sábado, 15 de novembro de 2008

Idiotice Infantil


Em dias conturbados como estes têm sido, que abrangem desde mensagens num português que eu não entendo (deve ser do acordo ortográfico; afinal Vasco Graça Moura tinha razão em criticá-lo), a ovos delicadamente direccionados a que importa acrescer o desenfreio vocabular dos estudantes, decidi começar a pensar o assunto do avesso.

Ou seja, e se em vez de começar já para aí a falar que os alunos têm razão, que o Ministério
é fascista, autoritário, totalitário (já tenho ouvido isto), for ver porque é que a idiotice se rebela?
Ah, por idiotice entendam-se os alunos abrangidos pelo novo Estatuto (excluo só os do ensino básico).

Pois bem, o que os alunos (idiotas) "pacificamente" contestam neste Estatuto vem a ser, primeiro que tudo, o concernente às faltas. Imagino que não se devam ter dado ao trabalho de, antes de se manifestarem, lerem o seu próprio Estatuto, o qual, a mim, não me diz nada. Todavia, uma noite de insónia desperta a necessidade de acções que nunca pensamos fazer. Foi o que me aconteceu, fui ler o famigerado, o insurrecto (sem propaganda bloguística), o pretendido "de cujus". Li o concernente ás faltas e parece-me que continuamos com o mesmo problema de sempre...
preguiça.

" A ministra pôs-nos direitos que parecem deveres" é apenas uma amostra do que por aí se ouve. No entanto, com preguiça refiro-me á não vontade, seja porque motivo for, pelo qual os estudantes NÃO QUEREM ESTUDAR. Só posso apoiar, então, as palavras ministeriais de que o Estatuto pretende defender, antes de mais, os alunos empenhados e os bom alunos.

A Lei 3/2008 de 18 de Janeiro versa sobre faltas do seu artigo 18º a 23º (creio que o busílis das manifestações reside aqui). O que mais me parece mister partilhar, é a tal realização da prova de recuperação, enfim, as consequências das faltas. Enfim, desabafo que não consigo conceber estes actos, não coadunáveis democraticamente (teria sido a isto que o Chefe do Estado Maior das Forças Armados se referiu umas semanas atrás?), senão como manifestações dos alunos preguiçosos, dos alunos que não querem estudar, dos alunos que não se decidem sequer a pôr os pés na escola. Pena que sejam estes os mesmos que, demagogicamente, formatam alunos ainda com 10 anos.

De tudo isto, e sem ESQUECER A AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES, só posso emitir a minha opinião para apoiar, neste quesito, o Ministério da Educação e a Ministra. Haja alguém.

Abraço.

8 comentários:

Silvéria Miranda disse...

Pensas assim, Pedro, porque já não estás dentro do Ensino Secundário... Acho engraçado ver miúdos do Ensino Básico a participarem em manifestações cujos motivos desconhecem, isso acho... mas todos aqueles que estão prestes a entrar na Universidade têm, pelo menos, idade para saberem o que querem e o que fazem. Não li esse novo Estatuto do Aluno, mas também duvido que seja perfeito. Se isso nos afectasse, talvez víssemos tudo com outros olhos... não sei!

Pedro disse...

o que pretendia dizer em " exluo apenas os do ensino básico", era a exclusão na anáçise dos alunos dos 5º e 6º anos e não, obviamente, de todo o ensino básico.

Peço desculpa pelo erro.

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

já li sobre o estatuto, já o vi, e só tenho a dizer que, de facto, o pedro tem total razão.
quando soube que foi a JCP a organizar o protesto, só me aguçou mais o interesse.

o estatuto do aluno não é nenhuma bill of rights do aluno.
parece até ser o documento mais válido e correcto alguma vez passado por este min. da educação. as mentiras que se contam sobre os conteúdos deste documento são a típica salgalhada JCPiana de sempre.

D. disse...

toda a gente sabe que o pessoal do secundário não quer estudar. já passamos por isso e certamente nos lembrámos de muito boa gente que queria entrar na universidade sem se dar ao trabalho de tentar ser inteligente ou de estudar. quem muito falta, seja porque razão for, até devia ficar contente por poder ver os seus conhecimentos serem avaliados. já que vão ter exames no fim do ano, seria inteligente da sua parte desejar saber se estão à vontade com as matérias que perderam nas aulas ou não.

Sara Morgado disse...

Pelo que vi, o que os alunos muito têm contestado sobre o seu novo estatuto refere-se especificamente às faltas justificadas. As faltas justificadas passaram a contar para a reprovação por não assiduidade. Ora, isto nunca aconteceu: no nosso tempo, uma vez justificadas, podíamos dar as faltas que bem entendessemos. Deixou de ser assim, passam a fazer um exame quando dão x número de faltas.
O que falta explicar aos miúdos, pelo menos àqueles que sabem as razões das manifestações, é que o tal exame não conta como avaliação e, nalguns casos, conta para a sua reintrodução nas aulas, para estabelecer um plano de acompanhamento escolar, ajudando o aluno a não perder matéria. Ora bem, a meu ver, todo o aluno só ganha com isto. E a educação também.
Mas ler dá muito trabalho.

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

é uma tolice de miúdos e revolucionários de secundário.

só acho admirável que venha o presidente da república mostrar preocupação com o que os "jovens rebeldes" fazem.
Boys Will Be Boys, e não há nada a fazer contra.
agora, é preciso impor alguma disciplina na miudagem atiradora de ovos... por muito que não goste dela, é uma ministra em funções.

Anónimo disse...

Isto e tudo muito bonito. Andarmos pra aqui a falar de coisas que nada nos afectam. Esses rebeldes dos alunos do secundario que nao querem estudar, nao querem ir as aulas cambada de preguiçosos…. nao sejam prepotents nem arrogantes. fica vos muito mal esse intencao de snobismo. quem nunca cometeu erros que atire a primeira pedra.acredito que voces nunca tenham faltado a aulas nem coisas do genero. E muito bonito estarmos a falar destas coisas para aqui armados em intelectuais e defensores dos nossos ideais em busca de uma sociedade mais feliz e bla bla bla bla bla. Balelas. Vocês não passam de uma cambada de intrujões sem nada que fazer. E muito giro discutir a fome no mundo enquanto almoço um grande bife e digo: “ai coitadinho destes pobrezinhos, que não tem nada pra comer..coitadinhos”.
Pedro. Como estão todos contra a ministra, deixa-me estar a favor. Apoiar as suas politicas. Deixa me ser rebeldezinho..de certeza que os teus pais não são professsores nem tens irmãos mais novos na escola…pois caso contrario não falarias desa maneira. claro que sao os professores os culpados disto tudo. os 120 mil que estiveram em lisboa a manifestarem foram para la passear, eles nao tem familias nem filhos para cuidar. alias, a manifestacao ate foi organizada pelo pc.os(maioria senao todos) professores estao todos errados, embirraram com a minista, coitada.
enxererguem se.

Pedro disse...

Direito de Resposta

Quebro um princípio que tem pautado a minha conduta no dominio deste blog.
Não é meu hábito comentar textos, em primeiro lugar, porque a generalidade dos textos nada acrescentam. Mais até, são baixos, vis, mesquinhos. Quebro-o.
Foi deste tipo o último comentário.

De facto, faltei a aulas no secundário, várias vezes cheguei a estar reprovado por faltas. Nunca os meus actos serviram desculpar os meus erros; nunca me indignei contra algo só porque estava errado e era errado que queria continuar. Nunca disse que não devia existir a nova lei do tabaco só porque fumava e queria continuar a alimentar o meu vício; etc etc etc (ou blá blá blá).
Esclarecido isto, respondo lhe em concreto. As minhas falhas enquanto estudante do ensino básico e secundário foram muitas, das quais pago as penas. Felizmente que tal não me levou a deixar de aprender a minha " pátria", procurando evitar erros ortográficos. Além disso, consegui apreender os conhecimentos necessários ao entendimento de um texto. Se ler o meu texto com atenção, o qual aconselho, verá que exclui prpositadamente a análise da situação dos professores. Não creio que se possa entender o contrário. Além disso, do meu apoio á Ministra no concernente ao Estatuto do Aluno, só a vontade de querela pode permitir concluir que tal se estende no tocante aos professores.
O meu apoio foi fundamentado, não resulta de nenhum acto mimado ou de necessidade de "ser do contra".

Posto e esclarecido isto, doravante apenas lhe responderei mediante o seu reconheceimento, ou seja, a sua assinatura.

Cumprimentos.

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