sexta-feira, 29 de agosto de 2008

no Brasil como em Portugal


Apesar de se definirem pelo seu contrário, como na foto do post abaixo, os jovens socialistas brasileiros conhecem o fascismo mais como xingamento do que como teoria. Não duvido que muitos deles se identificariam com o fascismo caso sua literatura fosse apresentada sob outro nome. Preparando o solo europeu para receber os cadáveres de milhões, Mussolini escreveu em La dottrina del fascismo:

Anti-individualista, a concepção fascista é pelo Estado; e é pelo indivíduo enquanto este coincide com o Estado, consciência e vontade universal do homem em sua existência histórica. É contra o liberalismo clássico, que surge da necessidade de reagir contra o absolutismo e exauriu sua função histórica quando o Estado se transformou nessa mesma personificação da consciência e da vontade popular. O liberalismo negava o Estado em nome do indivíduo particular. O fascismo reafirma o Estado como a realidade verdadeira do indivíduo. E se a liberdade deve ser o atributo do homem real e não desse fantoche abstrato pensado pelo liberalismo individualista, então o fascismo é pela liberdade. Pela única liberdade que tem um valor sério: a liberdade do Estado e do indivíduo dentro do Estado.

Não é esse mesmo individualismo liberal que Che Guevara combatia?: “O individualismo, na forma da ação individual de uma pessoa solitária no meio social, deve desaparecer em Cuba. No futuro, o individualismo deve ser a utilização eficiente de todo o indivíduo para o benefício absoluto da coletividade”.

E enquanto Mussolini se opõe ao “socialismo que interpreta o movimento histórico como a luta de classes e ignora a unidade do Estado no qual a classe se funde em uma única realidade econômica e moral”, ele entende que o fascismo consegue atualizar as aspirações socialistas no Estado:

“Dentro da órbita do Estado, o fascismo reconhece a verdadeira exigência que dá origem ao movimento socialista e sindicalista e os faz valer no sistema corporativo dentro do qual os interesses se conciliam na unidade do Estado”.

Nesse sentido, é muito apropriado chamar o fascismo de nacional-socialismo. Meu medo é que muitos jovens brasileiros já sejam fascistas sem perceber.

in Ordem Livre

3 comentários:

TR disse...

Há um ponto relacionado com o teu texto que poderia ser desenvolvido. Normalmente dá-se o nacional-socialismo como uma forma de fascismo)latu sensu) , em oposição ao comunismo.

Mas como realça o texto, há imensa semelhança entre comunismo e fascismo. Geometricamente, parece-me que quer comunismo quer fascismo quer nacional socialismo são mais ou menos equidistantes.

E acho infeliz chamar ao fascismo nacional socialismo. essa espressao ja esta cunhada para a ideologia nazi.

TR disse...

Há um ponto relacionado com o teu texto que poderia ser desenvolvido. Normalmente dá-se o nacional-socialismo como uma forma de fascismo)latu sensu) , em oposição ao comunismo.

Mas como realça o texto, há imensa semelhança entre comunismo e fascismo. Geometricamente, parece-me que quer comunismo quer fascismo quer nacional socialismo são mais ou menos equidistantes.

E acho infeliz chamar ao fascismo nacional socialismo. essa espressao ja esta cunhada para a ideologia nazi.

D. disse...

não estou a ver muito bem onde queres chegar manuel, mas depois tens de me explicar melhor este texto.
amanhã no socialismo 2008 explicas-me.

eXTReMe Tracker