A julgar pelos frequentes casos escandalosos de abuso de autoridade, corrupção (inclusive moral), e o estado do diálogo político parlamentar nos últimos 15 anos, parece-me muito provável que num curto prazo de tempo, (possivelmente mais curto do que se possa imaginar), Portugal chegará ao culminar histórico do presente regime, a IIIª República.
A decadência da classe política, o crescimento do esquerdismo progressista e radical, o permanente colocar em causa das instituições democráticas e liberais no panorama político e jurídico, o desaparecimento da opinião pública em substituição de uma maior resignação, são os indícios sintomatológicos da queda inevitável.
Então, nesses conturbados tempos do que estará para vir, e com a capacidade de regeneração da nossa sociedade e da nossa democracia cada vez menor, as grandes facções políticas em Portugal dividir-se-ão entre os defensores de uma mudança, e os conservadores do modelo actual do semipresidencialismo.
Estará à vista, do primeiro lado, uma 4ª República, de carácter presidencialista, ou uma 5ª Dinastia, de carácter parlamentarista.
Apesar da minha natural simpatia pela segunda opção, o Estado democrático Monárquico só é possível num ambiente civilizacional elevadíssimo, sustentado por uma classe política empenhada e séria.
Homens e mulheres como esses, após o fim da IIIª República, serão escassos.
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