segunda-feira, 26 de maio de 2008
domingo, 25 de maio de 2008
terrorismo blogosférico
tem aparecido nas caixas de comentários de bloggers da FDUP um link irritante e infinitamente repetido:
http://sociedadededebates.blogspot.com/
é aconselhável ir dar uma visitinha e ver do que se trata e quem são os meliantes chatos que fazem isto.
http://sociedadededebates.blogspot.com/
é aconselhável ir dar uma visitinha e ver do que se trata e quem são os meliantes chatos que fazem isto.
Etiquetas:
blogue,
sociedade de debates,
terrorismo
quarta-feira, 21 de maio de 2008
domingo, 18 de maio de 2008
take me out
Estou a ficar um blogosférico maníaco. Confesso que gosto de me "sentir lido", de sentir que as minhas palavras se podem valorizar mais do que numa simples conversa, que a troca de ideias a que eu me proponho é capaz de atingir uma audiência muitas vezes maior da que eu poderia imaginar conseguir. No entanto, é um prazer que vai e vem. Ultimamente o III Anónimo tem vindo a receber uma data de visitas. De certa forma isso deve-se a uma fase da minha vida, a um texto que eu escrevi, à minha opinião e à forma como a decidi revelar. O que me deu um novo ânimo, se bem que eu sei que dez comentários por post é um acontecimento prestes a dissipar-se. O que não tem mal algum. Estive para acabar com este blogue, e centrar-me num só para comentários e textos políticos. Não o vou fazer, vou continuar com os meus textos livres.
A verdadeira razão de toda esta conversa, prende-se com um facto que me deixou muito babado, que está ligado a um bebé muito pequenino, talvez muito pretensioso, a um projecto muito jovem e cheio de esperanças. Sempre que eu vejo que esse bebé é comentado, fico irracionalmente feliz.
E isso aconteceu num blogue de um "amigo" nosso, de um comentador usual desse bebé-blogue, o Há Discussão. Segundo ele, autor de um bom blogue, colega de uma faculdade mais a Sul, na antiga capital do Império, o nosso blogue é uma visita aconselhada, algo a ter em conta. Eu noto nisto um pequeno crescimento, mas um primeiro passo válido. Espero muito que este projecto se mantenha. Acho que é uma mais valia nossa, uma dádiva à faculdade, aos nossos colegas, a nós próprios.
Passo a citar: "um blogue de estudantes da Faculdade de Direito do Porto que aborda variados temas, tendo-se sobretudo focado em questões políticas, em posts escritos com elevada qualidade (em termos de Língua Portuguesa e do próprio conteúdo). É um precioso fórum de discussão. Aconselho vivamente!" é mesmo!
Como cheguei mais cedo a casa do que estava a pensar, e vou passar um sábado à noite miserável, resolvi fazer uma pequena selecção de textos deste blogue, que eu penso ser uma ajuda aos que recentemente o descobriram e ainda não lhe deram devida atenção. Aproveito assim a tal data de visitas que tenho recebido, antes que o fluxo se esgote.
o lado fixe da cimeira : primeiro texto sério e composto de todo o blogue, e como resposta a esse texto, o seguinte, do Francisco Noronha.
a questão africana: talvez o remate desta discussão, a última palavra da minha parte acerca dela.
entre florença e roterdão: mais um texto meu (que favoritismo) mas para aplacar a cena, com menção ao texto do Henrique Maio, outro colaborador do blogue. Vale a pena ver toda a discussão que se fez à volta de Erasmus e Maquiavel, com as participações tanto do Francisco Noronha como da Daniela, se não me engano, participantes desta tertúlia filosófica.
democrático ou anti-democrático: primeiro texto da Daniela, sobre a nova lei sobre os Partidos Políticos.
Sarkozy, o génio político: texto do Henrique Maio sobre Sarkozy. (é difícil linkar as respostas em texto do Francisco, visto não terem título, mas é de considerar também, claro.
entre acção e o resultado: resposta minha à polémica "Sarkozy-Bruni"
e outro sol no novo horizonte: o melhor texto que eu creio ter feito em toda a minha vida.
era uma travessa de SNS: texto da Sara Morgado, poucas intervenções, muitos comentários.
europa: a crise da esquerda: texto meu, com interessa a posterior resposta do Noronha.
reminiscências: um óptimo texto do Francisco Noronha, aquando de um renascimento da temática do aborto.
sobre o aborto: a minha resposta.
coincidências: o mais comentado.
quem é a oposição?: meu texto.
e está assim, curtamente elaborada, um resumo do que temos vindo a fazer este ano, realizado num momento de pura "no-life" minha.
A verdadeira razão de toda esta conversa, prende-se com um facto que me deixou muito babado, que está ligado a um bebé muito pequenino, talvez muito pretensioso, a um projecto muito jovem e cheio de esperanças. Sempre que eu vejo que esse bebé é comentado, fico irracionalmente feliz.
E isso aconteceu num blogue de um "amigo" nosso, de um comentador usual desse bebé-blogue, o Há Discussão. Segundo ele, autor de um bom blogue, colega de uma faculdade mais a Sul, na antiga capital do Império, o nosso blogue é uma visita aconselhada, algo a ter em conta. Eu noto nisto um pequeno crescimento, mas um primeiro passo válido. Espero muito que este projecto se mantenha. Acho que é uma mais valia nossa, uma dádiva à faculdade, aos nossos colegas, a nós próprios.
Passo a citar: "um blogue de estudantes da Faculdade de Direito do Porto que aborda variados temas, tendo-se sobretudo focado em questões políticas, em posts escritos com elevada qualidade (em termos de Língua Portuguesa e do próprio conteúdo). É um precioso fórum de discussão. Aconselho vivamente!" é mesmo!
Como cheguei mais cedo a casa do que estava a pensar, e vou passar um sábado à noite miserável, resolvi fazer uma pequena selecção de textos deste blogue, que eu penso ser uma ajuda aos que recentemente o descobriram e ainda não lhe deram devida atenção. Aproveito assim a tal data de visitas que tenho recebido, antes que o fluxo se esgote.
o lado fixe da cimeira : primeiro texto sério e composto de todo o blogue, e como resposta a esse texto, o seguinte, do Francisco Noronha.
a questão africana: talvez o remate desta discussão, a última palavra da minha parte acerca dela.
entre florença e roterdão: mais um texto meu (que favoritismo) mas para aplacar a cena, com menção ao texto do Henrique Maio, outro colaborador do blogue. Vale a pena ver toda a discussão que se fez à volta de Erasmus e Maquiavel, com as participações tanto do Francisco Noronha como da Daniela, se não me engano, participantes desta tertúlia filosófica.
democrático ou anti-democrático: primeiro texto da Daniela, sobre a nova lei sobre os Partidos Políticos.
Sarkozy, o génio político: texto do Henrique Maio sobre Sarkozy. (é difícil linkar as respostas em texto do Francisco, visto não terem título, mas é de considerar também, claro.
entre acção e o resultado: resposta minha à polémica "Sarkozy-Bruni"
e outro sol no novo horizonte: o melhor texto que eu creio ter feito em toda a minha vida.
era uma travessa de SNS: texto da Sara Morgado, poucas intervenções, muitos comentários.
europa: a crise da esquerda: texto meu, com interessa a posterior resposta do Noronha.
reminiscências: um óptimo texto do Francisco Noronha, aquando de um renascimento da temática do aborto.
sobre o aborto: a minha resposta.
coincidências: o mais comentado.
quem é a oposição?: meu texto.
e está assim, curtamente elaborada, um resumo do que temos vindo a fazer este ano, realizado num momento de pura "no-life" minha.
Etiquetas:
há discussão
sábado, 17 de maio de 2008
bellum omnium contra omnes(ou O Manifesto dos Dentes Cariados)
No seguimento dos meus últimos posts, muita gente ficou muito indignada.
De certa forma, ergueram-se as forças vivas contra mim de uma forma pouco habitual, porque eu sou um rapaz pacato, e todo o tipo de sarilhada barata que me possam arranjar dispenso. Gosto de sarilho caro, e sinceramente malhar em algo como a praxe pode fazer muita gente feliz, muita gente furiosa, mas é muito pequeno, muito básico para mim.
Devo assumir assim a total e completa culpa no rebuliço que causei, com todas as honras daí subjacentes, e explicá-lo. Tanto pró-praxistas como anti-praxistas indignaram-se contra os meus argumentos, à excepção talvez da Daniela, essa jóia de rapariga, que espero eu um dia case comigo e crie assim os futuros reis de Portugal. Tanto antis como prós indignaram-se com as minhas palavras de suposto ódio radical, como se eu me tivesse tornado de repente um revolucionário, num novo Miguel Sousa Tavares.
Notei, com tal força que não tinha notado até agora, que na minha Faculdade de Direito há uma enorme necessidade em manter o pó rasteirinho, há uma enorme necessidade de deixar as coisas como estão, mesmo que estejam sujas. Ia fazer uma piada muito óbvia com o edifício da associação de estudantes, mas é demasiado fácil, demasiado básico, mais uma vez.
A discussão à volta da Praxe não é nova. Não inaugurei nada de novo. No entanto, penso ter tido alguns privilégios de exclusividade no que toca à abordagem do assunto.
O que está escrito está escrito, o texto é definitivamente meu. Não quero no entanto que se torne num manifesto anti-praxe, nem muito menos quero-o adaptado por algum movimento anti. Reflecte antes de mais duas linhas de pensamento minhas: a primeira parte do texto, a "que começa bem", sobre aquilo que eu penso que é uma praxe, ou o que devia ser. A segunda, "a que acaba mal", sobre aquilo que eu identifico como a forma como a praxe da Faculdade da Rua dos Bragas agiu. Tenho a certeza que farpalhei em todos, e generalizei imenso, e magoei inclusivamente pessoas que não mereciam ser atingidas, rectificando, que não se deviam sentir atingidas, mas que infelizmente no fogo cruzado e por causa da natureza do assunto em questão se viram enrodilhadas e confundidas com os criticados em questão. Compreendo perfeitamente, mas isto é a blogosfera, e coisas assim saem todos os dias.
Os gregos tinham um dito que um homem de sucesso deve saber quando parar. Parar para ver os erros cometidos. O único erro que cometi até agora foi não ter criticado com igual dureza os órgãos que estão fora da praxe, e que contaminam a faculdade. Que são muitos.
Resta-nos muito pouco a não ser respeitar a praxe, e agora parto pela posição moderada. Tal como afirmei anteriormente, eu só piso os calos quando mos pisam também. E mesmo aí, hesito.
Não guardo nenhum ódio e ressentimento à praxe, pelas razões óbvias: não é saudável odiar por tudo e por nada, e porque é uma organização estudantil. A Praxe nasce de uma vontade, e essa é a vontade dos estudantes. E essa vontade é sagrada, pelo menos no limite da faculdade. Esta foi uma mensagem endereçada aos anti.
Por muito que essa vontade seja perpretada, em certos casos para não generalizar, por pessoas cheias de si, pessoas demasiado orgulhosas cuja pedagogia nem sempre é a mais correcta, ou quase nunca, é um assunto totalmente diferente. Isto já é endereçado aos prós. Eu falo da praxe porque já lá estive. Logo, tenho um mínimo tendencialmente razoável para falar dela. O que não invalida que quem nunca lá tenha andado não fale dela! Temo no entanto que fale dela por ser um esquisitinho, ou um anti-praxe declarado, alguém que se torna um paladino dos pressupostos dos lugar-comuns. EU tomo a seguinte mentalidade em relação à praxiture: Experimentei? Sim, claro. Não gostei. E agora? Agora sigo o meu caminho, que a praxe a mim, mal não me faz (por várias razões: sei kung-fu, judo e trago sempre comigo uma moca de Reguengos com picos)
E muito menos, me parece fazer mal aos outros. Os que lá andam parecem bem contentes e alegres com o que fazem, se calhar bem mais do que eu.
Agora, o que não me posso abster é de reagir quando sinto que afinal, a praxe pode estar mesmo a fazer-me mal. Ou à minha faculdade. Ou às pessoas que eu estimo, que algumas delas lá andam, e por causa delas escrevi este último esclarecimento. E foi isso que aconteceu no dia do Cortejo. Esse dia, a fonte de todas as críticas que eu aqui assinalei, foi a meu ver Vergonhoso. Mas tragicamente Vergonhoso, não é um Vergonhoso qualquer, foi um embaraço enorme.
Foi talvez o culminar do meu raciocínio perante esta organização, perante o espírito deste grupo. Para mim, isto não é praxe. A Praxe nasce de uma tradição natural, e foi tornada de forma puramente positivista numa instituição. E essa instituição não representa interesses comuns, mas sim privados e sectaristas. Logo, a forma de agir para com ela é deixá-la no seu cantinho, na sua paz, na sua actividade. Não podemos esperar nada dela para connosco. O seu único dever é para com ela própria, e foi assim que escolheu ser, e ninguém pode ter nada contra isto, é uma escolha. E é isso que eu digo ao meu amigo Francisco, à Daniela, aos outros "anti". A Praxe, ou os que se arrogam falar em nome dela, que têm toda a legitimidade para tal, visto que mais ninguém se oferece para o fazer por enquanto, não é académica, não é aberta. Abre-se quando muito bem entende. E isso meus caros, é legítimo. E eu só voltarei a falar quando se abrir na altura que não deve. Quanto às razões da minha saída, Noronha, lamento ter parecido um bebé chorão, mas sinceramente te digo que saí porque estava na altura de tal. Eu sei que tu achas imensa confusão a uma posição que não passe pelo total desagravo pela praxe, mas acredita que eu a tenho assim formada, e acho que de certa forma os nossos pontos de vista acabam por nem divergir muito, ao fim ao cabo. Mas isso ver-se-à mais tarde.
Para finalizar, queria ressalvar duas intervenções, para além das que muito apreciei e agradeci: a do Ary e a da Daniela.
O Ary foi moderado, sim, conservador como ele disse, mas sereno. E parece muito mais acostumado à conversa de blogues que muitas das pessoas que simplesmente deixaram a tampa saltar. E não penso, ao contrário do que se disse, que foste incipiente. Sensato, talvez um pouco irritantemente neutral, mas incipiente é muito exagerado.
A Daniela, porque defendeu os seus pontos de vista fortemente, de forma bem estudada, simples e directa.
Contando que tudo esteja bem exposto, frisando que isto não é um pedido de desculpa, mas um simples argumento, um pouco extenso, de que o que está escrito não é pura escrita destrutiva, termino assim o texto. Todos os pontos me parecem devidamente elucidados, e a minha posição muito clara. Não considero a Praxe, nem esta nem a da maioria da UP, uma legítima sucessora da de Coimbra. O seu próprio carácter forçado retira-lhe esse direito.
Não considero a Praxe isenta de julgamento. Apesar de tudo, é algo que levará sempre o nome da FDUP, e enquanto estudante da FDUP, é do meu alto interesse ver o nome da minha faculdade bem representado. Logo julgo, logo critico. E podem vir pavonear toda a sua libido de traje, que eu nem ligo. O que mais preciso é de material para escrever.
Podem chamar a Praxe de fascista, machista, elitista. Eu nem concordo muito. A mim basta-me considerar o seguinte: eu escolhi reger-me por regras que eu possa escolher, que me pareçam racionais, que não me imponham obstáculos de escolha, não por achar esses obstáculos idiotas, por muito que alguns o sejam, mas porque simplesmente sou assim. Eles escolheram outra via. E fica por aí.
Muito obrigado pela leitura.
De certa forma, ergueram-se as forças vivas contra mim de uma forma pouco habitual, porque eu sou um rapaz pacato, e todo o tipo de sarilhada barata que me possam arranjar dispenso. Gosto de sarilho caro, e sinceramente malhar em algo como a praxe pode fazer muita gente feliz, muita gente furiosa, mas é muito pequeno, muito básico para mim.
Devo assumir assim a total e completa culpa no rebuliço que causei, com todas as honras daí subjacentes, e explicá-lo. Tanto pró-praxistas como anti-praxistas indignaram-se contra os meus argumentos, à excepção talvez da Daniela, essa jóia de rapariga, que espero eu um dia case comigo e crie assim os futuros reis de Portugal. Tanto antis como prós indignaram-se com as minhas palavras de suposto ódio radical, como se eu me tivesse tornado de repente um revolucionário, num novo Miguel Sousa Tavares.
Notei, com tal força que não tinha notado até agora, que na minha Faculdade de Direito há uma enorme necessidade em manter o pó rasteirinho, há uma enorme necessidade de deixar as coisas como estão, mesmo que estejam sujas. Ia fazer uma piada muito óbvia com o edifício da associação de estudantes, mas é demasiado fácil, demasiado básico, mais uma vez.
A discussão à volta da Praxe não é nova. Não inaugurei nada de novo. No entanto, penso ter tido alguns privilégios de exclusividade no que toca à abordagem do assunto.
O que está escrito está escrito, o texto é definitivamente meu. Não quero no entanto que se torne num manifesto anti-praxe, nem muito menos quero-o adaptado por algum movimento anti. Reflecte antes de mais duas linhas de pensamento minhas: a primeira parte do texto, a "que começa bem", sobre aquilo que eu penso que é uma praxe, ou o que devia ser. A segunda, "a que acaba mal", sobre aquilo que eu identifico como a forma como a praxe da Faculdade da Rua dos Bragas agiu. Tenho a certeza que farpalhei em todos, e generalizei imenso, e magoei inclusivamente pessoas que não mereciam ser atingidas, rectificando, que não se deviam sentir atingidas, mas que infelizmente no fogo cruzado e por causa da natureza do assunto em questão se viram enrodilhadas e confundidas com os criticados em questão. Compreendo perfeitamente, mas isto é a blogosfera, e coisas assim saem todos os dias.
Os gregos tinham um dito que um homem de sucesso deve saber quando parar. Parar para ver os erros cometidos. O único erro que cometi até agora foi não ter criticado com igual dureza os órgãos que estão fora da praxe, e que contaminam a faculdade. Que são muitos.
Resta-nos muito pouco a não ser respeitar a praxe, e agora parto pela posição moderada. Tal como afirmei anteriormente, eu só piso os calos quando mos pisam também. E mesmo aí, hesito.
Não guardo nenhum ódio e ressentimento à praxe, pelas razões óbvias: não é saudável odiar por tudo e por nada, e porque é uma organização estudantil. A Praxe nasce de uma vontade, e essa é a vontade dos estudantes. E essa vontade é sagrada, pelo menos no limite da faculdade. Esta foi uma mensagem endereçada aos anti.
Por muito que essa vontade seja perpretada, em certos casos para não generalizar, por pessoas cheias de si, pessoas demasiado orgulhosas cuja pedagogia nem sempre é a mais correcta, ou quase nunca, é um assunto totalmente diferente. Isto já é endereçado aos prós. Eu falo da praxe porque já lá estive. Logo, tenho um mínimo tendencialmente razoável para falar dela. O que não invalida que quem nunca lá tenha andado não fale dela! Temo no entanto que fale dela por ser um esquisitinho, ou um anti-praxe declarado, alguém que se torna um paladino dos pressupostos dos lugar-comuns. EU tomo a seguinte mentalidade em relação à praxiture: Experimentei? Sim, claro. Não gostei. E agora? Agora sigo o meu caminho, que a praxe a mim, mal não me faz (por várias razões: sei kung-fu, judo e trago sempre comigo uma moca de Reguengos com picos)
E muito menos, me parece fazer mal aos outros. Os que lá andam parecem bem contentes e alegres com o que fazem, se calhar bem mais do que eu.
Agora, o que não me posso abster é de reagir quando sinto que afinal, a praxe pode estar mesmo a fazer-me mal. Ou à minha faculdade. Ou às pessoas que eu estimo, que algumas delas lá andam, e por causa delas escrevi este último esclarecimento. E foi isso que aconteceu no dia do Cortejo. Esse dia, a fonte de todas as críticas que eu aqui assinalei, foi a meu ver Vergonhoso. Mas tragicamente Vergonhoso, não é um Vergonhoso qualquer, foi um embaraço enorme.
Foi talvez o culminar do meu raciocínio perante esta organização, perante o espírito deste grupo. Para mim, isto não é praxe. A Praxe nasce de uma tradição natural, e foi tornada de forma puramente positivista numa instituição. E essa instituição não representa interesses comuns, mas sim privados e sectaristas. Logo, a forma de agir para com ela é deixá-la no seu cantinho, na sua paz, na sua actividade. Não podemos esperar nada dela para connosco. O seu único dever é para com ela própria, e foi assim que escolheu ser, e ninguém pode ter nada contra isto, é uma escolha. E é isso que eu digo ao meu amigo Francisco, à Daniela, aos outros "anti". A Praxe, ou os que se arrogam falar em nome dela, que têm toda a legitimidade para tal, visto que mais ninguém se oferece para o fazer por enquanto, não é académica, não é aberta. Abre-se quando muito bem entende. E isso meus caros, é legítimo. E eu só voltarei a falar quando se abrir na altura que não deve. Quanto às razões da minha saída, Noronha, lamento ter parecido um bebé chorão, mas sinceramente te digo que saí porque estava na altura de tal. Eu sei que tu achas imensa confusão a uma posição que não passe pelo total desagravo pela praxe, mas acredita que eu a tenho assim formada, e acho que de certa forma os nossos pontos de vista acabam por nem divergir muito, ao fim ao cabo. Mas isso ver-se-à mais tarde.
Para finalizar, queria ressalvar duas intervenções, para além das que muito apreciei e agradeci: a do Ary e a da Daniela.
O Ary foi moderado, sim, conservador como ele disse, mas sereno. E parece muito mais acostumado à conversa de blogues que muitas das pessoas que simplesmente deixaram a tampa saltar. E não penso, ao contrário do que se disse, que foste incipiente. Sensato, talvez um pouco irritantemente neutral, mas incipiente é muito exagerado.
A Daniela, porque defendeu os seus pontos de vista fortemente, de forma bem estudada, simples e directa.
Contando que tudo esteja bem exposto, frisando que isto não é um pedido de desculpa, mas um simples argumento, um pouco extenso, de que o que está escrito não é pura escrita destrutiva, termino assim o texto. Todos os pontos me parecem devidamente elucidados, e a minha posição muito clara. Não considero a Praxe, nem esta nem a da maioria da UP, uma legítima sucessora da de Coimbra. O seu próprio carácter forçado retira-lhe esse direito.
Não considero a Praxe isenta de julgamento. Apesar de tudo, é algo que levará sempre o nome da FDUP, e enquanto estudante da FDUP, é do meu alto interesse ver o nome da minha faculdade bem representado. Logo julgo, logo critico. E podem vir pavonear toda a sua libido de traje, que eu nem ligo. O que mais preciso é de material para escrever.
Podem chamar a Praxe de fascista, machista, elitista. Eu nem concordo muito. A mim basta-me considerar o seguinte: eu escolhi reger-me por regras que eu possa escolher, que me pareçam racionais, que não me imponham obstáculos de escolha, não por achar esses obstáculos idiotas, por muito que alguns o sejam, mas porque simplesmente sou assim. Eles escolheram outra via. E fica por aí.
Muito obrigado pela leitura.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
excomungatio
um aviso antes de ler este texto aqui em baixo, a actual major atraction deste sítio.
antes de mais, para todos os que vão ler e comentar, a resposta que deixei ao Hugo, que bem se pode ver nos primeiros posts deste blogue, mas que tive de contextualizar para este caso.
aqui vai:
Hugo, (neste caso geralizado, irados elementos praxistas)
não encontras no texto nenhum dos clichés normais.
nem sequer me aproximei do fascismo, porque acho um argumento pouco correcto, de todo a praxe é possível de definir como fascista, a meu ver.
1º não tens de discutir praxe com quem lá não está.
2º não tens de discutir praxe com quem nada dela percebe, mas este é o meu blogue, e eu escrevo o que eu quero, nem tem de ser o que eu penso! mas o que eu quero. e mais, duvido que aja por aí muita gente a dizer que "percebe" o que é a praxe. eu só disse que a entendi. é um meio sinonimo.
3º eu não deixo de respeitar ninguém. limito-me a classificar formas de agir. se amanhã eu vir que a praxe fez algo extraordinariamente bom e útil e alvo de admiração, eu escrevo com todos os adjectivos. no entanto, pelo que eu vi, principalmente na cerimónia, tenho de despejar todos estes adjectivos e mais uns sinónimos.
4º não sinto orgulho em chamar os outros de idiotas, mas às vezes é preciso fazê-lo.
5º no entanto, não te chamei de idiota
6º conheço a praxe dos outros sítios sim, inclusivamente muito bem a praxe de medicina, de letras e direito de Coimbra. tenho familiares praxísticos, e eles não são idiotas,penso. logo não generalizo nem as praxes em geral de idiotas, nem muito menos os elementos da praxe da faculdade de direito.
7º resumindo Hugo: não generalizei, não usei lugares-comuns baratos, não empurrei o nome de alguém na lama, pelo menos injustificadamente, nem sequer me comprometi com um posição anti-praxe. tanto porque não estou para compromissos, como não estou para cenas anti, é muito fatela.
8º passa a ler os meus textos com a mesma atenção que lês os comentários da Maria João, caso queiras comentar justamente, claro.
9º reafirmo algo, que é o seguinte. este é o meu espaço inter pessoal, na blogosfera. ou seja, eu escrevo o que quero, não tem de ser o que penso, mas o que quero. logo escrevo, nem que seja para praticar a escrita.
10º e último. contando como aviso aos elementos praxísticos, que virão ler e reclamar e tentar fazer-me a folha:
10.1 - eu sei kung fu
10.2 - eu sei judo
10.3 - eu trago comigo todos os dias uma moca de Barcelos muito grande
e por último do último, e mais importante:
leiam isto talvez como um aviso daquilo que pensam de vocês lá fora, não como apenas uma gabarolice contra vocês, nada tenho contra vocês. só quando me pisarem os calos, eu pisarei os vossos. pelo menos tento.
Leiam isto, como um protesto da falta de representação que vocês deviam dar, não da vossa praxe, mas da vossa Casa.
antes de mais, para todos os que vão ler e comentar, a resposta que deixei ao Hugo, que bem se pode ver nos primeiros posts deste blogue, mas que tive de contextualizar para este caso.
aqui vai:
Hugo, (neste caso geralizado, irados elementos praxistas)
não encontras no texto nenhum dos clichés normais.
nem sequer me aproximei do fascismo, porque acho um argumento pouco correcto, de todo a praxe é possível de definir como fascista, a meu ver.
1º não tens de discutir praxe com quem lá não está.
2º não tens de discutir praxe com quem nada dela percebe, mas este é o meu blogue, e eu escrevo o que eu quero, nem tem de ser o que eu penso! mas o que eu quero. e mais, duvido que aja por aí muita gente a dizer que "percebe" o que é a praxe. eu só disse que a entendi. é um meio sinonimo.
3º eu não deixo de respeitar ninguém. limito-me a classificar formas de agir. se amanhã eu vir que a praxe fez algo extraordinariamente bom e útil e alvo de admiração, eu escrevo com todos os adjectivos. no entanto, pelo que eu vi, principalmente na cerimónia, tenho de despejar todos estes adjectivos e mais uns sinónimos.
4º não sinto orgulho em chamar os outros de idiotas, mas às vezes é preciso fazê-lo.
5º no entanto, não te chamei de idiota
6º conheço a praxe dos outros sítios sim, inclusivamente muito bem a praxe de medicina, de letras e direito de Coimbra. tenho familiares praxísticos, e eles não são idiotas,penso. logo não generalizo nem as praxes em geral de idiotas, nem muito menos os elementos da praxe da faculdade de direito.
7º resumindo Hugo: não generalizei, não usei lugares-comuns baratos, não empurrei o nome de alguém na lama, pelo menos injustificadamente, nem sequer me comprometi com um posição anti-praxe. tanto porque não estou para compromissos, como não estou para cenas anti, é muito fatela.
8º passa a ler os meus textos com a mesma atenção que lês os comentários da Maria João, caso queiras comentar justamente, claro.
9º reafirmo algo, que é o seguinte. este é o meu espaço inter pessoal, na blogosfera. ou seja, eu escrevo o que quero, não tem de ser o que penso, mas o que quero. logo escrevo, nem que seja para praticar a escrita.
10º e último. contando como aviso aos elementos praxísticos, que virão ler e reclamar e tentar fazer-me a folha:
10.1 - eu sei kung fu
10.2 - eu sei judo
10.3 - eu trago comigo todos os dias uma moca de Barcelos muito grande
e por último do último, e mais importante:
leiam isto talvez como um aviso daquilo que pensam de vocês lá fora, não como apenas uma gabarolice contra vocês, nada tenho contra vocês. só quando me pisarem os calos, eu pisarei os vossos. pelo menos tento.
Leiam isto, como um protesto da falta de representação que vocês deviam dar, não da vossa praxe, mas da vossa Casa.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
de ratio praxis
Uma das praxes mais discutidas e vulneráveis a movimentos anti da universidade do Porto é a praxe da Faculdade de Direito da Universidade do Porto. É uma praxe dolorosa do ponto de vista psicológico, físico, exige muita participação e disponibilidade, traz certas responsabilidades que absorvem na quase totalidade todos os que a aceitam.
Eu tenho orgulho dos momentos que lá passei, e não me arrependo deles ou sequer me proponho trocar de recordações. Conheci duas das pessoas por quem tenho mais apreço naquela praxe, e muitas outras com quem me dou bem. Acima de tudo, nutro por muitos dos meus antigos camaradas de praxe uma confiança difícil de abalar.
Por muito que seja difícil compreender estes pontos de vista, por muito irracional que pareça privilegiar uma amizade nascida na pura e voluntária adversidade, há certas explicações que podemos usar. A praxe não é um fenómeno inquestionável, nem inexplicável. Não é um elemento de fé. Acontece, é um laço humano. O seu problema, a pedra base que lhe falta, o fundamento ideológico que estraga todo a quadro desta pintura pretensiosamente espartana e árdua, é uma completa falta de noção de tradição que realmente exista, que realmente se justifique. A praxe da faculdade de Direito é uma criação recente, inspirada numa inspiração do que terá sido porventura a praxe de Coimbra.
Licurgo disse que as leis duras unem os Homens. Quanto mais severo for o regime de um estado, quanto mais estóico e exigente, simples e despido de complexidades, mais fortes são os homens.
Daí Licurgo ter criado uma das sociedades mais características da História, a sociedade espartana. É bastante óbvio que é um fenómeno destes que une o elemento praxístico. É a dureza das suas leis, a facilidade com que se criam situações em que a nosso dever é olhar pelo colega do lado, é atravessar tudo junto.
Este é talvez o objectivo mais nobre de toda a praxe, senão o único. Ou seria, não fosse a causa porque se faz isto mesquinha e trivial, na maioria dos casos.
Pedem-nos para sofrer, para aguentar os insultos e as ofensas, para nos unirmos forçadamente ao companheiro do lado, com apenas um fim. O de poder fazer o mesmo para o ano que vem.
Mas isso é somente uma escolha, algo irrisório, que infelizmente se revelará no carácter dos futuros praxistas.
Arrependo-me de ter saído da praxe a uma semana do fim, por muito que já lá não pusesse os pés há mas de 4 ou 6 semanas. Arrependo-me porque se soubesse teria saído no último dia, antes de atravessar a tribuna. Não me considero anti-praxe, mas tenho agora graves e sérios problemas com a praxe da minha faculdade. A cena representada no cortejo, em que os representantes da praxe da faculdade de direito deixam passar os finalistas sem qualquer tipo de companhia, sem qualquer amostra de solidariedade, mostra muito bem o que serão ou já são a nova geração de praxistas desta Escola de Direito. Uns idiotas egoístas.
Um pequeno bando de idiotas egoístas que resolveu galardoa-se a si próprio com um traje que não respeitam, com ideais demasiado nobres e incompreensíveis para os seus propósitos mesquinhos de gastrópode. Uma bacoquice de todo o tamanho, para resumir.
O traje é algo tão académico, e algo tão pessoal, que devia ser proibido aos idiotas legalistas usá-lo, porque impor leis nalgo estudantil, é como impor um limite máximo no consumo de álcool durante a queima, um limite no número de vezes que se diz "despedida" nos fados académicos, um limite nas vezes que um estudante de direito diz "merda" e "a doutrina diverge". As leis fazem-se para os Homens, não são os Homens que se moldam para caber dentro delas, se bem que certos membros da praxe cabem incompreensivelmente dentro dos trajes, anafados como estão das suas manias sebosas.
Eu mereço o meu traje. Não por o ter feito debaixo das vossas regras, mas porque provei a mim próprio que sei viver com elas, que são as infelizes leis do mundo, que vocês tanto gostam de representar. O que me difere é o facto de as querer mudar. Porque é isso que eu não tenho de igual para com a praxe. Eu não me altero, eu altero aquilo que me rodeia, pelo meu simples agir de ser humano, de cidadão. A verdadeira praxe não cria uma barreira de prerrogativas e leis obtusas e velhas, antes constrói uma muralha de homens, de universitários, uma muralha que se considera igual não pelas cores da roupa mas pela vontade de se superarem pelo mérito e pela agudeza de espírito, sem corromper ou humilhar a dignidade do camarada de estudos, de vida, de tristezas, de fados. Uma praxe distingue-se pelo exercício do intelecto dos seus. Nunca pelo simples arrotar de doutrinas e lenga-lengas patetas. Não são os abraços de bêbado, os momentos calorosos de traje amarrotado que vos tornam, caloiros do mundo, finalmente iguais e superiores, capazes de ser considerados gente entre os outros Pares da Praxe!
É antes o que vocês fazem durante todo o ano, o respeito que mostram para com os vossos verdadeiros iguais, que são todos os que lá andam, desde o sr.Ferreira da portaria, até ao Conselho Científico da Faculdade.
Querem igualdade, democracia? Querem sentido de presença, de pertença, de fraternidade? Comecem com a vossa família, e façam dos vossos novos companheiros uma família.
Após tanto tempo na praxe, pude finalmente sair convencido que aprendera o que ela era. Percebi a essência, e se essa essência não entrou em mim foi por uma simples razão.
Se me mantive ignorante perante os ensinamentos da praxe, digo com todo o orgulho que sim, pois não aceito nenhuma das vossas leis.
A questão está de todo este assunto está no respeito que a Praxe poderá dar à Faculdade, visto que esta tem sido representada com honras por pessoas que resolveram viver em harmonia com a muy amada liberdade académica.
Eu tenho orgulho dos momentos que lá passei, e não me arrependo deles ou sequer me proponho trocar de recordações. Conheci duas das pessoas por quem tenho mais apreço naquela praxe, e muitas outras com quem me dou bem. Acima de tudo, nutro por muitos dos meus antigos camaradas de praxe uma confiança difícil de abalar.
Por muito que seja difícil compreender estes pontos de vista, por muito irracional que pareça privilegiar uma amizade nascida na pura e voluntária adversidade, há certas explicações que podemos usar. A praxe não é um fenómeno inquestionável, nem inexplicável. Não é um elemento de fé. Acontece, é um laço humano. O seu problema, a pedra base que lhe falta, o fundamento ideológico que estraga todo a quadro desta pintura pretensiosamente espartana e árdua, é uma completa falta de noção de tradição que realmente exista, que realmente se justifique. A praxe da faculdade de Direito é uma criação recente, inspirada numa inspiração do que terá sido porventura a praxe de Coimbra.
Licurgo disse que as leis duras unem os Homens. Quanto mais severo for o regime de um estado, quanto mais estóico e exigente, simples e despido de complexidades, mais fortes são os homens.
Daí Licurgo ter criado uma das sociedades mais características da História, a sociedade espartana. É bastante óbvio que é um fenómeno destes que une o elemento praxístico. É a dureza das suas leis, a facilidade com que se criam situações em que a nosso dever é olhar pelo colega do lado, é atravessar tudo junto.
Este é talvez o objectivo mais nobre de toda a praxe, senão o único. Ou seria, não fosse a causa porque se faz isto mesquinha e trivial, na maioria dos casos.
Pedem-nos para sofrer, para aguentar os insultos e as ofensas, para nos unirmos forçadamente ao companheiro do lado, com apenas um fim. O de poder fazer o mesmo para o ano que vem.
Mas isso é somente uma escolha, algo irrisório, que infelizmente se revelará no carácter dos futuros praxistas.
Arrependo-me de ter saído da praxe a uma semana do fim, por muito que já lá não pusesse os pés há mas de 4 ou 6 semanas. Arrependo-me porque se soubesse teria saído no último dia, antes de atravessar a tribuna. Não me considero anti-praxe, mas tenho agora graves e sérios problemas com a praxe da minha faculdade. A cena representada no cortejo, em que os representantes da praxe da faculdade de direito deixam passar os finalistas sem qualquer tipo de companhia, sem qualquer amostra de solidariedade, mostra muito bem o que serão ou já são a nova geração de praxistas desta Escola de Direito. Uns idiotas egoístas.
Um pequeno bando de idiotas egoístas que resolveu galardoa-se a si próprio com um traje que não respeitam, com ideais demasiado nobres e incompreensíveis para os seus propósitos mesquinhos de gastrópode. Uma bacoquice de todo o tamanho, para resumir.
O traje é algo tão académico, e algo tão pessoal, que devia ser proibido aos idiotas legalistas usá-lo, porque impor leis nalgo estudantil, é como impor um limite máximo no consumo de álcool durante a queima, um limite no número de vezes que se diz "despedida" nos fados académicos, um limite nas vezes que um estudante de direito diz "merda" e "a doutrina diverge". As leis fazem-se para os Homens, não são os Homens que se moldam para caber dentro delas, se bem que certos membros da praxe cabem incompreensivelmente dentro dos trajes, anafados como estão das suas manias sebosas.
Eu mereço o meu traje. Não por o ter feito debaixo das vossas regras, mas porque provei a mim próprio que sei viver com elas, que são as infelizes leis do mundo, que vocês tanto gostam de representar. O que me difere é o facto de as querer mudar. Porque é isso que eu não tenho de igual para com a praxe. Eu não me altero, eu altero aquilo que me rodeia, pelo meu simples agir de ser humano, de cidadão. A verdadeira praxe não cria uma barreira de prerrogativas e leis obtusas e velhas, antes constrói uma muralha de homens, de universitários, uma muralha que se considera igual não pelas cores da roupa mas pela vontade de se superarem pelo mérito e pela agudeza de espírito, sem corromper ou humilhar a dignidade do camarada de estudos, de vida, de tristezas, de fados. Uma praxe distingue-se pelo exercício do intelecto dos seus. Nunca pelo simples arrotar de doutrinas e lenga-lengas patetas. Não são os abraços de bêbado, os momentos calorosos de traje amarrotado que vos tornam, caloiros do mundo, finalmente iguais e superiores, capazes de ser considerados gente entre os outros Pares da Praxe!
É antes o que vocês fazem durante todo o ano, o respeito que mostram para com os vossos verdadeiros iguais, que são todos os que lá andam, desde o sr.Ferreira da portaria, até ao Conselho Científico da Faculdade.
Querem igualdade, democracia? Querem sentido de presença, de pertença, de fraternidade? Comecem com a vossa família, e façam dos vossos novos companheiros uma família.
Após tanto tempo na praxe, pude finalmente sair convencido que aprendera o que ela era. Percebi a essência, e se essa essência não entrou em mim foi por uma simples razão.
Se me mantive ignorante perante os ensinamentos da praxe, digo com todo o orgulho que sim, pois não aceito nenhuma das vossas leis.
A questão está de todo este assunto está no respeito que a Praxe poderá dar à Faculdade, visto que esta tem sido representada com honras por pessoas que resolveram viver em harmonia com a muy amada liberdade académica.
terça-feira, 13 de maio de 2008
já agora, vale a pena pensar nisto
os autocarros são os Gulags da sociedade capitalista
Etiquetas:
bus,
capitalismo,
gulag
segunda-feira, 12 de maio de 2008
domingo, 11 de maio de 2008
manifesto anti-sóbrios
leiam o que eu fiz durante a Queima das Fitas na blogosfera:
aqui!
"Religiosos com vinho no sangue que atiram preservativos a colegas da Universidade Católica." (esta foi a mais gira delas todas)
"E como não podia deixar de ser, as conversas jurídicas e outras que tais num local onde supostamente nada deveria ser feito a sério, refúgio para certos monárquicos que foram tomados por bêbados devido às suas ideias."
"tomados por bêbados devidos às suas ideias", frase mítica e profundamente lírica que vai prsenciar provavelmente num dos blogues mais lamechas do país.
agradeçam à Daniela Ramalho Fidel Lenine, conhecida como a "lenina" lá na FDUP, e na FLUP também, ao que diz o texto. é autora de um blogue, o "Bocas que discordam comigo vão para o Gulag"
aqui!
"Religiosos com vinho no sangue que atiram preservativos a colegas da Universidade Católica." (esta foi a mais gira delas todas)
"E como não podia deixar de ser, as conversas jurídicas e outras que tais num local onde supostamente nada deveria ser feito a sério, refúgio para certos monárquicos que foram tomados por bêbados devido às suas ideias."
"tomados por bêbados devidos às suas ideias", frase mítica e profundamente lírica que vai prsenciar provavelmente num dos blogues mais lamechas do país.
agradeçam à Daniela Ramalho Fidel Lenine, conhecida como a "lenina" lá na FDUP, e na FLUP também, ao que diz o texto. é autora de um blogue, o "Bocas que discordam comigo vão para o Gulag"
Etiquetas:
queima
breathe in
o III anónimo vai-se revitalizar, após algum tempo de paragem. a série Shamisen vai continuar, mas por enquanto fazer-se-à uma pequena pausa.
alguns textos novos vão aparecer, mas agora com mais direcção para alguns temas. outro projecto blogosférico já está na mesa, e a cozinhar :)
bons estudos
alguns textos novos vão aparecer, mas agora com mais direcção para alguns temas. outro projecto blogosférico já está na mesa, e a cozinhar :)
bons estudos
Etiquetas:
revitalizar
Subscrever:
Mensagens (Atom)