Diz assim o seguinte comunicado:
"Na sequência da carta enviada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior [...] repudiando de forma veemente a prática das
praxes académicas infligidas aos estudantes que ingressam no Ensino
Superior, e dando conta da intenção de responsabilizar civil e
criminalmente, por acção e por omissão, os órgãos próprios da
instituição sempre que se demonstre a existência de práticas ofensivas
para os estudantes, fica decidido:
1) Não reconhecer legitimidade a qualquer auto-denominada comissão de
praxe, proibindo as actividades que neste momento lhes estão associadas nos campi [...];
2) Proibir a prática de praxes académicas nos campi [...], qualquer que seja a forma como são organizadas.
Qualquer violação a esta directiva deverá ser comunicada ao Conselho
Directivo da Escola, que agirá em conformidade, não estando excluída a possibilidade de abertura de um processo disciplinar ao(s) elemento(s) prevaricadore(s)."
Esta decisão do Instituto, e a carta do Ministro da Educação parecem-me absurdas e castradoras. O Ensino Superior tem capacidade e o dever de possuir alguma autonomia, e apadrinhar as organizações estudantis, acolhê-las e responsabilizar-se por elas, sempre que elas o peçam ou o requeiram. Faz parte de um elo Estudantes-Administração que eu julgo não estar confinado à esfera intervencionista do Estado ou do Ministério, antes a um contrato entre os frequentadores da Academia.
Penso que os mesmos que vêm na liberdade de expressão um refúgio para criticar e discutir as Tradições Académicas deviam, igualmente, aceitar o carácter académico delas e o seu lugar entre a comunidade estudantil.
Infelizmente, dentro e fora da Academia, não faltam entre nós os que querem impor as suas opiniões sobre os outros.
4 comentários:
wau
wau (parte II)
engraçado, já houve sequelas...
wau(parte III)
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