sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
little drumer boy
Bing Crosby e David Bowie - o ideal de Natal, para um cavalheiro republicano e liberal.
Em tempo de tréguas, Feliz Natal para vocês monárquicos, comunistas, populistas e anárquicos. Que esta época possa iluminar os vossos corações, e até para o ano. Me esperem...
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
o times! o mores!
Por isso, aconselho-vos a ir procurar à fonte do problema e tirar daí as vossas ilações. Eu concordo totalmente.
domingo, 16 de dezembro de 2007
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
aviso!
1- não, não vão ser infelizes se não mandarem a mensagem a 15 pessoas, e não vão mostrar ser pessoas horríveis, vão antes combater a proliferação de vírus cibernéticos. e não, uma corrente de 100 pessoas a mandar emails e sms's não vai reverter, por artes mágicas, com 100 euros para a conta da rapariga raptada.
2- não, lá por estar na caixa de correio, não quer dizer que devam abrir. para todas as sobre-dotadas que clicaram no link do "site das prendinhas", um dos vírus mais ridículos de sempre, mas dos mais eficazes, parece que adivinharam a terrível solidão dos vossos neurónios, só para que saibam, ele já se propagou por todos os vossos contactos. incluindo o meu. obrigado.
e agora para os estudantes da faculdade de direito da universidade do porto, aconselho a compra de um livro muito curioso, cujo autor é Manuel Proença de Carvalho, "Ciência Política e Direito Constitucional", repleto de casos práticos e testes. e também hipóteses.
domingo, 9 de dezembro de 2007
procurar o meio -termo-
Tem actualmente duas principais funções. Se bem falada, se bem instruída e estudada, se inteligente e pertinaz, pode e deve ser usada para escrever um livro.
Se não, serve perfeitamente para lamber botas.
Quando Sua Excelência, o douto escritor "nobelado" (ou nublado) José Saramago atira para uma convenção, em que é suposto estar a representar o seu país, teorias caquécticas sobre a União Ibérica, fala-se no espectacular uso da palavra de um especialista na nossa língua. E, como em todas as corruptas "cortes" soviéticas, tão do apreço do escritor, aparecem atrás dele, todas vermelhinhas e lambonas, as línguas dos seus admiradores que vêm logo desenrolar-se das suas hediondas covas bocais para lhe proporcionar um perfeito engraxamento dos sapatos.
A escrita de Saramago é surpreendente. Nunca me cingirei ao argumento dado pelos seus inimigos de que a única razão para a sua escolha para Nobel de Literatura fora a necessidade de premiar um escritor socialista. O tempo tratou de refutar essa teoria, bem como a grande multidão de fãs que ganhou, dentro e fora de Portugal. E eu incluo-me dentro desse grupo de pessoas. Saramago será lembrado entre nós tal e qual como é visto hoje: um homem genial, cuja mentalidade é frustradamente ultrapassada, imbuído de um sentimento de solidão e ódio contra o seu país enorme. Saramago é a antítese dos restantes grandes escritores. Não possui a serenidade de Eça, o sonho de Pessoa, a jovialidade de Ferreira de Castro, a impertinência de Aquilino Ribeiro... no entanto, o seu génio de escrita ultrapassa estas características dos outros escritores.
É impressionante notar como alguém com uma pena tão leve, mas ao mesmo tempo tão carregada, possa debutar as palavras mais desajeitadas, e fazer passar ao seu país a vergonha e embaraço que os outros grandes escritores tanto reprimiam.
Quando o duque de Bragança, Dom Duarte Nuno, vem apelidar de "senil" o escritor, toda a matadumbe de admiradores incorre contra ele.
Para me introduzir perante o leitor, eu não sou monárquico, apesar de toda a minha admiração por D.Duarte, que eu considero um homem justo e inteligente.
Considero sim, que as monarquias ibéricas, caso estivessem as duas conjuntamente em funções, mereceriam o apelido de lacónicas e inteligentes! Quando o rei de Espanha manda calar um ditadorzeco da América do Sul e nós portugueses aplaudimos, porque não fazemos o mesmo quando o herdeiro da Casa Real chama de senil a um velho efectivamente senil, que alimenta o seu ego ao lançar vitupérios à Pátria, tais como o de invalidar a sua independência?!? Em vez disso, toda a blogosfera critica e lança-se sobre a "Augusta personagem". Que não é. O Duque não fala em nome da Monarquia, fala em nome de uma mentalidade, directamente ligada à nacionalidade, e tem todo o direito e obrigação de o fazer. E eu apoio-o.
Saramago usa ilegitimamente a sua preponderância no meio cultural para semear a discórdia e o boato, e a controvérsia é a sua única arma. Ou é o que ele pensa.
De todos os maus tratos que Portugal lhe fez, Saramago concedeu-lhe o pior. Recusou-se pura e simplesmente a aceitar o encargo, tão facilmente dado mas tão custoso de suportar, de representar o seu país.
Na semana em que Portugal, qual "cabeça da Europa", reabre o diálogo entre Estados Europeus e Africanos, atinge um auge de confiança e notoriedade mundial raras vezes conseguido por nações mais fortes e ricas, Saramago tinge irresponsavelmente este manto com a sua impunidade, a sua desfaçatez e bacoquice. A importância que lhe concedemos agora é a mesma que concedemos a um animal raro exposto num circo, um com uma aparência extravagante e pitoresca, que não consegue mais do que uma insignificante admiração no intervalo das suas piruetas.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
de ratio patriae
Os políticos:
Dois partidos "centrais", vazios de ideais, confusos quanto à direcção a tomar, provenientes de extremos ideológicos diferentes, mas tão iguais em mesquinhez e podridão, que já se dão ao luxo de trocar de políticas ocasionalmente, sem ninguém se lembrar de protestar. Estão viciosamente dependentes um do outro, apesar da rivalidade.
Dois partidos de Esquerda pura, um velho e decrépito, em avançado estado de síndrome de Alzheimer, que vive inteiramente da memória de uma revolução há muito esquecida. O outro, jovem e enérgico, se bem que dopado, pretensioso e inconsciente, indeciso entre seguir o caminho do Estado de Direito ou o caminho da anarquia bakuniana. Vive inteiramente na ideia de uma revolução há muito despronunciada.
Um partido Popular impopular, fascizado pelos rivais, ostracizado pelos eleitores, estupidificado pelos líderes.
Em resumo, uma classe demagoga e incapaz de levantar um dedo que seja pelo País, que levanta questões inúteis para dar um "ar" de democracia.
A elite:
Anualmente alimentada por novas fornadas de mau gosto e imoralidade, a elite do País serve para influenciar negativamente as restantes classes. É uma espécie de doença que todos querem contrair.
Esta cada vez mais aberta ao novo-riquismo, se bem que este se esconda sob o manto de uma aristocracia eminentemente inexistente.
O espírito:
Uma nação sem espírito, sem objectivos, isenta de obrigações e princípios, ostensivamente católica, menos quando se trata de afirmar o laicismo, altura em que toda a sociedade desata numa perseguição aos frades que em tudo se assemelha às cenas de caça inglesas.
Tão fraco é o espírito, que a filosofia é considerada um luxo, e todas as atenções se viram para as seitas transatlânticas de culto megalómano. Reina a desmoralização e o materialismo.
A força:
Uma polícia abandonada e desacreditada, um exército fidelíssimo, competente e quase inutilizado, virada a primeira contra os cidadãos, longínquo o segundo.
O povo:
"Humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, não se lembrando nem donde vem, nem donde está, nem para onde vai, um povo que eu adoro, porque sofre e é bom."citando, com toda a concordância, Guerra Junqueiro
O ensino:
Fraco, anarquizado, selvaticamente sodomizado pelo sector privado que devora todo o tipo de poupança, entregue às feras, abandonado a uma classe empobrecida que o destrói e abandonado por uma classe enriquecida que o despreza. A qualquer dia espera-se que, na senda de liberalização de costumes, se comece a prescindir de professores.
Solução - aos políticos, ideias e raciocínio.
à elite, exemplo e inovadorismo
ao povo, um enorme pontapé no rabo, "porque se não acordamos agora, é mais tempo que nos obrigam a ficar deitados".
3 pérolas
a banda quase-oficial do Jackass.
mas merecem mais referências, e o som não lhe fica atrás.
Cold War Kids - We Use to Vacation
mais uma vez uma banda de proveniência americana, tanto no estilo de rock, mais exagerado na sua indieness que os seus congéneres britânicos, mas nem assim com menor qualidade.
fica a promessa.
e por fim, algo que ninguém estava à espera (mas como sabe ele destas merdas?!? perguntais vós, ó humanidade)
Tulsa - Estupida (sem acento, é castelhano!)
aqui no 3º estamos atentos, mas bem atentos, a lo que se pasa del otro lado de la frontera.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
love need not a reason
Aquilo que o rock me dá, é a capacidade de se deixar ouvir, sem me obrigar a ser entendido.
A última coisa em que penso é a letra, para poder sentir cada nota e expressão no seu sentido amplo, cada instrumento como uma chamada à libertação, a mente livre, a máxima rebeldia.
E a máxima rebeldia para mim não está no fazer algo proibido por todos. É fazer algo que nem todos têm a coragem de fazer.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
terça-feira, 27 de novembro de 2007
audisset ipsum
Falo de um espaço novo e livre, magnífico e belo, que eu espero do fundo do meu coração que cresça, prospere, e que lá para os 24anos me apareça em casa com um gajo cheio de piercings e tatuagens a dizer "papá, este é o Diego, conheci-o na festa gótica, vou ter filhos com ele. Ele lembra-me tanto de ti!".
Trata-se de um espaço blogosférico de opinião.
Peço a todos os que vêm a este blogue, que dêm uma visitinha lá, é o há discussão
Apreciem o projecto, acariciem-no, por detrás das orelhinhas.
domingo, 25 de novembro de 2007
na mania dos anti parte I
e este é dos argumentos mais válidos que a música alguma vez me deu.
bravo!
sábado, 24 de novembro de 2007
um momento filosófico
e eu ando aos trambolhões por ela fora, porque nunca tive muito jeito nem para andar de bicicleta nem para outras coisas com rodas.
lembro-me até de um dia em que embati com particular vigor numa roseira brava. estava o meu pai a ensinar-me a andar de bicicleta, lá está, e a dada altura resolveu deixar-me sozinho com os encantos do velocípede. não tivesse eu 4 anos, e até conseguía chegar aos pedais, antes de me esbarrar contra aquela parede de espinhos. foi glorioso. desde esse dia, nunca mais gostei (muito) de bicicletas. esse dia também marcou a minha escolha de carreira, porque estudo agora Direito com esperança de descobrir fundamentos para processar e aprisionar numa cadeia de máxima segurança o meu progenitor.
a vida dá-me coisas boas. irritantes, mas boas. eu gostava de dizer, poder dizer, que a vida não presta, que o dia correu-me mal, obrigar qualquer bêbado (sim, tu!) que pare neste blog a ler que me esqueci do trabalho de grupo, ou que me choveu em cima, ou que a minha namorada está zangada comigo, mas...
nada disto me acontece.
ou seja, pode até acontecer. mas não faz parte? se a vida fosse fácil, eu não podia gozar com várias coisas. como seria o mundo sem pitahs que falam axim? naum xewiah muntuh xatuh?!?
como seria o mundo, se eu não pudesse dizer que sou um liso? uma seca. que desafio havia? agora vou partilhar algo convosco. eu sou mesmo um liso. sou um estudante liso. perguntem à minha senhorinha, o nosso jantar de1º aniversário de namoro fui eu que paguei, e levei-a à sopa dos pobres da santa casa da misericórdia.
ridículo.
mas não iria gostar de outra forma.
existe um significado para a vida. e envolve mais do que estar depressivo. é um hino, é uma doutrina
48
e nós temos de nos afastar de tudo o que é fora do contexto. todas aquelas coisas que aparecem no meio das nossas leituras que nos distraiam humbahumbahumba e que não são racionais.
é fácil. tal e qual andar de bicicleta...
24
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
um momento lindo
realização de: manuel "jellyman" pinto (filmei)
produção de: manuel "jellyman" pinto (escrevi aquela cena no papel)
efeitos especiais: ruben "black angel" estrela (autor do origami)
actriz convidada: inês "dedepó" silvestre (não-remunerada)
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
nã dá para ficar imune
Lança menina
Lança todo esse perfume
Desbaratina
Não dá prá ficar imune
Ao teu amor
Que tem cheiro
De coisa maluca...
Vem cá meu bem
Me descola um carinho
Eu sou neném
Só sossego com beijinho
Vê se me dá o prazer
De ter prazer comigo...
Me aqueça!
Me vira de ponta cabeça
Me faz de gato e sapato
E me deixa de quatro no ato
Me enche de amor, de amor
Oh!...
Lança menina
Lança todo esse perfume
Desbaratina
Não dá prá ficar imune
Ao teu amor que tem cheiro
De coisa maluca...
Vem cá meu bem
Me descola um carinho
Eu sou neném
Só sossego com beijinho
E vê se me dá o prazer
De ter prazer comigo...
Me aqueça!
Me vira de ponta cabeça
Me faz de gato e sapato
Ah! Ah!
Me deixa de quatro no ato
Me enche de amor, de amor...
Oh!
Lança! Lança Perfume!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Lança! Lança Perfume!
Oh! Oh! Oh!
Lança! Lança!
Lança Perfume!
Lança Perfume!...
se vis pacem...
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
domingo, 4 de novembro de 2007
montesquieu estava bêbado
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
terça-feira, 30 de outubro de 2007
angústia em espiral (porra, acabaram-se-me os títulos em latim)
Trovejava. Muito. Em Tânger, reza a lenda, todos os emborcadouros ficam cheios de entulho quando chove. E naquele dia, bem que me pareceu que tal acontecia. Provavelmente, mais uma miragem.
O fumo do cigarro brincava suavemente por entre os meus dedos. Tu estavas irritado. Eu via que era por causa do teu poema, aquele que tu não conseguías acabar, por muito que tu me contradissesses, dizendo que era a tua asma que não ia bem com os meus hábitos de fumador. Nunca me enganaste. Nem daquela vez em que, zangado com o mundo, te deitaste no chão daquela rua Montevideu, minutos antes de teres dado uma valente cabeçada a um candeeiro eléctrico que, obviamente, usaste para simbolizar o teu desprezo pelas companhias eléctricas monopolistas e poluidoras. São momentos meus, disse-te. Pelo menos até o fumo do cigarro accionar o sistema anti-incêndios, e ensopar o meu maço todo.
Eu e a morte sentamo-nos lado a lado. Ela perguntou-me se eu tinha lume. Eu disse que tinha fósforos, e ela correu rua abaixo para apanhar o próximo táxi até à Terra da Podridão, que fica algures entre a Areosa e Rio Tinto. Incomodou-me esta visão. Sentia que a minha altura se aproximava. Um dia um velho cambojano disse-me “hoje à noite, há caracóis!” e eu prcebi que o meu destino estava selado.
Tu dizias que não. Era tolice minha. Praguejavas sempre que eu falava no faraó que tinha de ter duas cabeças (é claro, mas porquê?) para equilibrar o seu Pteh. Mas a noite empurrava-me. e seria essa noite, a noite de Tânger, noite bela por entre os seus mercados e veludos, tangível finura, somente perceptível por uma merda qualquer para a qual não tenho mais expressões endereçadas.
Oh, a humanidade. Oh, a morte. Oh, as interjeições vocais. Saí da minha tenda, já não era mais necessária a minha presença lá, a flatulência do Holandês mantinha o nosso grupo encurralado de turistas quente o suficiente, e resolvi-me a enfrentar a morte. E lá vinha o faraó, com as suas duas cabeças (é claro, mas porquê?) montado num grifo, alugado em Silves, que mais tarde seria usado num ataque bombista da ETA.
Tu disseste-me não. E eu olhei de volta. E a chuva fazia o que de melhor sabia fazer, caía a potes, tanta que dias mais tarde apanhei uma constipação, que o teu apurado faro médico se apressou a diagnosticar como uma “gripalhada do caralho”.
Não o quê? Perguntei. Não vás, pois a noite é boa, o mundo é belo, e gastar 150 euros em mobílias de proveniência sueca no IKEA dá-nos direito a uma matadumbe de vales de compras. Finalmente, valia a pena viver, pensei.
E a noite em Tânger fez-se dia, e esse dia fez-se manhã, e essa manhã fez-se hora do almoço e picos de tarde, e essa hora do almoço e picos de tarde transformaram-se em hora da sesta, que se ia transformar em hora do lanche até tu me atingires com a tua moca de Gueifães.
E eu nunca esquecerei Tânger.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
sábado, 20 de outubro de 2007
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
da crueldade
É um acontecimento importantíssimo para milhares de oprimidos que viram nessa mulher, que com risco da sua própria vida lutou contra uma sociedade islâmica cada vez mais arcaica, um apoio para alcançarem os benefícios sociais e os direitos que lhes são devidos enquanto seres humanos.
Essa mulher, depois de um exílio forçado pelo estado perigoso do seu país, viu neste mesmo dia do seu regresso dois carros bombas explodirem contra a sua caravana, matando dezenas de pessoas. Horas antes a Al-Qaeda demonstrou o seu agravo para com a presença de uma mulher envolvida em política.
Os auto-proclamados defensores do Islão mandaram bombas contra uma manifestação de carinho e esperança que reuniu 250.000 pessoas.
Existe ainda alguma dúvida que estes são os maus da fita? Ou devemos nós avalia-los melhor pela forma como se vestem quando os convidarmos pá Festa do Avante?
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
vou-me arrepender disto...
correcção, ela pode muito bem fazer-me isto...
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
?ad monetarium?
Formulei recentemente a teoria de como as mulheres, esses seres maravilhosos desapêndiçados, não conseguem suportar a presença de trocos, moedas, nas suas formas de pagamento. Chamei-lhe “desenconomia trocomática feminina crónica”. Já agora, olá.
Conheço especialmente uma mulher que se pudesse pagar tudo com uma nota de 20 euros, eu tenho a certeza, conseguiria viver até ao fim dos seus dias com uma despreocupação própria dos hippies que cantam ao pé da estação de S.Bento.E não, não estou a ser cruel. Eu amo cada pedacinho de terra que essa mulher pisa, e ela sabe-o, e uso apenas a sua descrição para me orientar a descrever aquele mundo que eu acho impressionante: o mundo da mulher. A verdade é que todas elas em dizem exactamente o mesmo.
As senhoras possivelmente não compreendem, mas nós homens somos mesquinhos e avarentos no que toca a trocos. Bem, basicamente, somos mesquinhos e avarentos em tudo o que toca a dinheiro, a não ser que sejamos maricas, os maricas detestam ter moedas no bolso, e também não são avarentos e mesquinhos. Mas algo tão natural em nós devia ser bem mais aceite pela feminilidade, em vez da habitual antipatia demonstrada!
Impressiona-me ver a forma quase odiosa que algumas mulheres tratam os homens que lhes oferecem moedas para a mão. Parece que já nos dizem “ É só isso que eu valho para ti? Um mero punhado de cobres? Bem que a minha mãezinha tinha razão, tu és um avarento e um mesquinho” e desatam num queixume, que não raras vezes se transformam num berro ululante e assustador, que leva o macho a despender a derradeira nota de 10 euros para pagar um café e uma água com gás Freeze.
Eu aprendi a estimar os meus trocos com o dono de um café da minha escola, o senhor Vieira. O senhor Vieira odiava notas. Logo, sempre que chegava a mesada, íamos nós pequenos todos pagar-lhe com uma nota de 20 euros um panike. Eu via literalmente as lágrimas apoderarem-se do rosto do homem, ao deparar-se com a inglória tarefa de arranjar trocado.
Pelo aspecto, e sem exgerar, o sr. Veireira ja tinha uns 115 anos, por isso, a impaciência com que contava trocos vezes e vezes sem conta levava a que muitas vezes ele nos desse em excesso o que nos devia. Ás vezes acontecia o contrário.
Anos mais tarde, farto daquela vida de infinita matemática, o sr. Vieira ostracizou-se para a sua terra, algures nas proximidades de Terronhas, onde acabou os seus últimos dias a organizar a procissão á Nossa Senhora das Pataqueiras. Morreu subitamente de ataque de coração quando o padre da procissão lhe concedeu a honra de fazer a contabilidade das oferendas em dinheiro. O ofertório rendera mais de 10.000 euros.
A não ser que seja para pagar por um bom par de mamas bambaleantes (obrigado daniela pela ideia para esta magnífica expressão) (não que eu esteja a referir-me à Daniela no que toca ao sentido da expressão, claro), poucos homens há que se disponibilizem sequer para pagar a renda com papel-moeda. Algumas amigas minhas lançam um olhar assassino ao empregado de mesa quando ele lhes vem trazer o seu trocado, como se aquele desgraçado viesse de propósito enfiar moedas no seu porta-moedas, acabando por pesá-lo e causar enormes lesões na coluna da portadora. Já cheguei a observar situações em que as senhoras se atiraram ao pescoço do garçon, tal era a fúria.
No entanto, penso eu com efeitos compensatórios, as mulheres são rapidíssimas a sacar notas da carteira. Antes sequer que eu consiga meter a mão na carteira, já a minha namorada tem a sagrada notinha na mão. Desenvolveram um sentido ultra-sónico complexo, provavelmente desenvolvido ao longo de séculos e séculos de ódio aos trocos, que nem o apurado ouvido de um morcego consegue descortinar o barulho da nota a roçar nas extremidades dos dedos. Conheço mulheres que conseguem fazer isto, mas utilizando a carteira do marido, com ele a usá-la! Na altura em que ele a tira do bolso, já ela pagou o jantar aos convidados e deu a gorjeta ao empregado. Hei-de usar esta temática para outros textos.
A única mulher que adora trocos é uma senhora que se encontra muitas vezes ao pé do Via Catarina. Essa tipa mica-me sempre. Mal me vê a passar, ela cheira os troquinhos qu eu, inocente transeunte, levo, e vem serenamente levar-me as minhas estimadas redondinhas. Já contribuí com um total aproximado de 80 de euros em moedinhas de 50 cents pá causa dos desabilitados e dos filhos dos drogados e camionistas, e toda esta pilhagem se dá sempre pela mesma mulher. Ela sente-me, cheira-me, uma vez até conseguiu ver o conteúdo da minha carteira sem olhar lá para dentro. 50 euros, disse-me ela. “Porra”, pensei. Tive de contribuir, senão eu tinha a certeza que Deus me ia fulminar, ou pior, castrar-me. É que a mulher podia muito bem ter a capacidade de adivinhar para onde eu ia depois, e quem acabava a rezará Nossa Senhora das Pataqueiras era eu.
de rerum natura
fazer-se difícil é, para um homem, saltar para a cama, mas para não dar ar de fácil, manter as meias vestidas.
terça-feira, 9 de outubro de 2007
a verdade... desculpem, se nhoras, mas é a verdade
Proporciona o único, cientificamente plausível, ponto de vista sobre a vida de um casal casado: o ponto de vista de um homem. Graças a Deus que este é um blogue anónimo, e nenhuma destas considerações vão ter consequências.
Graças a Deus.
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
esta cena dos blogs já me pôs doente...
sábado, 29 de setembro de 2007
já uma chalaçazinha
Eu gostei particularmente desta passagem na página da Lili Caneças:
"É possivelmente uma das personagens portuguesas cuja idade é mais difícil de determinar, de todos os modos é de um interesse infinito. Note-se o cadastro de operações de cirurgia plástica com que se nos apresenta."
Mesmo que acima do texto referido diga:
"Lili Caneças de seu nome verdadeiro Maria Alice de Carvalho Monteiro (n. 4 de Abril 1944), mulher mediática do Jet-set portuguesa."
Portanto, para quem possa não ter percebido, eu resolvi por a negrito.
A meu ver, acho que amputa severamente o interesse infinito que poderá ser a determinação da idade de Lili Caneças. De certa forma, a infinidade do interesse deste assunto acaba a 4 de Abril de 1944, há mais ou menos 63 anos. Ups, desculpem, 63 anos.
é blog, blogue, ou belogue?
Após um curto tempo de ausência, cuja falta foi claramente sentida por, aproximadamente, um par de pessoas, este blogue vai, caso o seu autor se digne, voltar a prestar o seu serviço púbico.Público aliás, desculpem, é puramente freudiano este engano.Puuuramente.
Obrigado pela vossa atenção.
domingo, 16 de setembro de 2007
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
sábado, 1 de setembro de 2007
you drink too much
"Ajuda-nos muito a compreender melhor o surgimento das pirâmides" revela George Custner, chefe da expedição arqueológica "cujo método de construção é ainda muito desconhecido e o seu segredo foi perdido ainda no tempo dos faraós".
"O facto de os antigos egípcios passaram grande parte de seu tempo embriagados já nos dá algumas luzes" remata George "pois é do conhecimento geral que os bêbados nunca têm noção das merdas em que se metem."
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
ajudem a teresinha
A sua história seria igual a de todas as histórias das crianças normais da sua terra, não fossem as terríveis vicissitudes que o drama da vida lhe impôs.
Aos 6 anos de idade, Teresinha viu a sua mãe, Dona Alminda Vaz, a ser raptada por 3 homens encarapuçados. Investigações policiais ainda não descobriram os verdadeiros motivos do rapto.
Impressionada pelo fulminante rapto de sua mãe, Teresinha correu para a ajudar, mas os bandidos já tinham atado sua mãe ao atrelado da sua Sachs, e começavam agora a sua frenética corrida a 40 km/hora.
atrelado no qual a mãe de Teresa Vaz foi transportada até à fronteira espanhola
Já no hospital, a necessidade de amputação do braço esquerdo e das duas pernas era vital.
"Aquele braço parecia daquelas cenas holandesas de fazer coisinhas de papel, como se chamam? Origami."comentou um aluno de Medicina formado no hospital de S. João do Porto.
Infelizmente para Teresinha, os médicos que a trataram eram recém-formados, e amputaram-lhe o braço errado, coisa que notaram com aparente escândalo após a operação.
Reduzida a tronco e cabeça, Teresinha teve ainda de suportar o facto de ter apanhado sarampo, devido às más condições de isolamento do seu quarto.
A sociedade portuguesa, na sua infinita piedade, já tomou a seu cargo o caso de Teresa Vaz. A TVI organisou um mega concurso de dança, com efeitos de beneficiência, cujas receitas reverteriam para a família de Teresinha. Na final do concurso Manuel Luís Goucha ofereceu-se para dançar o mambo com a menina.
Correu tudo muito bem, até M.L.G. se ter distraído com um empregado loiro e alto que servia o caviar, e largado a menina durante uma intrincada pirueta. Teresinha Vaz performou então um voo fenomenal,("grande bailarina teria sido" murmurou-se nas bancadas) e foi parar 13 metros à frente, na secção mariscos, onde foi atacada por uma lagosta.
O Drama da Teresinha, como se lhe chama, é atentamente seguido por este blogue, que resolve agora prestar o seu auxílio. Ajudem-nos a angariar dinheiro para pagar uma operação em Cuba, para desembaraçar a lagosta das orelhas de Teresa Vaz. Passem o link deste blogue a vossos amigos, e comentem. Por cada 100 comentários, um cêntimo reverterá para a nossa angariação.
Obrigado.
sábado, 25 de agosto de 2007
patriotismo sóbrio
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
encontrado o correspondente espacial do cérebro da Cinha Jardim
Descoberto enorme buraco no Universo
Um grupo de astrónomos da universidade de Minnesota descobriu um enorme buraco no Universo onde não há nem matéria normal, como estrelas e galáxias, nem a misteriosa «matéria escura».«Nunca tinha sido encontrado um buraco tão grande e também não esperávamos a descoberta», afirmou Lawrence Rudnick, da Universidade de Minnesota.
Segundo refere o Diário Digital, os astrónomos sabem há anos que o Universo tem buracos nos quais praticamente não há matéria, mas a maioria é muito menor que o que foi agora descoberto.
terça-feira, 14 de agosto de 2007
e como hoje é o aniversário de Aljubarrota
PIB espanhol abrandou no segundo trimestre
PIB nacional cresce 1,6%
e tiveram de ser obrigados
Profissionais de saúde do Hospital S. João, no Porto, obrigados a desinfectar as mãos
O Hospital de S. João, no Porto, eliminou 30 por cento das infecções hospitalares nos dois últimos anos. O resultado foi conseguido depois da obrigatoriedade de todos os profissionais de saúde e funcionários desinfectarem as mãos."
Entre 2005 e 2007 as infecções no hospital de S. João, no Porto, diminuíram 30 por cento e para isso muito contribuiu a desinfecção das mãos a que todos os profissionais de saúde são agora obrigados após todos os actos que praticam. "
Engraçado não é?Aposto que é coincidência... Mãos desinfectadas e infecções hospitalares é coisa que não liga lá muito bem... Parece-me, no entanto, uma medida algo inovadora, eu nunca teria pensado nisso.
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
vou de férias
terça-feira, 31 de julho de 2007
sir, yes sir!
Ora aí têm um bom exemplo.
"Portugal ocupa o 48º lugar da lista mundial de países no que diz respeito a orçamentos para a defesa, segundo os dados avançados este ano pelo Centro para o Controlo de Armas e não Proliferação dos Estados Unidos." (hurra!)
A necessidade de atirar ao ar algo como "que imbecis, porque gastam tanto num país tão insignificante do ponto de vista militar, não percebo, arre, que fúria" é praticamente instintivo no comum português. No entanto, se há tarefa nacional em que cada um de nós se devia comprometer seriamente é na propagação do método "pensar duas vezes antes de falar", e caso surgisse alguém a incentivar essa campanha, eu rapidamente iria providenciar a minha palmadinha nas costas.
Então, o que é que pode tar a acontecer?
"O Ministério da Defesa procura basear os seus fundos na venda de material de guerra desnecessário ou ultrapassado"
Ora, é óbvio, o orçamento da defesa baseia-se na venda de material de guerra, pensei eu, após seguir o método anteriormente referido. É elementar.
Até que li o seguimento do excerto.
"Segundo o Diário de Notícias, o esforço do Ministério da Defesa em aumentar o orçamento com recurso à venda de material de guerra não alterou a situação"
Sinceramente, o que é preciso é uma campanha que incentive o método "ler tudo até ao fim antes de falar".
Mas vejamos porque é que, citando o Diário de Notícias, isto de "aumentar o orçamento com recurso à venda de material de guerra não alterou a situação". (citação inútil, acrescento)
"(...)no sentido em que os helicópteros Puma continuam guardados,(...)"
é claro, os velhos pumas da guerra colonial. Ah, pois era. Mas isso não será a protecção de espólio de tempos passados? Aposto que há imensos veteranos que adoram ir aos armazéns das Forças Armadas ver essas carracas velhas, onde passaram os melhores tempos das suas férias em África, a transportar feridos ou a ser transportados.
"os caças F-16 dependem de autorização prévia dos Estados Unidos,"
pois, para vender caças, temos de pedir aos EUA. Para vender. A quem quer que seja. Os nossos caças, não estão em leasing, nem emprestados. Temos de pedir aos EUA para vender algo que é nosso, porque eles controlam a proliferação de armas. Há algo que me está a escapar.
" e a venda das fragatas João Belo ao Uruguai, por cerca de 13 milhões de euros, foi vetada no passado mês de Junho pelo Ministério das Finanças de Montevideu."
Sim, a opção é vender as nossas velharias ao uruguaios. Eles caiem sempre. Só que desta vez, não.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
tubarão turista
Declarações dos pescadores à imprensa: "A gente bem desconfiou de ver um bacalhau tão grande" afirma Nikolai, comandante do barco, "principalmente depois do bacalhau ter devorado uma perna ao Igor ."
"Foi um pouco doloroso," afirma Igor, o pescador mutilado, "principalmente no que toca à parte da trincadela. Mas quem sabe,Igor ouvir falar que companhia de gelados Olá quer fazer um contrato com Igor para promover gelado especifico."
terça-feira, 24 de julho de 2007
sexta-feira, 20 de julho de 2007
tráfego de orgãos
e de maneiras que ele tá num bonito sarilho
tipodonicksemespaços diz:
pois...
desirée master diz:
isto só lá vai com um rapto
tipodonicksemespaços diz:
mesmo. e brainwashing
desirée master diz:
mesmo, a ver se a vida do gajo vai pá frente
tipodonicksemespaços diz:
ya, e depois, para cobrir as despesas do rapto, vendemos um dos rins dele
desirée master diz:
és genial, páh!
tipodonicksemespaços diz:
ya
terça-feira, 10 de julho de 2007
heresias
sexta-feira, 6 de julho de 2007
mehr licht, bitte!
50% da população norte-americana sabe da existência de uma França na Europa?
omne tulit punctum (ou nem tanto)
diáologo
amanha dás-me boleia?
eu diz:
okai
gajo da net diz:
sabes o que é um falconete?
eu diz:
um falcão júnior?
gajo da net diz:
não...
gajo da net diz:
e falcónidas, sabes o que são aves falcónidas?
eu diz:
não pah
gajo da net diz:
e uma falda, sabes?
eu diz:
pára de ver palavras pelo dicionário, eu sei que não sabes isso
gajo da net diz:
porra, como sabes?
eu diz:
por que estão por ordem alfabética, nem te deste ao trabalho de procurar em páginas diferentes
gajo da net diz:
...
gajo da net diz:
amanha dás-me boleia?
eu diz:
agora já não
quarta-feira, 4 de julho de 2007
finally we get some peace
Tenho a impressão que os britânicos vão dormir muito mais descansados esta noite.
domingo, 1 de julho de 2007
He or She?
Pessoalmente sempre foi algo que me afligiu até ao âmago da mais íntima aflição, o simples e fugaz erro de, acidentalmente, por exemplo, pensar que lá por aquela criatura que serve bagaço num tasco qualquer, à beira da junta da minha freguesia, apenas pelo facto de ser surpreendentemente mal parecida, não possa obrigatoriamente ser mulher. É frustrante, realmente frustrante, se pensarmos que a grande maioria de serventes de bagaço em tascos são mulheres. Ora tudo indica que aquele ser tão repelente na sua vertente feminina, seja por isso uma mulher. Ah, desenganam-se os positivistas! Nem a mais clara racionalidade pôde absolver-me deste sentimento de culpa por manter a minha dúvida sobre a tal identidade sexual daquele Ser. Aquilo que eu pensei nomear de factor vox traiu-me mordazmente, quando o destino fez-me passar pela suposta senhora na rua, após a humilhante e inapropriada tarefa imposta a um sujeito intelectualmente desportivo como eu de "ir comprar pão e ovos", tanto que ia aborrecidíssimo de saca na mão com os tais bens alimentares, e "ela" decidiu lançar-me um viril e masculino "tudo bem?". Apanhado "desprevenido" pela simpatia daquela voz poderosa, esforcei-me para retribuir com um portentoso "Olá Sra. ..." que de indeciso saiu-me "frouxo", digo, frouxo. Longe da vista da até agora "Senhora do Tasco", que se afastou pesarosamente depois do meu amaricado cumprimento, talvez "ela/ele" com dúvidas não àcerca da minha identidade mas sim da minha heterossexualidade, fui acometido de uma quase divinal necessidade de proceder com o meu dever de cidadão, e não parar até descobrir se aquele pedaço de ambulante humanidade era Homem ou Mulher. Tal foi o ímpeto de descoberta, que corri pelas ruas da minha localidade, tão cheio desta energia, desta iluminação e apego pela pesquisa e pela indagação, quem sabe talvez inspirado por certas divindades que me tomaram sobre sua protecção.
Ao chegar a casa, os efeitos desta triunfal corrida foram sentidos na enorme desilusão de me deparar com os ovos feitos em pedaços e misturados com os pãezinhos. Na confusão da corrida haviam-se partido. Fiquei desolado, mal começara a minha investigação, já tinha sangue, neste caso claras de ovos, nas minhas mãos, e devido à pegajosidade daquele material, pela torneira e banca da cozinha. E os pãezinhos, lamento dizê-lo, arruinados ficaram.
Após as exéquias daquele que poderia ter sido um óptimo almoço, agora deitado pelo balde do lixo abaixo à espera do seu brutal fim, decidi entregar-me de corpo e alma à minha nova luta. Comecei por executar vários e camuflados inquéritos, tanto a familiares como aos poucos vizinhos com quem me dou ao desplante de me dar. Um dos métodos passava por esta inteligente pergunta, tão matreira que todos os meus inquiridos caíram sorrateiramente nela "Desculpe, como se chama a ... a pessoa da tasca ali perto da junta?" ao que uma larga maioria respondia "A pessoa? Então agora pergunta-se assim pelas... pessoas?" ao que eu rectificava "Sim, sabe... a que atende lá na tasca ao pé da junta, como se chama essa... pessoa? A ... pessoa com a voz muito grossa, sabe?..." "Ah! Ó rapaz, tu muito tens dessas manias tuas, não é? Até vai ali a passar... Ó Ferreira, anda cá Ó Ferreira!" "Não, não tem de o chamar, diga-me só quem é, como se chama a tal pessoa de apelido Ferreira" "Mas já te disse, rapaz, é ...( e agora viria o momento da verdade, em que o uso de uma preposição "o" ou "a" permitir-me-ia definir a masculinidade ou feminilidade da entidade Ferreira)... é... Ó Ferreira, anda cá que o rapaz não pára de me perguntar sobre ti, pá!". Das seis vezes que isto me aconteceu fiquei ali, embasbacado em frente àquele enorme baobá Ferreira, apenas para lhe perguntar se as coisas com o seu primo que estava a viver na França estavam bem. Cedo começaram a correr rumores na vila sobre o meu súbito interesse pelo primo de "Ó Ferreira", entre os quais o eterno, clássico e tão rural problema de umas partilhas de terra "que o Juvenal (o nome do primo) herdou da tia Cacilda de Medregós de Baixo", e que por via de uma bisavó, deviam pertencer a mim(é incrível como a genealogia torna-se uma ciência popular nestes meios agrícolas). Outra mais sinistra pendia por causa da compra de um burro que o Juvenal efectuara, burro esse que teria defecado à minha porta, e o medo de represálias teria levado o Juvenal a emigrar forçadamente, ou fugir, para a França.Desconheço totalmente este caso, nem acho que alguma vez me aconteceu defecarem-me à porta. A verdade é que o primo Juvenal, que vinha passar estas férias a Portugal, foi discretamente avisado pela mãe para não vir, porque "te matam Juvenal, a ti mais o burro!".
Eu sou definitivamente gente de cidade, e mal podia sequer imaginar as consequências dos meus inquéritos. Receoso que as coisas entrassem pela via das queixas jurídicas, ou mesmo um assassínio a sangue frio, resolvi deixar cair por terra os meus planos de busca por objectos de higiene pessoal do suspeito Ferreira. Mais tarde nessa semana, ouvi dizer que a família do Juvenal estava a planear vender todas as suas propriedades lá para os lados de Baguncelos, e enviaram-me a sobrinha preferida da mãe do tal emigrante para vir parlamentar comigo. Recebi a ansiosa proposta monetária em troca da garantia de deixar o primo Juvenal e a prima Ferreira em paz e sossego. Ora ai estava! A prima afinal de contas era "uma" prima, e chamava-se Clotilde Ferreira, ao que me pude aperceber. Estranhada com os meu pulos de felicidade após desfecho de tão insólito caso, a sobrinha pediu-me para eu misericordiosamente permitir-lhe voltar a casa, sem qualquer tipo de estropiação corporal ou ofensas à sua honra. "Óh rapariga, vai à tasca da Junta e chama-me a tua prima! Eu esclareço isto tudo já" Clotilde entrou pela minha porta, a tremer que nem varas verdes em dia de apanha, e contei-lhe que podia atravessar a serra do Pedrolho em direcção à casa da sua tia, e dizer-lhe que não há perigo nenhum, tudo se tratava de umas perguntas que eu fizera por um suposto interesse inofensivo nela, não no primo Juvenal. A menina Ferreira ficou tão lisonjeada com este elogio, tão precioso entre os raros que os seus atributos físicos considerados pela cruel sociedade pouco atraentes lhe permitiram receber, que perguntou logo toda familiarizada qual era o motivo das minhas perguntas sobre ela "É que eu queria saber se a menina Clotilde era Homem ou Mulh... Clotilde, baixe essa cadeira, Clotilde é uma cadeira cara, Clotilde não, nããããão!" Nesse mesmo dia a Sra. Ferreira partiu-me toda a minha colecção de Cds do David Bowie, pérolas perdidas para sempre. Mais estragos causou-me aquela mulher peluda que qualquer ex. É claro que é escusado dizer que fiz uma chamada anónima ao primo Juvenal, e ele só se atreve agora a vir cá passar férias durante os últimos três dias da Páscoa e escondido no porta bagagens. E o burro fica em França.
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Batuques Intelectuais
yo
gajo da net diz:
yoyo
eu diz:
já viste?
gajo da net diz:
não
eu diz:
então desculpa
eu diz:
(posso publicar esta conversa no meu blog?)
gajo da net diz:
tás desculpado
gajo da net diz:
podes
gajo da net diz:
ah desculpa
gajo da net diz:
(podes)
terça-feira, 12 de junho de 2007
Spam, spam, spam, spam
Esta pérola do humor britânico é parte integrante do programa "Flying Circus" dos Monty Python.
O que é mais "pythonesco" no sketch é o facto dos créditos estarem "recheados" de spam, e pela"silliness" própria dos criadores de "Flying Circus" ao incluírem a presença de Vikings no cenário, a cantar "Spam, spam, spam, spam...What a wonderful thing!"
E digam lá se as legendazinhas não estão jeitosas...
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Verdadeiro Método de estudar IIII
Verdadeiro Método de estudar
Aproximam-se os exames. Teste de Português hoje com a matéria toda. Não há justificação para não estar a estudar. Se há coisa que eu adoro ver é trabalho. Só de olhar para ele apetece-me tirar-lhe fotografias.
(para os observadores mais distraidos, está um livro de exames de Língua Portuguesa à direita daquela pen-drive, à esquerda daquele bâton para o cieiro, atrás do monitor e mesmo na beirinha da minha secretária)
segunda-feira, 21 de maio de 2007
domingo, 20 de maio de 2007
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Batuques
Estou no café Damira, em Ermesinde.
Tomo uma Cola, bebida oficial dos liberais, e dois bons croissants, magistralmente preparados, quentinhos como só os anjos sabem aquecer, com o seu angélico modo de usar o forno. A Damira é, na minha opinião, a última porta do paraíso na Terra, e abrem-na sempre que me fazem croissants. Estou sozinho, já tomei café noutro sítio qualquer, a namorada está ocupada no trabalho, os amigos estão terrivelmente aborrecedores, ou eu terrivelmente aborrecido, e a única coisa que me une ao mundano é, entre a Coca-Cola de conotações políticas e o croissant celestial, este caderno de História.
Escrevinho umas coisas nas últimas páginas...surge, começo a escrever à séria. Ora vejamos...acontecimentos da semana: França, Lisboa, Madeleine, estou a ler o "Three men in a boat", rio-me porque me lembro do livro, a senhora que toma café ao meu lado muda de mesa, assustada, eu coro e volto às letras.
A França, pátria da liberdade e de coiso, igualdade, fraternidade e viaturas carbonizadas, protesta contra Sarkozy, a juventude sempre prefere a esquerda, e esta prefere Ségolène, Ségolène não se sabe o que prefere, talvez lá lhe queimem a viatura e lhe surjam algumas ideias. Tão habituada está a polícia francesa, já tinha disposto baldes de água perto de cada parque de estacionamento em Paris, e tão espertos são os jovens franceses, que decidiram incendiar as lojas da cidade, e atirar os baldes para cima da polícia. Entraram três raparigas no café. Ui, parecem do tipo tagarela. E vieram logo sentar-se aqui perto.
Enfim, mas Sarkozy mete-as na ordem, não às três raparigas, às juventudes da França, e lá elegeu o seu ministrozeco, Monsieur qualquer coisa em francês. Averiguo o nome depois, quando postar o texto, penso. As miúdas falam de uma amiga, que engana um tal de Miguel com um tal de Pedro, e vice-versa. Talvez eu consiga fazer com que falem mais baixo agora que estou prestes a fazer um som gutural com a garganta, enquanto aceno com o livro, como quem diz, olhem que está gente aqui no café a querer escrever, ok?, ok, ai vai então. Humhum. Humhum.Huhuhum. Nada. Nem sequer olharam. Vem o empregado perguntar-me se quero uma pastilha para a tosse. Não, obrigado, está tudo bem. Coro mais uma vez. Parece que a tal rapariga que engana os dois se queixa de ser virgem, ainda, necessita talvez de um terceiro, porque só dois mostra ser pouco. A coisa de chegarem mais rapidamente à maturidade só leva às mulheres a dizer disparates mais cedo que os homens. Falando em oferecidas e rejeitadas, Lisboa está bem pior. Parece que ninguém quer aquele buraco, principalmente depois daquela história do túnel, que veio a trazer-lhe muita má fama. Ouvi dizer que alguns partidos se viram tão aflitos para achar candidatos para a câmara, que o PSD teve de efectuar buscas nas casas dos seus militantes, e aqueles que não foram a tempo de se barricar nas casas de banho, de se fechar em caves, sótãos e bunkers, só tinham uma opção, ou Lisboa ou o chicote de pontas, e recusaram-se a ser misericordiosos e dar-lhes com o chicote de pontas.
Dizem agora as três miúdas que não são virgens. Felizmente fazem-no alto suficiente para que a senhora do café que fugiu à pouco da minha beira possa ouvir descaradamente a conversa.
De Madeleine nem fogo de vista, nem fumo, nem Miguéis nem Pedros, que andam perdidos como a tal miúda.
Como não a encontraram ainda ultrapassa-me, já vi tantas vezes a sua foto nos meios de comunicação e naqueles que se colam nas paredes, que já a identificava mais depressa que a minha própria irmã, caso a perdesse.
Parece que o Miguel visitou o hi5 da tipa, que é Ana, ou Catarina, ou as duas, e descobriu que existe um Pedro na vida da sua delicada amada, e parece não estar muito contente. A ciumeira nos homens sempre me pareceu coisa efeminada. Claramente essa tal de Ana, ou Catarina, ou as duas, acha-se nascida para ser partilhada. Eu, pessoalmente, acho-a nascida para ser um pouco pêga.
Eu não estou interessado, eu nunca quis estar interessado, acaba o texto, deixa as galinhas do lado.
Enfim, para resumir, França está a normalizar-se e isso, Sarkozy nomeou aquele ciumento do Miguel para ministro do hi5 da Ana, ou Catarina, ou as duas, arre porra que já cansa a piada, que parece ser todo provocador e resolve tomar como prioridade o assunto da virgindade da Turquia, que parece que mandou uma mensagem à outra, a segunda das três, que é muito amiga dela e já perdeu a sua Madeleine, assim como as outras duas.
Como as raparigas são capazes de prestar atenção a estas coisas, ultrapassa-me.
Vou pagar a conta, já não há paz para escrever.
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Aparentemente, quase escolhi a IIIº Via...
#1 You are a social democrat. Like other socialists, you believe in a more economically equal society - but you have jettisoned any belief in the idea of the planned economy. You believe in a mixed economy, where the state provides certain key services and where the productivity of the market is harnessed for the good of society as a whole. Many social democrats are hard to distinguish from social liberals, and they share a tolerant social outlook.
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#2 You adhere to the Third Way. The Third Way is a fairly nebulous concept, but it rests on the idea of combining economic efficiency - i.e. a market economy with some intervention - with social responsibility. The focus is emphatically on the community as a whole, and not necessarily equality per se. Adherents of the Third Way range from moderate to conservative in their social views, and have recently been willing to take a "tough" line on a range of social issues.
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#3 You are an ecologist or green. You believe that the single greatest challenge of our time is the threat to our natural environment, and you feel that radical action must be taken to protect it - whether in the enlightened self-interest of humanity (in the tradition of 'shallow ecologism') or, more radically, from the perspective of the ecosystem as a whole, without treating humans as the central species (deep ecologism).
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#4 You are a social liberal. Like all liberals, you believe in individual freedom as a central objective - but you believe that lack of economic opportunity, education, healthcare etc. can be just as damaging to liberty as can an oppressive state. As a result, social liberals are generally the most outspoken defenders of human rights and civil liberties, and combine this with support for a mixed economy, with an enabling state providing public services to ensure that people's social rights as well as their civil liberties are upheld.
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#5 You are a Christian democrat - or, in the UK, a "One Nation conservative"; in other words, although you share the usual conservative belief in stability and duty, you believe that such duties include a responsibility on the part of the better-off to help those who are less fortunate. You will be socially conservative, but in favour of a mixed economy where the state does have a role in providing public services. Christian democracy arose after World War II, succeeding more doctrinaire Catholic parties dating from the 1870s.
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Em 9º ficam as minhas inclinações fascistas, e nos últimos lugares (11º e 12º) o comunismo e o anarco-comunismo. Se quiserem fazer o teste vão a
http://www.selectsmart.com/FREE/select.php?client=polphil
segunda-feira, 7 de maio de 2007
A Semana em que o Mundo mudou
Mas os acontecimentos desta semana foram espectacularmente alucinantes, errr, foram assim giros.
Por exemplo, França: Joana D´Arc perdeu as eleições, ups, digo, a Sigólenas, deveras muito bela senhora, não que se queira discriminar a mulher na politica apenas usando como referência a sua aparência física, mas Ségolène, politicamente, só tem como atributos a sua aparência física. Foi o discurso mais vazio desde o presindente da nossa República no 25 de Abril. Assim, a França sai de um período de decadência e degradação, de falta de identidade nacional berrante e défice de inovadorismo económico e produtivo, sobre a alçada de Chirac, para entrar noutro completamente igual, só que desta vez com Sarkozy no poder. E é justo ser assim mau pa nova cena política francesa, não podemos no entanto decorrer em grandes exageros, pelo pouco que pude ver, a França está a par de uma geração nova de políticos mais que capaz de a renovar, a bem ou mal.
O caso da Turquia ainda é mais extraordinário, pois este extraordinário país tem agora duas soluções no seu caminho : ou tornar-se uma democracia islâmica, debaixo do governo daqueles fofinhos do APK, maior partido turco, ou enveredar pela ditadura militar laica, e ainda dizem que por aqui é que se fazem as coisas tortas, olhem para os turcos e verão a maior contrariedade do século, onde já se viu militares a lutar pela laicidade, a verdade é que a Turquia quer afirmar-se como um País europeu, é um país europeu, e enquanto não o aceitarmos como tal, está muito propício a cair nas garras de um mundo islâmico enraivecido contra o Ocidente, grande problema porque se o Ocidente não fôssemos nós, seria o problema de outros.
No entanto, a tabela de extraordinariedade continua bem portuguesa, porque numa semana, a 2º televisão privada deixa de ser privada, para ser privada mas com um política governamental de "és livre mas pelo sim pelo não nós temos um tipo dos nossos ,sem experiência mas olha, a inspeccionar isto". Venham daí e digam, se não é na Turquia, ou mesmo na decadente França, que se está melhor...
Solução passa pelo vinho... em bebê-lo, não em exportá-lo.
Franz Ferdinand - Drinking Wine In The Afternoon
terça-feira, 1 de maio de 2007
O Dia em que Hemingway Tentou Destruir-me
Certos dias acordam-nos enervados. Lá serão coisas "deles".
Este dia foi um "daqueles". Dizem que um rigor sobre a nossa psicologia pode prevenir essas maleitas, o chamado "dia em que somos picados por ácaros", mas eu já não acredito em psicólogos, tentem dizer isso a uma mulher sensata, ela responde-vos com uma gigantesca palavra-pista "TPM" e vocês compreendem logo, se não compreendem não perguntem, não fossem os homens tão burros e pensavam bem menos, e não proibiam de pensar as mulheres, em certos países.
Acordei com um estômago em desalento, e qualquer sinal de vida terrestre era suficente para tornar a minha alegre existência num ataque de pânico destrutivo. Não sei sequer como saí da cama sem sequer destruir, lá está, o relógio electrónico, qual fúria assassina imparável.
Resolvi praticar auto-terapia, que já que estudo psicologia posso fazer a minha, e abri um livro. Estava à mão a televisão, o computador, a aparelhagem, o mp3, até o discman, sim, eu tenho um discman ainda, incapaz de funcionar por se encontrar em avançado estado de fossilização, o iPod, e podia, que acho que alguém cá em casa tem, mas não quis. Hoje de manhã, tudo o que fosse invenção do século XX pareceu-me estridentemente pervertido e diabólico, vade retro ò satanás, coisas a pilhas e baterias, xuu, escomungo-vos. Até amanhã, sim?
Abri assim um livro, e resolvi começar a ler Hemingway, uma compilação de contos intitulada "As neves de Kilimanjaro", considerada por muitos críticos como uma das obras da literatura moderna.
Hemingway é um bom escritor. Mas não bom suficiente para escapar ao meu enegrecido sentido de humor.
Ao longo da sua fantástica vida o escritor combateu nas duas grandes guerras, toureou em Espanha, foi toureado por Espanha quando os locais fartaram-se, e os touros, prendeu nazis, libertou a cidade de Paris, fez safaris em África, claro, onde mais podia ser, e matou leões, elefantes, girafas, veados, leopardos, ou eram chitas, tinham pintas, dois negros da tribo Masai que estavam no lugar errado à hora errada, ameaçou a mulher com uma caçadeira, "voltas a chamar-me de bêbado e encho-te de chumbo, tás a ouvir", e ela não ouviu e voltou a chamar e ele resolveu atingir o lavatório, bichos danados esses, não sem antes alarmar a gerência e a segurança, que nunca tinham visto alguém caçar um lavatório daquela forma, mesmo estando bêbado, coisas que África nos ensina.
Impressionante fazer notar que Hemingway é que chegava a fazer muitas destas coisas num só dia, excepto Paris e o lavatório, tanto que não se libertam Parises por aí à mão de semear, nem os há assim lavatórios, enquanto não se disparou sobre a mulher foi o Deus-dará.
As suas personagens, principalmente as principais, os heróis, os que possuem bonitas mulheres ou que montam em touros, esquisita esta fixação de Hemingway por touros, são todos uma cópia psicológica e física do maior herói do escritor: ele próprio. Modestamente, revestia os seus personagens de nomes e nacionalidades diferentes da sua, mas todos sabem que eles são ele, ou que ele era eles, e ele não o escondia, estava mais que subentendido. Dessa maneira, Hemingway envolveu-se com as divas do seu tempo, Pauline Pfeiffer, avó da nossa Michelle Pfeiffer, Hadley Richardson, Sister von Kurowsky e ainda tentou abordar a mulher do amigo Scott Fitzgerald, chiça que ao homem nem as galinhas escapam, azar o dele que esta última, de nome Zelda, achava-o um emproado machista e homofóbico, e acusava-o de partilhar intimidades com certas partes de Scott, que ele, de facto, tinha.
E pronto. Agora se procurarem coisas sobre Hemingway, digam que o conhecem.
A mim, irritou-me. Emproado de merda.
domingo, 29 de abril de 2007
Fácil de definir
O IIIº Anónimo não se prende a nenhum estilo específico, nem espera-se dele apenas uma espécie de tiragem.
Antes pelo contrário, estou ciente que o seu objectivo é o de um espaço social, de troca de ideias, do tratamento de uma catadupa de assuntos, tendo na referência da Assembleia da República algo a não seguir como referência. Comentários são todos aceites, excepto Spam e as tais pílulazinhas de pau de Cabinda anteriormente referidas, não se pede também o respeito pela profissão dos vendedores blogosferistas, mas em terra de mau génio, burros à porta.
A verdade é que o comum blog tem tão pouco que se lhe diga, dando a imagem alguns de serem tão vazios como, sei lá, a cabeça de certos e desconhecidos lideres partidários, cuja identidade permanecerá anónima pelo respeito tanto da ordem pública, bem como pelos partidários do seu secretariado no partido de maior importância da oposição.
Não desejo chatear ninguém com as vicissitudes do meu dia-a-dia, nem andar com mariquices do Alto para a Baixa, porque não vá o Diabo tecê-las e vão mesmo ler os posts. Ou as postas.
Aproveito para descansar as pessoas que eram barbaramente obrigadas a comentar, engraçado que o computador diz-me que barbaramente não tem assento, ou acento, sente-se ela onde quiser, eu obedeço porque os computadores não erram, e sentam-se onde lhes dissermos, e estava na dúvida se eu queria dizer barbaramente ou a afirmar que havia alguma Bárbara a mentir. A Beleza das Palavras, acompanhada do AutoCorrect.
Enfim, comentadores dantes persuadidos, não faz diferença que o façam, até acho que me põem frustrado. Agora desatem a comentar à brutalhada, que eu adivinho quem vocês são.
Agora abrindo o espaço cultural, apresento aos poucos que ainda não sabem a banda indie do momento, e acrescento que este deve ser o grande álbum de 2006, enquanto estes não voltam a Portugal não dormem descansados. Os Cansei de Ser Sexy. Também eu...
sábado, 28 de abril de 2007
Sol lucet omnibus
Admiro a blogosfera. Esta não é a minha primeira aventura neste mundo, e não será a última. Admiro quem escreve bons blogs, e sou um entusiasta no que troca à troca de ideias. Horas e horas de reflexão, textos, estudos e opiniões, bicas de café mal tiradas, um fervilhar constante de teclas premidas na busca incessante da expressão, loucura, tontice, a verdade é que ficar calado é que é ser bacoco.
Procurar alguém cuja opinião difira, compreenda ou concorde com os nossos pontos de vista, ver caixas de comentário cheias de... Spam e anúncios a medicamentos capazes de aumentar a nossa performance sexual em 50%, ou empréstimos fabulosos de 5000 euros a juros de apenas 12%, apostas na Bolsa de Pequim seguríssimas que nos assegurarão um futuro risonho a cativar meninas de 16 aninhos no Cambodja, que coisa é esta, que se não fôssemos tão sortudos estas dicas iam calhar a outros blogs, e assim descobre-se que quem faz estas coisas pensa que somos todos burros, e afinal somos mas só alguns.
Procurei algo que alienasse o O IIIº Anónimo dos restantes blogs, e personalizei-o, sim , mas sem a mínima intenção de exagerar nas pieguices, ser picuinhas não é atributo meu, e manter os bons-sensos activados. Espero que o visual do blog esteja agradável, fácil de gostar, como aqueles cafézinhos prazenteiros de que ninguém se lembra, mas que nos dão a ideia de bons tempos em que podíamos ir tomar alguma coisa sem ser invadidos por uma imensa multidão de luzes e cores pós-ultra-modernistas nos pseudo-cafés que singram na Subúrbia. Vá lá, espero ter conseguido.
O sol brilha para todos. E com a tradução do lema, termina-se a apresentação deste doce estabelecimento, e a sua primeira pedra fundadora lançada...