sábado, 1 de agosto de 2009

Geografia Infernal

Agita-se a blogosfera da FDUP com quezílias mil em torno de possuídos, de uma Legião. Discute-se quem seja, a aparência, altura e charme. Já me dou por contente se for o mesmo ajuntamento que Lhe disse “o meu nome é Legião porque somos muitos”. Assim me quedo, sem ânimo de ofender ou ser ofendido por quem seja. Viva a legião e restantes demónios!

Hoje falo dos meus demónios, uma gradação concisa de bestas que tenho em digna conta, pelo carinho que me fretam lá dos seus círculos infernais:
Primeiro pena o porteiro, Cerbero, o guardião do submundo, variação homérica do cão raivoso – fiel a si mesmo e a Hades.
Ajuntam-se, à laia de carpideiras, as Megeras, as três Irínas, tormento de Orestes. Como pranto por terminar chegam-se as Harpias – corpo de ave, cabeça de mulher e invulgar pestilência.
No meio deste conclave febril há um bosque falante, um bosque de sodomitas tornados árvore (como explica Dante).
Não deixemos de fora Gerião, o mostrengo medievo nos seus traços de dragão.
Esperem, falta a Medusa e as outras duas Górgonas, vêm atrasadas por caminho perdido.
Vá, sosseguem que já terminou terrífica parada, terminou com uma onça, um leão e uma loba.

Posto isto, não há por que recear a Legião – pois até ela capitula perante tal cortejo de puro asco.

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