terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Falácia da Divisão

Todos os adeptos do liberalismo persistem na crença, falaciosa, de que é esta a corrente idónea e popularmente desejada. Ora, este entendimento é errático e, quais zaratustras, entenderam poder impor o liberalismo nos Estados Sociais do século XX. (liberalismo aqui entendido em termos económicos e políticos).

Ora, a verdade é outra. E essa é comprovável pelo empirismo da acção dos indivíduos em sociedade. Nunca, como nos últimos anos, só em Portugal, se reclamou tanto a acção do Estado. Que são greves, manifestações, acesas discussões do Código de Trabalho que não apelos à acção do Estado? Que são que não o expor do não idóneo liberalismo? Que são que não a recusa de privatizações?

Se pensarmos nos episódios que vêm afectado o próprio Estado de Direito na Grécia, é facilmente comprovável que os catalisadores foram os baluartes da posição liberal: privatizações e livre acção.

Aquilo que não se dignam entender é que o povo, suporte de qualquer Estado, não quer, nunca quis nem quererá jamais uma postura abstencionista, de privatizações. Imploram, invés, apoio, ajuda, clamam bem-estar social, justiça, igualdade, equidade.
Permitam-me apenas a modéstia de opinião, tal não é perfeitamente atingível, mas é mais seguro tentá-lo pelo papel público do que pela acção privada livre.

É chegada altura dos liberais se esclarecerem: ou se assumem como nas tintas para o povo ou
tentam perpetuar a sua posição, na esperança vã de atingir a, por si, popularmente proclamável mudança.

Não se situam, portanto, no Estado Social as ideias de Stuart Mill. O papel de intervenção do Estado tem de ir para além do dirimir apenas conflitos entre as pessoas. A teoria do princípio do dano não cabe, pois, na ideia política actual.


Já conhecedor das ideias argumentativas contestatórias dos idealistas opostos, esclareço-vos que este é apenas um rascunho da minha posição ideológica, pelo que não pretendo aqui esmiuçar as palavras de que me servi.

Abraço.

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