terça-feira, 10 de novembro de 2009

The End of The Capitalist Wall




Francisco Louçã brinda o feliz povo socialista com a sua arte de oratória

"O líder do Bloco de Esquerda comparou esta terça-feira as perdas verificadas na bolsa nova-iorquina à «queda do muro de Berlim do capitalismo», considerando inaceitável que se gastem «700 mil milhões de dólares para proteger os accionistas de orgias despesistas».
«A queda de Wall Street é a queda do muro de Berlim do capitalismo», afirmou o líder do BE, Francisco Louçã, em declarações aos jornalistas no final de um encontro com a CGTP, na sede dos bloquistas, diz a «Lusa»."

Vale a pena recordar as palavras dos outros, neste caso as de Rui Botelho Rodrigues:

"Com o devido respeito, a teoria é lorpa. Se o crash fosse sinal de uma ruína eminente, seria da filosofia intervencionista que criou a bolha com crédito fácil e tenta ainda insuflá-la com a mesma ferramenta. Mas ainda que o crash fosse o resultado de um mercado desregulado e sem intervenções, continua a ser incomparável: o crash de 29, as recessões de 70 e 80 e o novo crash de 99 poderiam ser igualmente comparados à queda do muro e no entanto este sistema a que esta gente chama capitalismo «neoliberal» não colapsou de vez; pelo contrário, as intervenções continuaram e, hoje, aumentam a uma velocidade perigosa."

Vale a pena também enquadrar o leitor nos factos acima mencionado.

É quase total o desconhecimento racional e científico, em Portugal, do verdadeiro cenário político americano do século XX.
Se o Estado Providência ainda não existia na sua total hegemonia, o Estado Banqueiro, o Estado Devedor e o Estado do Crédito Facilitado, versões soft core do suposto neoliberalismo português do PS e PSD de Cavaco, eram as posições dominantes dos economistas americanos.

De tal forma isto é verdade, que um dos maiores críticos da economia da época foi um famoso economista liberal, Ludwig von Mises, que previu a longo prazo a queda de Wall Street e a sua bolha especulativa criada pela expensão de crédito criada pelo Governo.

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