quinta-feira, 28 de agosto de 2008

a paz armada


Após a queda do muro de Berlim, mais uma ameaça caminha para perturbar a paz europeia, e mais uma vez ela aproxima-se vinda de Oriente. Ao longo da história da civilização ocidental, vários têm sido os perigos que muitas vezes levaram a uma calamidade total. Invasões, epidemias, massacres. O rápido crescimento da civilização ocidental deu-se, em grande parte, devido a estas catástrofes. A expansão ultramarina, o conceito de democracia, de estado de direito, o progresso industrial e bélico, formaram-se todos na necessidade de se defenderem e ripostar contra um oriente que tantas vezes o entusiasmava e tantas vezes o amedrontava.
Assim, cedo começou a formar-se um equilíbrio difícil entre as potências ocidentais, principalmente europeias, de forma a ver qual delas era a mais poderosa e maior representante dessa mesma civilização.O século XX viu o delicado equilíbrio de forças desaparecer, e assistiu a uma guerra anunciada que traria a destruição de toda a Humanidade, não fosse a mesma cultura da ocidentalidade, a sua maior força, a deter a ameaça do comunismo e da sociedade totalitária.
Hoje, no século XXI, o perigo afigurou-se ultrapassado, e os esforços para preservar a liberdade externa tão carinhosamente preservada pelos nossos antecessores não foram revigorados.
Tudo indica que o século XXI será o século dos autoritarismos, tanto pela herança do século anterior, como pela necessidade que surgirá dentro das sociedades ocidentais e ocidentalizadas em combater esse mesmo perigo.Forma-se agora, a leste, uma situação que lembra a europa do Imperialismo alemão, a Europa da ameaça prussiana.
Estamos perante uma paz armada, entre democracias temerosas e ditaduras fortalecidas pelo jogo diplomático.

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