domingo, 16 de novembro de 2008

Capitalismo Social


Muhammad Yunus, professor de economia, defensor do livre mercado, crê na redução do intervencionismo estatal, não concorda com políticas Socialistas. Salvou 150 milhões de pessoas da miséria! O criador do microcrédito, distinguido com o Prémio Nobel da Paz em 2006, é um indivíduo fascinante, um visionário em toda a justeza do termo.
No final dos anos setenta, fundou o Grameen Bank, movido pelo desejo de poder contrariar certos dogmas da economia e emprestar dinheiro a populações rurais paupérrimas, reféns de agiotas e vigários que tais. Calculou que bastariam 27 euros para alterar a vida de uma pessoa, pare lhe permitir adquirir os instrumentos necessários à prossecução de um negócio próprio. Assim, com um pequeno impulso é possível às populações empobrecidas conquistar, pelo seu próprio empreendedorismo, meios de subsistência que lhes permitirão seguir uma vida, consideravelmente, mais desafogada.
O Grameen Bank concede empréstimos sem exigir qualquer garantia, com juros baixíssimos, e regista mais de 95% de retorno. Tais são os lucros que não necessita de recorrer a donativos desde 1995, e já colabora com dez mil instituições bancárias de todo o mundo.
A tudo isto, Yunus dá o nome de Capitalismo Social. É imperioso não confundir tais ideias com o Socialismo de Miscelânea, aquele que empanturra quem não precisa com subsídios; que ignora quem, realmente, carece de apoio; que cresce em burocracia e se consome numa autofagia que nos deveria preocupar, não estivesse ela encapotada de sorrisos e estatísticas. O que este homem faz é bem distinto, e aí está o seu maior mérito. Yunus acredita nas pessoas, reconhece-lhes um potencial a explorar e, ao conceder-lhes crédito, está a incentivá-las a pôr em prática os seus projectos, os seus sonhos. Acreditar em alguém é muito mais do que o Socialismo faz, é mostrar-lhe que, através das suas capacidades, poderá pôr comida na mesa sem depender de terceiros.
E, tudo isto não é mais do que puro Liberalismo, o mercado a funcionar harmonicamente e a provar a sua capacidade. Não reconheço ao Socialismo maior eficácia na intervenção social.
Para concluir cito o notável Muhammad: “Os bancos pedem todos os dias aos seus advogados que apertem os clientes. No nosso sistema não temos juristas. Não precisamos.”

2 comentários:

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

mais uma achega para o socialismo de miscelânea =)
estive à procura de erros para a minha desforra...

D. disse...

well, eu acho que se esse homem fosse um verdadeiro capitalista, não teria tido uma ideia tão inovadora. felizmente há conceitos que evoluem e pessoas que não aceitam que os conceitos evoluíram.
se quiseres saber mais sobre o senhor, a minha mãezinha tem um livro sobre ele que te pode emprestar.

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