domingo, 21 de fevereiro de 2010

Prima Verba

Congratulo-me com o facto de poder contribuir para este Homérico espaço.
Um particular obrigado a todo o executivo do Odisseia.

Muitos não sabem, mas isto foi uma transferência à Eusébio. Na verdade eu era para ir escrever no blog da AE, mas à última da hora, um poderoso "Chefão" desviou-me para aqui. Não sei se, quando me estrear com a camisola do Odisseia, serei um novo Pesetero, mas até lá pode ser que a moda pegue. Fica escrito: não quero cabeças de leitão, mas todas as moedas e isqueiros serão muito bem vindos :)

Já comunicada à CMVM, por intermédio do Isaltino Morais, o meu contrato envolve as seguintes cláusulas, as quais dito aqui:
- primo, a minha praxe vai ser cantar aquela música horrível do Pingo Doce cada vez que escrever aqui um post;
- secundo, vou apenas escrever sobre Eucaliptos e a sua relação com a vida académica da FDUP, em poesia, para doer menos a quem porventura desgoste dessas carinhosas árvores, que a meu ver, são totalmente adequadas para os Banhos Turcos;
- em terceiro lugar o meu ordenado vai ser pago em Skip para lavar a consciência de quaisquer mal-entendidos que porventura possam espoletar-se.

Aos que seguem fielmente este poderoso meio de instrução ( é mesmo não é Manuel? ), da minha parte terão uma poesia trovãodoresca de um taberneiro jesuíta-revanchista-limiano, amante de Corega-sem-Sabor, atum enlatado Tenório, e trajes madeirenses.

Uma vez falei-vos, caros irmãos, de uma entradinha Gourmet. Essa porcaria pegou, mas não enche o estômago, e então vamos para uma entrada comme il faut, à Migalhas I, à taberneiro, à ... zé-do-Pipo.

Sendo assim, lego aqui o meu primo Poema para o odisseia a troco de um bilhete para ver logo o FCP, o qual o Manuel já tratou de o comprar a um Guna que muito provavelmente é meu vizinho. Mas não interessa o resto. Avante:


Poesia Trovãodoresca

Ode à Metalurgia Fdupiana e relação entre o onthos Corega-sem-sabor, a fenomenologia do Quitoso na tradição académica, e relação do vírus da noite com as escarradelas nas capas do traje madeirense:

Do eu paradoxal que transcende a inocência

Se esbate o fosso ôntico entre o nu e o cru.

Tombalidos se refugiam na jurisprudência

Não passando de vis lambedores de cu.


Pela faculdade dariam a própria vida

Se a vida fosse de graça

talvez deles fosse a taça

E eu merecesse retirada partida!


Mas Renasce a alma diacrónica

que perenemente assombra

quem a priori morde pela calada


É a nossa mui nobre morada!

que flui a própria natureza metabólica

mesmo que o chão a esconda!


Poucas Domus a humanidade louva

dando a vida; pagando por isso suas utilidades

São casas duvidosas, prostituem cidades

para compensar, crédito o pobre estoura.


Nossa Domus não é maquiavélico bordel.

Pintado a ouro por Salvador ( da pátria?) pincel

Mas quem der corajosamente primeira vida por ela,

venha de triunfante carro, barco ou Caravela

de heróico será, e puta para a eternidade.

um amor inglórico, unilateral e sem novidade.

Eu encorajo quem muito a ama

a encontrar no caos diferente mama.

A Sorte inglória à casualidade da veritas clama

"Democracia" o estudante-médio lhe chama....


ah! Diluídos pela fama caem os ventos

Caem diluidamente entre o Tártaro e o Nada

Absorvem-me convulsões e breves tormentos

E minh'alma não merece ser de novo apedrejada.


Crio com cio o que não podem p'lo brio

Assim, a crítica persegue o perdedor

Mesmo que tinta esgote ao triste pintor

forças haverão para culmatar o breve frio.


Quem, com comentários quiser Chafurdar

digne-se ao menos de procurar Rimar


Quod Scripsi Scripsi


Poeta Taberneiro-Revanchista Feuerbachiano-Limiano

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