Café Odisseia gostaria de deixar bem patente o seu repúdio perante a qualidade latrinária a que o jornalismo português se vem acomodando. Esta semana temos assistido, calados, à apoteose do mau gosto, falta de ética, e manipulação descarada da opinião pública. A informação concernente ao caso Freeport é tão oca que, sejamos sérios, não podemos fornecer aos nossos leitores qualquer texto esclarecido e esclarecedor. Contudo, o que deve ser sublinhado a caneta de feltro é, não o caso Freeport, mas o constante atentado à democraticidade do Estado português, ataque esse liderado por uma classe jornalística com pretensões de Farol de Alexandria, ou rio da sapiência banhando os desgraçados e acéfalos que nós somos.
Os jornalistas (não todos, atenção!), deveriam perder o medo da pesquisa aturada. Não exigimos deles o domínio de todas as matérias, como é obvio. Todavia, não deixa de ser caricato ver Clara de Sousa tentar corrigir Rogério Alves (ex-bastonário da Ordem dos Advogados), note-se, a tentar corrigir um termo jurídico por este utilizado. Ora, estou em crer que Rogério Alves entenda um pouco mais de Direito do que a magnifica Clara de Sousa, mas à cautela! Discordo também de Vasco Pulido Valente quando disse, esta semana, que a conferência de imprensa do Primeiro-Ministro prejudicou a Democracia portuguesa. Considero que esta sai, verdadeiramente, maculada quando documentos confidencias (a carta rogatória das autoridades inglesas, e a escritura de um apartamento da mãe de José Sócrates) são leiloados em hasta pública. De facto, só aproveitando um achaque da Democracia (sujeita a humores como qualquer um de nós), pode a redacção de um semanário (Sol) retirar documentos de uma qualquer repartição pública. Estamos perante violações gravíssimas à reserva da intimidade da vida privada, direito fundamental de qualquer indivíduo; violações essas que permanecem e permanecerão (bendita protecção das fontes!) incólumes.
A devassa pública não é fenómeno sazonal, é o resultado da nossa bela, pachorrenta, e condescendente Democracia. Punir caluniadores e demais conluiados? Não, somos demasiado socialistas para tal.
Os jornalistas (não todos, atenção!), deveriam perder o medo da pesquisa aturada. Não exigimos deles o domínio de todas as matérias, como é obvio. Todavia, não deixa de ser caricato ver Clara de Sousa tentar corrigir Rogério Alves (ex-bastonário da Ordem dos Advogados), note-se, a tentar corrigir um termo jurídico por este utilizado. Ora, estou em crer que Rogério Alves entenda um pouco mais de Direito do que a magnifica Clara de Sousa, mas à cautela! Discordo também de Vasco Pulido Valente quando disse, esta semana, que a conferência de imprensa do Primeiro-Ministro prejudicou a Democracia portuguesa. Considero que esta sai, verdadeiramente, maculada quando documentos confidencias (a carta rogatória das autoridades inglesas, e a escritura de um apartamento da mãe de José Sócrates) são leiloados em hasta pública. De facto, só aproveitando um achaque da Democracia (sujeita a humores como qualquer um de nós), pode a redacção de um semanário (Sol) retirar documentos de uma qualquer repartição pública. Estamos perante violações gravíssimas à reserva da intimidade da vida privada, direito fundamental de qualquer indivíduo; violações essas que permanecem e permanecerão (bendita protecção das fontes!) incólumes.
A devassa pública não é fenómeno sazonal, é o resultado da nossa bela, pachorrenta, e condescendente Democracia. Punir caluniadores e demais conluiados? Não, somos demasiado socialistas para tal.
1 comentário:
Completando a tua ideia, com uma mera opinião minha, há uma clara violação do segredo de justiça. Se a justiça é (ou pelo menos deverá ser) igual para todos, o decorrer do processo deverá ser respeitado de forma igual em todas as situações.
De acordo com um dos comentadores prsentes nesta semana no Expresso da Meia-Noite(não indico o nome porque não tenho a certeza de quem o disse) , a comunicaçao social é um poder muito recente e a investigação jornalistica séria é muito importante, mas o investigar não significa que se possa publicar tudo o que se apurou.
Pelos vistos jornalistas sérios são muito poucos e a comunicação social parece cada vez mais uma romaria com copos de vinho tinto à mistura!
A comunicação social está a cair na descrença!
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