sexta-feira, 31 de julho de 2009
O labirinto para a Servidão
O parlamento venezuelano prepara-se para aprovar uma lei que prevê penas de seis meses a quatro anos de prisão para aqueles que divulgarem informações que atentem contra “a estabilidade das instituições do Estado (...), a paz social, a segurança e a independência da Nação (...) a saúde mental ou a moral pública” ou ainda que “gerem sensação de impunidade ou de insegurança”.
Na verdade, é um leque de situações amplo e pouco definido que, segundo a oposição, pode ser aplicado em quase todos os contextos.
-
Hugo Chávez quer aprovar a lei antes do final do ano.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
um olhar sobre o que passou
O Elogio do Anonimato - A Legião Contra-Ataca
quarta-feira, 29 de julho de 2009
e quem disse que eles nos aceitam de volta?
"não faz sentido estarmos na União Europeia sem integração ibérica, sem a integração do nosso país na Ibéria"
"Não me venham dizer que com o crescimento das relações económicas entre Portugal e Espanha o TGV não vai ter passageiros?"
in Público
PS promete que daqui a 18 anos alguém pagará o novo subsídio de 200euros
o que é uma ditadura?
Francisco Videira Pires - A Manhã Sobre a Cidade
terça-feira, 28 de julho de 2009
Brecht, Niemöller e Pastiche
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho emprego
Também não me importei
Agora levam-me
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Bertolt Brecht
Um dia vieram e levaram o meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte vieram e levaram o meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram o meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar.
Martin Niemöller
Direito Penal por Don Vito Corleone
Síndrome de Júlio Isidro
Vital Moreira in Público
sábado, 25 de julho de 2009
Suave Motim
[Well, where are you coming from?]
Well, I don't like the way the country's ran,
don't you know, and um,that's pretty much
what i was expressing in my poem.
The government, the American government,
they're sneaky, they're very deceitful,
they're liars, they're cheats, they're ripoffs.
I mean, the American government is one
systematic government that, that nobody
can trust. I don't trust them myself.
[And how long have you been writing for?]
Huh?
[How long have you been writing for?]
Since I was four.
[Do you do this sort of thing a lot,
Like, open mic kinda questions?]
Oh I love open mics, I love coming
here doing open mics, absolutely.
[What kind of reactions do you usually get?]
Usually, people are, are pretty much
in agreement with what I'm saying.
[We overheard you before talking about
You went to court today for a speeding ticket?]
That's accurate.
[Right. Do you wanna tell us that story?]
Yes, absolutely, I wouldn't mind telling you the story.
Um, I went to court today for a speeding ticket,
and I told the judge, um,
"Let me tell you something, and you listen
and you listen good. I'm only gonna say this
one time and one time only.
I don't repeat
myself for nobody," I said.
I says,
"I'm here to pay a speeding ticket, not to listen
to your lectures and hear you run your mouth
for an hour." I says,
"I'm here to pay off my speeding ticket, and I'm
here to get my fines out of the way and get the
fuck to work."
The judge says, "You can't talk like
that in my courtroom, you're in
contempt of court."
Then I said, I told the judge,
"If that's the best you can do, I feel sorry for you."
I said, "Why don't you just shut your fucking
mouth for once and listen."
I said, "I'm not gonna take any shit."
I said, "I'm gonna pay my speeding ticket like I said."
I walked up to the goddamn bench and I
handed him my 25 dollars and
I says, "Here's my money, now I am leaving."
And I left it at that...
Then before I left, I turned around
and told the judge,
"I'm here to
state who I am and be honest with you."
I said "If they thought I was dangerous
on the road like you're trying to
accuse me of, wouldn't they have
taken my license when I first got it?
Yes they would."
And the judge says "Yeah, you have a point,"
He goes, "You don't need to get loud.
I said, "Don't get loud?"
I says, "I've got every right
to get loud." I says, "You
can't do a goddamn thing
about it, because I'm expressing
myself in your court, and
there is nothing you can do
about it.
You think you're god because
you have a robe and you can
put people up the goddamn
river for 20 years? Well you're not."
And I left it at that...
[Did you walk away?]
Yes I did. I don't like the judicial system,
I don't like the government system,
I don't like the police, I don't like anything to do with this country's government.
I just don't like it,
because, they're sneaky, like I said, they're deceitful, they're lying,
they're cheats, they rip the people off. That's the American government for you. America is a third world country, and people don't recognise it, and i think
that that's pretty goddamn sad that
they don't recognise their own country
as a third world, third rate, third class slum.
O desabar do artifício de Rousseau
A Rebelião das Massas, Ortega y Gasset
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Uma Parede Central Carecida de Amparo
Novo "Modus Operandi" da PSP (II)
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Os negócios do papá
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Por cá, os satanistas
tu condutor, e tu senhor, tu mestre.”
Dante para Virgílio, seu guia pelos círculos infernais, no início da viagem - A Divina Comédia.
De Volta ao Café
quinta-feira, 16 de julho de 2009
mas então, aquilo que se aprende em Direito Comunitário...
A Morte da Europa FederalA visão dos Estados Unidos da Europa que animava prós e contras do debate sobre a construção europeia desvaneceu-se em Karlsruhe no passado dia 30 de Junho. O Tribunal Constitucional alemão decidiu que o Tratado de Lisboa, ratificado pelo Bundestag, não era incompatível com a Constituição Alemã mas que a responsabilidade primeira da integração europeia continuava nas mãos dos Parlamentos nacionais, que agem por conta dos respectivos povos, e não do Parlamento Europeu, porque existe neste um "défice democrático estrutural" e porque não há um "povo europeu". O Tribunal só tem alçada sobre a Alemanha, mas como tudo quanto constitua aprofundamento ou alargamento da União é decidido por unanimidade dos Estados-membros, a questão ficou arrumada.
O Tribunal reflectiu sentimento espalhado hoje pela Europa toda, a começar no "motor franco-alemão". A Alemanha, contra cujo expansionismo belicista da primeira metade do século XX se inventou o projecto europeu, sacrificou-se abnegadamente por este durante mais de meio século mas agora sente que expiou a culpa e gosta de se sentir mais alemã do que europeia. Durante a Guerra Fria a França achava que era dona do projecto, mas depois da reunificação alemã percebeu que afinal já não o era e passou a só gostar dele pela ajuda (escandalosa) dada aos seus agricultores. O resto compete com ambições nacionais de fama e proveito. Todavia quer a França quer a Alemanha, bem como a Grã-Bretanha - sempre meia dentro, meia fora - e os 24 parceiros restantes, perceberam claramente as vantagens do projecto perante a crise económica e financeira mundial. A união faz a força e em comércio externo, concorrência, moeda, e também cada vez mais em imigração e energia, o clube é muito mais forte do que todos os seus membros juntos e é o que fará 500 milhões de europeus baterem-se bem pela sobrevivência - de preferência sem guerras - num mundo globalizado (isto é um mundo em que juntos não mandam tanto quanto dantes alguns deles mandavam). Mas super-pátria europeia, com hino, história, bandeira e vidas dadas por ela, não há nem virá a haver.
Mau grado o acórdão de Karlsruhe, quando o Tratado de Lisboa entrar em vigor o Parlamento europeu passará a ter mais poderes ainda dos que os que já tem. Os governos decidiram-no, com especial empenho alemão porque o Parlamento é a instituição europeia onde a Alemanha tem mais peso. Infelizmente o interesse dos povos não acompanha esse zelo elitista: de 62% de votantes nas primeiras eleições por sufrágio universal em 1979 chegou-se a 43% no mês passado. Quando os deputados europeus vinham dos Parlamentos nacionais o fosso entre eleitores e legisladores de Estrasburgo era menor. Haverá urgentemente de tomar medidas correctivas.
Entretanto, uma Europa sem veleidades de supernação mas senhora dos seus interesses poderá ir muito longe, se patriotismos de uns e de outros não tomarem o freio nos dentes. Se tomarem, a aventura de Jean Monnet acabou.
José Cutileiro
terça-feira, 14 de julho de 2009
we are all fascists, now
Economic historians tell us that there was no “fascist model” of economics. Fascist economic writers mostly prattled on incoherently without proposing any clear plans for how the economic system would really work. Nevertheless, there is a kind of essence of fascist economics that distinguishes it from capitalism, communism, and traditional socialism. Fascist economist retains the form of private ownership while imposing state control on all aspects of economic life. The captains of industry are allowed to keep their lavish offices, but they take their orders from government officials.
In a fascist economy, private property and the right of contract are not attacked head on. They are covered over in a bramble of rules and regulations that render the distinction between “private sector” and “public sector” meaningless.
Long before George W. Bush or Barak Obama, the American economy had been covered over in a bramble of rules and regulations. Bush acted on the economic downturn of the end of his administration by bailing out Big Finance and forcing the nine largest banks to sell ownership shares to the federal government. The Obama administration has followed Bush’s example in the industrial sector by grabbing a majority share in GM stock. The combined efforts Bush and Obama to end the economic downturn have wiped out any meaningful distinction between the private and public sectors.
As our militarism has grown more entrenched, as our economic system has fallen more fully under state control, our personal lives have grown more dependent on the personal judgment of one named person, the President of the United States of America. Instead of pulling back from militarism and collective economics, however, we have chosen to place more and hope and more confidence in the specific individual who happens to be President or whom we would like to see become the President.
We worship the President or contender that we prefer and we vilify the Presidents and contenders we do not prefer. No one is neutral toward George W. Bush or Sarah Palin. Barak Obama is either a god or the End of America. We have grown increasingly convinced that our affairs will go well if – and only if – the right leader sits in the Oval Office. The President is no longer the servant of the people, but their holy savior. In other words, we have completed the move to fascism by adopting the leadership principle.
We have forgotten the foundations of liberty and we may not have long to save them from oblivion. The search to recover our lost heritage of liberty will begin when we question the leadership principle, when we begin to wonder what might keep our “leaders” from oppressing us. The search to recover our lost liberty will begin, in other words, when we remember to ask the question the ancient Roman satirical poet Juvenal asked: Sed quis custodiet ipsos custodes? “And who will guard the guardians themselves?” The search to recover our lost liberties will have been put on the right path when we remember the marvelously compact lesson in good government provided by James Madison’s defense of the Constitutional system of checks and balances.
But what is government itself, but the greatest of all reflections on human nature? If men were angels, no government would be necessary. If angels were to govern men, neither external nor internal controls on government would be necessary. In framing a government which is to be administered by men over men, the great difficulty lies in this: you must first enable the government to control the governed; and in the next place oblige it to control itself. A dependence on the people is, no doubt, the primary control on the government; but experience has taught mankind the necessity of auxiliary precautions.
Madison’s “auxiliary precautions” have been swept away by militarism, collective economics, and the leadership principle. It is time to recall the lessons of Juvenal and Madison. It is time to turn away from state power and the leadership principle. We are all fascists now. Let us remember, however, that we were once Americans and can be so again if we so choose.
domingo, 12 de julho de 2009
em 2009 como em 1844
(Passos Manuel, em 18 de Outubro de 1844)
Do blogue de José Adelino Maltez, a minha leitura nos intervalos de estudo.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Razão, Força e Lógica
A- Tio, o que é uma Lei?
P- Ainda bem que perguntas! Uma Lei é uma regra aprovada por uma maioria da assembleia!
A- Mas numa Tirania, se o tirano implementar uma regra, isso não é também uma Lei?
P- Hmm... Qualquer que seja o poder soberano das ordens do Estado, isso é uma Lei... Correcto!!
A- Mas não é a Força o oposto da Lei?
P- Sim...
A- E quando um Tirano dá ordens aos cidadãos sem Persuasão - isso não é Força?
P- Retiro o que disse! Retiro o que disse sobre Leis... Tudo o que passa sem Persuasão é Força, e não Lei!
A- Nesse caso - quando a Maioria se apropria das propriedades dos Ricos - isso é Força e não Lei?
P- Sim, sim... Mas sejamos práticos, nem tudo é uma questão de pura Lógica.
A- Mas não é a Lógica um exercício de racionalidade essencial, que caracteriza a arte da Argumentação, a qual nós clamamos como a grandeza da nossa Atenas?
P- Sim, é verdade, a Lógica é um elemento fulcral para discutir Racionalmente, de forma a Argumentar com a Razão.
A- E não é a capacida de pensar Racionalmente que distingue o Homem da Fera?
P- Sim, sim...
A- Então, quando a Maioria usa da Força, que é um Elemento fora do Império da Razão, não estaremos nós, atenienses, a negar a nossa condição de homens?
P- Principalmente tendo em conta que consideramos a propriedade privada como uma instituição essencial à realização do Homem...
A- Então...?
P- Sabes, da tua idade também éramos muito bons nesses enigmas.
A- Não acredito Tio, supostamente, uma vez conquistada a Inteligência, não devia ser tão fácil perde-la...
sábado, 4 de julho de 2009
Maria João Pires
sexta-feira, 3 de julho de 2009
quinta-feira, 2 de julho de 2009
A Grande Confusão Socialista: explicação breve para quem não tem muito tempo
O Mal parece-se com o quê?
quando Heraclito faz lembrar Tocqueville
quarta-feira, 1 de julho de 2009
A Faca Não Corta o Fogo
"Até que Deus é destruído pelo extremo exercício da beleza".