Senhoras e senhores, é verdade: ainda estamos a curar a “ressaca” da vitória de Obama nas presidenciais de ontem e é claro que vivemos já num mundo novo!
Hoje o Sol despertou mais cedo, os pássaros cantaram mais alto e essa flora primaveril já se atreve a florescer (Sim! O fenómeno “obaniano” é tal que até a Primavera se sentiu no direito de se antecipar ao Inverno); o buraco do ozono está mais “piqueno”, foi celebrado hoje o primeiro casamento entre israelo-palestinianos e até os eternos servos de Mugabe têm razões para estar contentes! (Como é o meu 1º comentário no Odisseia e ainda estou a “apalpar” terreno, não me atrevo a dizer, para não ferir susceptibilidades, que até já corre o rumor que diz que, até pelos lados da 2ªCircular, junto à gloriosa catedral da luz, é menos intenso o já tão característico cheiro a bosta! – mas ainda bem que não me atrevo a dizer…)
Mas, gracejos de mau gosto à parte, o resultado eleitoral de ontem constitui uma grande vitória para essa grande democracia, dessa América que “nunca cessa de nos surpreender” (para citar Condoleezza Rice), e pela qual, subitamente (diga-se), já todos nutrimos uma grande simpatia. E é talvez neste ponto que esta mudança seja bem-vinda – talvez venha representar a cura a esta epidemia anti-americana que assolou o mundo neste último século… esse mundo que, antes destas carradas de intervencionismo imperialista e cheio de malvadez, era um mundo tão são, pacifico e diplomático.
Resta-me perguntar, não num desvairo infantil de quem quer estragar a felicidade e esperança gerais, mas sim por pura curiosidade política e intelectual: será que Obama vai mesmo trazer uma mudança nas relações internacionais, uma mudança que trará menos recurso à força e mais diálogo? E será essa política dialogante suficiente para segurar a frágil democracia iraquiana (ainda por cima gerida à distancia com as tropas no conforto dos seus lares – como promete o 1ºpresidente afro-americano)? Essa política dialogante será forte o suficiente para acabar de vez com a Al Qaeda, para fazer frente a um Irão nuclear e a uma Rússia desejosa de estender as suas fronteiras?
O novo residente da Casa Branca tem 4 anos para responder a estas perguntas…4 anos que todos esperam compensar estes desastrosos 8 que os antecedem.
Francisco Cameira Matos
1 comentário:
a propósito:
http://o4uarto.blogspot.com/
Gostei bastante!
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