Este texto foi publicado, inicialmente, no Há Discussão. Por considerar que se integra na matriz do presente projecto, volto a publicá-lo.
“Nós não fazemos coro com a direita, somos pela continuação das grandes obras, quer se trate do TGV ou do novo aeroporto. Somos por uma política financeira responsável que responda às necessidades e se precisamos de ter uma articulação com a rede de alta velocidade na Europa não vejo nenhuma razão para que Portugal seja o único país a ficar de fora. Não queremos ser um país pacóvio que não tem capacidade de relação com o exterior. Mas devemos estar atentos ao modelo de financiamento das obras e às relações do Estado com os parceiros privados.” Cito Francisco Louçã (in Expresso) e não podia estar em maior sintonia. Mas tenhamos calma, sigamos o ensinamento tibetano da paciência.
Numa altura em que a situação económica mundial se apresenta digna do mais reverente respeito, e ainda só conhecemos parte do iceberg (falência de bancos britânicos, americanos, alemães; falência do Estado islandês; etc.), em que se congeminam planos Paulson (esperemos pelo corolário) e, na União Europeia se concedem garantias aos bancos privados; considero absolutamente necessário gastar o que temos e o que não temos em obras públicas. Pode-se argumentar que as obras públicas são um investimento que geraria postos de trabalho importantíssimos (emprego directo e indirecto), bem como dinamizaria a banca (através de parcerias público-privadas). Talvez esgrimisse assim Louçã, apoiado na sua cartilha de miscelânea (mistura todo o socialismo existente e ainda um belo queijo mozzarella de búfalo). Contudo, nós, pessoas previdentes, retorquimos com bom senso. Ora, devemos incluir na equação um possível agravamento do panorama económico internacional, já de si preocupante, o que a verificar-se, poderia conduzir à insolvência do Estado e da banca, um buraco negro mais preocupante do que as acelerações de partículas do CERN (é simples escudar-nos em empreitadas colossais sempre que nos sentimos acossados). Mas, tal como Louçã, não queremos ser um país pacóvio. Devo referir que creio plenamente que os quinze minutos ganhos de Lisboa ao Porto com o TGV, e a construção de novo aeroporto num momento de inflexão da indústria aeronáutica mundial, farão com que Portugal deixe de ser pacóvio. Aliás, o socialismo de miscelânea do Bloco de Esquerda tem contribuído largamente para deixarmos de o ser.
Louçã não vê razão para que Portugal seja a único Estado a ficar de fora. Eu também não vejo razão para que Portugal continue a ficar de fora de políticas realmente comprometidas com o seu desenvolvimento, tal como sucede no resto da União Europeia (não consideremos as novas aquisições), uma reforma na educação verdadeiramente incisiva (não meramente estética, de quadros multimédia e Magalhães); e incentivos (criteriosamente atribuídos, para não haver as fraudes da década de noventa) a empresas dinâmicas. O líder do Bloco de Esquerda aponta uma medida para olear o empreendedorismo luso: "IMPOSTO SOBRE A RIQUEZA"!
Numa altura em que a situação económica mundial se apresenta digna do mais reverente respeito, e ainda só conhecemos parte do iceberg (falência de bancos britânicos, americanos, alemães; falência do Estado islandês; etc.), em que se congeminam planos Paulson (esperemos pelo corolário) e, na União Europeia se concedem garantias aos bancos privados; considero absolutamente necessário gastar o que temos e o que não temos em obras públicas. Pode-se argumentar que as obras públicas são um investimento que geraria postos de trabalho importantíssimos (emprego directo e indirecto), bem como dinamizaria a banca (através de parcerias público-privadas). Talvez esgrimisse assim Louçã, apoiado na sua cartilha de miscelânea (mistura todo o socialismo existente e ainda um belo queijo mozzarella de búfalo). Contudo, nós, pessoas previdentes, retorquimos com bom senso. Ora, devemos incluir na equação um possível agravamento do panorama económico internacional, já de si preocupante, o que a verificar-se, poderia conduzir à insolvência do Estado e da banca, um buraco negro mais preocupante do que as acelerações de partículas do CERN (é simples escudar-nos em empreitadas colossais sempre que nos sentimos acossados). Mas, tal como Louçã, não queremos ser um país pacóvio. Devo referir que creio plenamente que os quinze minutos ganhos de Lisboa ao Porto com o TGV, e a construção de novo aeroporto num momento de inflexão da indústria aeronáutica mundial, farão com que Portugal deixe de ser pacóvio. Aliás, o socialismo de miscelânea do Bloco de Esquerda tem contribuído largamente para deixarmos de o ser.
Louçã não vê razão para que Portugal seja a único Estado a ficar de fora. Eu também não vejo razão para que Portugal continue a ficar de fora de políticas realmente comprometidas com o seu desenvolvimento, tal como sucede no resto da União Europeia (não consideremos as novas aquisições), uma reforma na educação verdadeiramente incisiva (não meramente estética, de quadros multimédia e Magalhães); e incentivos (criteriosamente atribuídos, para não haver as fraudes da década de noventa) a empresas dinâmicas. O líder do Bloco de Esquerda aponta uma medida para olear o empreendedorismo luso: "IMPOSTO SOBRE A RIQUEZA"!
1 comentário:
Que belas recordaçoes tenho deste teu primeiro post. Apenas deixo este teu post um "Apoiado" !
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