Bacelar Gouveia, conhecido constitucionalista, propôs há dias, no Público, um referendo para aprovar a introdução do casamento gay no nosso ordenamento jurídico.
A discussão há volta deste assunto, na sociedade, tem sido acesa e perturbante.
Como tudo em Portugal, o nível da discussão pereceu na sarjeta, e os principais protagonistas tornaram-se os eminentes académicos em conversa de café.
Como tal, temos a escumalha da terra a debater este assunto. Desde homofóbicos a revolucionários, todos hostis à moderação e à estabilidade da ordem social e jurídica.
Parecem mais preocupados na defesa das cores partidárias e os seus sectarismos do que a discutir a harmonia da Lei com os actuais hábitos e costumes dos cidadãos. Entre reaças e socialistas, o Páis sente, nestas horas, a falta dos moderados, que nas questões sociais nem nos partidos do Centrão se encontram.
Penso que a validade de um referendo que discutisse tal pormenor da vida privada de uma pessoa teria o mesmo carácter introsivo que outro qualquer que tivesse como tema, por exemplo, uma questão ligada ao direito à vida.
Já existiu essa violenta intervenção, democrática na sua tirania, e eu não concordei com ela.
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