisadas a quem não está na Praxe (oh, e que vai às aulas, já agora).


Fratres meus,Iuris Facultis Universitas Portuensis casa nostra est!


Colegas! Estamos todos na mesma Casa, devemos respeito uns aos outros, não um elitismo sem razão ou um separatismo egoísta. Alguma vez recusei ajuda a um colega praxista? Jamais, e por muitas vezes cedi apontamentos e tempo que poderia estar a gastar a olhar para o meu umbigo e não a dar explicações a pessoas que, ao invés de estarem nas aulas, escolhem passar o tempo a redigir cantigas de amigo ao seu "Dr".

Quando neguei fosse o que fosse a um companheiro de curso com a desculpa de ele ser praxista? Nunca. Mas estou certa de que muito me será negado por não compactuar com esta realidade que, ao invés de trazer bons estudantes à Faculdade, tanto alimenta a preguiça, a inércia e um espírito acrítico...

Como dizem os franceses "Chaqu'un a ses idées. Mais moi, je préfére les miénnes". Assim sendo, não me parece que esta discussão venha algum dia a produzir conclusões. Enquanto cada um estiver demasiado preocupado em sustentar o seu grupinho anti-praxista ou a sua familiazinha, o seu doutorzinho e o seu caloirinho,então, meus senhores, lamento dizer-vos que não iremos a lado nenhum. Enquanto teimarmos em separar Praxe de Não-Praxe, então, meus senhores, teremos servido a ímpia ânsia que certos têm de dividir a nossa comunidade...!
Permitam-me, contudo, que agora coloque o dedo na ferida e verifique que tenho mais exemplos a contar de marginalização de pessoas não-praxistas (e atenção, não disse anti-praxe) do que praxistas...

Os melhores cumprimentos a todos, e por favor, não esqueçam que todos somos irmãos nesta augusta instituição!

*rita disse...

Errata: Peço desculpa aos colegas pelo meu lapso na citação em francês; caso alguém queira fazer desta singela mas tão emblemática frase um comentário ou quiçá um lema, fique a saber que, de facto, se escreve:

"CHACUN (e não "chaqu'un", como tropeçou a minha terceira língua naquele momento) a ses idées. Mais moi, je préfére les miennes (que não tem assento)."

*rita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
*rita disse...
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*rita disse...
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*rita disse...
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*rita disse...
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Anónimo disse...

muito obrigado pelos elogios rita, não sei se deva ficar lisonjeado ou reprimir-te por andares a dizer mentiras cá no blogue :)

de facto, vens um pouco atrasada para a discussão deste tema, mas penso que este post ainda poderá vir a dar mais que falar, e nem está muito mal escrito, por isso espero que leiam o teu comentário, que me parece que foste das poucas pessoas que realmente o leu até ao fim.
é de admirar também a posição que tomas em relação a todo o assunto, eu só tenho pena de não acompanhar este meu jeito retórico (não arrisco a classificá-lo mais do que isto, não por falsa modéstia mas por reconhecer em mim muitas imperfeições de discurso) com mais empenho nos estudos, mas isso é outra história.
espero que tenas ficado convencida com o blogue e pares cá mais vezes, mas não te posso prometer falar de assuntos tão escaldantes e proibitivos como este parece-me ser a cada 15 dias, até porque isso tonrar-me-ia um alvo ambulante naquela faculdade.
concordo no todo da tua opinião em relação à atitude "Estudante-Faculdade-Estudante", uma relação mais comprometida e eficaz, e mais séria.
havemos de falar melhor na fdup,quando nos encontrarmos

um bem haja

Hugo disse...

Colega Rita...

Tenho uma atracção especial pela "discussão"(daí um dia ainda ir tomar um longo café com o manel,assim ele aceite)e por isso não poderei deixar de responder.

Primeiro que tudo, algo que tem sido especialmente interessante, entre praxistas e não praxistas é o nível das suas exposições...o que mais vem relevar para justificar o que direi de seguida...

Cara Rita...
A praxe não é, nem nunca será a única maneira de gritares e elevares o nome da tua faculdade, é apenas uma maneira diferente de o fazer...As boas notas, os bons profissionais que de lá sairão, é outra das formas, e porventura a mais importante de todas...
Não me parece é que sejam incompatíveis...

Não ir às aulas não será também apanágio único dos praxistas...até porque não há praxe todos os dias e nos dias que há, suspeito que são os dias com mais afluência(é uma boa pausa à praxe :) para alguns caloiros)...Trata-se muito simplesmente de uma posição pessoal, e que não representa no fim do ano sequer condição necessária para a obtenção de boas notas...tantos são os bons exemplos desta má prática!

Quanto à questão do curriculum vitae, saberás que quase em paralelo à média(+ questão das entrevistas, e testes a realizar, mas isso já não é curriculo) também é determinante a tua experiência nos diferentes orgãos da faculdade ou as chamadas actividades extra-curriculares...

Quanto aos orgão sociais(dos quais falarei com mais propriedade), na Associação de Estudantes são 7 praxistas, 8 não praxistas. Na mesa da RGA, são 3 praxistas 1 não praxista(1 suplente praxista) e no conselho fiscal são 2 ñ e 1 sim(mais 1 sim suplente).No conselho pedagógico são 3 não praxistas,1 praxista. e no conselho directivo 1 praxista e restantes não praxistas. Assembleia de Representantes não te sei precisar mas também estarão divididos...

Quanto às médias, no único exame onde sairam notas(disciplina partilhada por 2º e 3º ano)...os dados serão os seguintes...(tendo em conta a quantidade de entre 50 e 60 praxistas no 2º ano e entre 10 e 20 no 3º)

Nota 15- 4 praxistas, 5 não praxe
Nota 16- 4 praxistas, 5 não praxe
Nota 17- 3 praxistas, 1 não praxe

O que com estes dados objectivos pretendo atingir são dois objectivos em função da tua afirmação:

"estou certa de que muito me será negado por não compactuar com esta realidade que, ao invés de trazer bons estudantes à Faculdade, tanto alimenta a preguiça, a inércia e um espírito acrítico..."

Quanto à parte de bons alunos parece que é discutível dizeres portanto que os melhores será quem não está em praxe!
Melhores serão sempre aqueles que mais estudam e se dedicam e mais capacidade têm...Acontece como em todas as actividades que quando elas nos absorvem tanto tempo,evidentemente depois se reflectirão no desempenho...mas isso não é só na Praxe...é tuna...é uma actividade desportiva de alta competição...é um trabalhador estudante...
Nuns casos é uma questão de obrigação e imposição...noutro será um caso de prioridades(trocadas eventualmente e concerteza)...e aí a culpa é pessoal e não institucional! Não há nem caberia na cabeça que houvesse um incentivo às más notas

Quanto à questão da preguiça, inercia e espírito acrítico...penso que a representação nos orgão sociais da faculdade mostram que há um inconformismo, dinamismo e grande vontade de mudança e de busca de qualidade.
E mais que mais, esta discussão reflecte o espírito crítico destes(mesmo que por vezes as críticas não sejam bem aceites, por serem à partida destructivas, isto é,em função de argumentos "anti" que os tornam naturalmente destructivos) mas note-se a abertura ao diálogo e à discussão...Pra não falar na Debating Society dinamizada pelo Ari(entre outros) ou a Revista da Faculdade de Ideias e Debates a ser projectada por mim(entre outros) ou etc ou etc ou etc

Com isto poderás pensar nesta altura que tentei uma equiparação ou eventual superioridade dos praxistas sobre não praxistas...
Mas não...com isto apenas quis demonstrar que o que aqui existe não é uma questão do que fazemos, mas do que somos...Pessoas com actividades e modos diferentes de gastar(ou ganhar) o seu tempo, mas com igual capacidade e com igual dignidade!
Estudantes da faculdade de direito universidade do porto, que deverão sempre unir-se em projectos, actividades, ajuda aos colegas, ou simples festas, sempre em conjunto, sem qualquer discriminação em função dessa opção!

E portanto a discussão da existência de praxe e da sua qualidade pode ser discutível, já a questão pessoal, a transposição do "monstro doutor" para o Hugo, o Pedro ou a Ana, roça a má educação e a falta de respeito!
Porque generalizar é demagogia, porque com isso nada ganhamos, apenas destruímos e continuamos a cavar um eventual fosso que nunca deveria existir entre estudantes...
A não ser que houvesse agentes especialmente perigosos, ou com doenças infecto-contagiosas...não vejo motivos para não convivermos, sermos todos felizes, amigos e solidários(que é de louvar esta tua qualidade que não é assim tão abundante quanto o desejável)!

Em vez de existirem anti-praxe... Sejamos todos Pró-Fdup, e deixemos a praxe pra quem gosta dela!

Anónimo disse...

Manel , desilude-me o facto de teres passado tantos momentos ao nosso lado ao longo deste ano e teres sido dos unicos que nao entendeu nem um bocadinho do que eles significaram. disses-te que te arrependes de nao ter saido no ultimo dia nao e mesmo? entao eu afirmo que se tivesses ficado ate ao ultimo dia provavelmente nao dirias nem 1/3 das palavras aqui pronunciadas. se estiveste na praxe para interpreta-la , nós estivemos para senti-la.
A praxe não é "um fazer porque tambem me foi feito" , a praxe é um " fazer porque deve ser feito". E sabes que mais? se ao longo deste tempo estivesses menos preocupado em procurar uma definicao para a "PRAXE DE DIREITO" e mais preocupado naquilo que ela trasmite , terias crescido connosco , terias chorado connosco , terias dado a mao , terias sorrido , terias calado , terias gritado , terias brincado.... serias tu neste momento mais humilde com uma semente , que "plantarias" e que cresceria aos poucos e poucos , mostrando-te aquilo que tu es capaz de fazer POR TI e pelos OUTROS...e se hoje tenho a honra de vestir o meu traje, é porque demonstrei que por eles (meus amigos e colegas de praxe) e por mim fui capaz de chegar ao fim , contra TUDO e contra TODOS, ultrapassado um desafio , um grande desafio. sabias que a vida e feita de desafios? vais brincar com ela como fizeste cm a praxe? ...

Anónimo disse...

desilude-me é o facto de haver tantos comentários anónimos pró-praxe.
ou é medo de defender as ideias, ou fará parte da mística de tumbra de temor própria da tradição.

caro anónimo, vieste atrasado para o debate. fico muito feliz que tenhas chorado, rido, calado (esta do calado passou-me) dado a mão e etc.
eu também dei, e não me arrependo. mas é como tu dizes, não consegui. tentei que me fartei, mas não deu.
tive de pensar no porquê de lá estar, e no final não havia conclusão possível. era acabar por acabar. e eu não sou assim.
quem quer que sejas, esero que, o alto da tua anonimidade, te divirtas para o ano e faças passar os outros por grandes desafios.
sinceramente, eu não gosto de criar desafios. eu passo-os, vou ao encontro deles quando eles lá estão, e já cheguei a um ponto da minha vida que acho uma verdadeira bacoquice criar uma situação de desafio. é inatural.
de resto, não é uma semente no bolso qe me torna humilde. é uma semente na terra, uma semente nos estudos, uma semente nas acções para com os amigos e os desconhecidos. sim, porque é muito bom seres solidária com os teus amigos. mas seres solidária com aqueles que desconheces e com quem nã tens ligação alguma... ui,ui minha cara, isso sim é fodido. isso sim não aprendeste lá. senão não se tinha visto o que se viu no cortejo.
de modo a que desejo-te o melhor, muito sucesso e prosperidade, e ofereço meus serviços enquanto colega e se calhar amigo (não sei se te conheço, mas tu deves conhecer-me, ao que parece), e espero que, para teu bem, um dia pares para pensar sozinha. porque eu sei que pensas, não és idiota nem estúpida, não sofres de uma deficiência mental (apesar da extraordinária capacidade de pensamento abstracto que muitos doentes mentais têm, muito superior a vários alunos da FDUP, pelo que eu vi ao longo do ano)
mas pensar sozinha... para veres se há alguma lógica no que fazes e pensas... de tempos a tempos, deve-se fazer isso. não pensar aquilo que parece que toda a gente quer que penses.

sai da caixa!

abraços

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