domingo, 10 de maio de 2009

Pasta do Interior

O Relatório Anual de Segurança Interna referente ao ano de 2008 traça um retrato interessante da variação da criminalidade violenta. Especula-se muito na imprensa mas dados concretos nem vê-los. Portanto, ficam alguns apontamentos, estes sim, dignos de apreensão.





Descidas em relação a 2007:
-Furto/roubo por esticão – 5.357 (menos 67 casos em comparação com o ano anterior)

-Extorsão – 190 casos (menos 21 casos)
-Pirataria aérea e outros crimes contra a segurança da aviação (nenhum caso!)
-Resistência e coacção sobre funcionário – 1.571 casos (menos 170)

Subidas em relação a 2007:
-Homicídio voluntário consumado – 145 casos (­mais 12 que no ano anterior)
-Ofensas à integridade física graves – 760 casos (mais 98)
-Rapto, sequestro e tomada de reféns – 493 casos (mais 51)
-Violação – 317 casos (mais 11)
-Roubo na via pública – 10.171 (mais 511)
-Roubo a banco ou a estabelecimento de crédito – 230 casos (mais 122)
-Roubo a posto de abastecimento de combustível – 471 casos (mais 230)
-Roubo a motorista de transportes públicos – 228 casos (mais 10 casos)
-Outros roubos – 4.226 casos (mais 1.484)
-Associações criminosas – 29 casos (mais 6)
-Motim, instigação ou apologia pública do crime – 5 casos (mais 4).

São estes os dados governamentais. Afirmar se encobrem ou não a criminalidade juvenil seria, da minha parte, puro exercício de adivinhação. Qualquer pessoa, desde que honesta, verifica que a fatia de aumento em comparação com 2007 é significativa, mas, assim não fosse, os dados seriam na mesma preocupantes – retirado o aumento de 2008 os números continuam a ser insustentáveis. Tenhamos também em conta que muitos crimes permanecem incógnitos, já que nem toda a gente apresenta queixa, o que poderia aditar nova soma aos casos de roubo na via pública, violação, ofensas à integridade física graves, rapto e sequestro. Assim sendo, apenas podemos analisar o lado solar do problema.

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