Aconselho a visita ao blogue do falecido deputado Francisco Lucas Pires, que proporciona a leitura dos textos de um dos grandes democratas e políticos deste século XX português, que tanto escasseou em verdadeiros políticos e democratas.
Fica o desafio lançado.
Fica o desafio lançado.
Ao princípio não “era” o Estado mas o Homem – “era” o Homem, o espírito e o barro... É esta uma verdade em função da qual será o Estado a ter de se humanizar – não o Homem quem tem de se estadualizar...
Se assim for, a questão política número um – constitucional, por excelência – não é a de saber – qual deve ser o Estado? – mas esta outra – Que homem e que tipo e formas exteriores de humanidade queremos e podemos exprimir e realizar através da ordem política?
A questão do Estado não poderá ficar por responder mas tornar-se-á dependente. Consistirá tão-só em apurar – Qual o Estado que permite a esse homem sê-lo, o mais completamente que é possível?
("Uma Constituição para Portugal", Coimbra, 1975, p.4-5) por Francisco Lucas Pires
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