segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

1 de Dezembro: O Rei É Livre, Nós Somos Livres, Nossas Mãos Nos Libertaram



"Rei tendes tal, que, se o valor tiverdes

Igual ao Rei que agora alevantastes,

Desbaratareis tudo o que quiserdes,

Quanto mais a quem já desbaratastes!

E, se com isto, enfim, vos não moverdes

Do penetrante medo que tomastes,

Atai as mãos ao vosso vão receio,

Que, eu só, resistirei ao jugo alheio.


"Eu só, com meus vassalos e com esta

(E, dizendo isto, arranca meia espada),

Defenderei da força dura e infesta

A terra nunca de outrem sojugada!

Em virtude do Rei, da Pátria mesta,

Da lealdade já por vós negada,

Vencerei, não só estes adversários,

Mas quantos a meu Rei forem contrários."


As Palavras do Condestável, Canto IV, Os Lusíadas de Luís de Camões


A Ler - A carta de S.A.R. Dom Duarte de Bragança, hoje e sobre este dia, publicada no Unica Semper Avis.

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